Geocentrismo Tychoniano Modificado defendido por razões científicas

Geocentrismo Tychoniano Modificado

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. II, 2a edição)".

Esta série de três artigos foi traduzida, editada e estendida pelo site "O Príncipe dos Cruzados" a partir de um texto do professor de matemática aplicada Juan Carlos Gorostizaga*. Nela é defendido o Geocentrismo Tychoniano Modificado com razões Teológicas, primeiro, e científicas para aceitar mais especificamente o modelo Tychoniano modificado Geocêntrico, além de apresentar as razões porque hoje são comumente aceitos os modelos heliocêntrico e o acêntrico, assim como outras falácias históricas.
 
1 - Desmitificando falsas histórias da ciência - CLIQUE AQUI

M
entirinhas comuns contra a Igreja no âmbito científico: "terraplanista"
Avanços modernos no estudo do tema e recomendações
Desmontando o mito do Galileu mártir da ciência, pai da astronomia, cientista renomado, etc
A inédita retratação de Galileu
Um outro mito da ciência: Albert Einstein, charlatão, socialista, para-comunista e ateu
Conclusão

2 - Razões Teológicas para aceitar o Geocentrismo - CLIQUE AQUI

A autoridade da Santa Igreja
A Sagrada Escritura
Os Padres e Doutores da Igreja
As revelações privadas (Santa Hildegarda)

3 - Razões científicas para aceitar o Geocentrismo Tychoniano modificado - CLIQUE AQUI 

a. Introdução histórica
b. Experimentos
c. Princípios básicos do modelo Tychoniano Modificado
d. Dados recentes
e. Resposta às objeções
- Pelas leis de Newton
um corpo menor tem que rotacionar sobre o maior  
- As fases de Vênus descartam o geocentrismo
- O movimento retrógrado de Marte prova o Heliocentrismo
- O giro do pêndulo de Foucault, o movimento dos ciclones e tempestades atmosféricas provam o heliocentrismo
- A física moderna (Relatividade de Einstein, Teoria do Big Bang, princípio cosmológico de Bondi) eliminam o heliocentrismo e o geocentrismo para afirmar o acentrismo
- A paralaxe estelar e a aberração estelar
- O bojo equatorial, onde costuma ser lançado os foguetes e satélites, tem razão na rotação da terra, que é maior no equador
- As manchas solares
-Navalha de Occam
f.Trabalhos recomendados

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3 - Razões científicas para aceitar o Geocentrismo Tychoniano modificado



a. Introdução histórica

 
Um resumo da história desse erro em descartar o geocentrismo pode começar na noite de 24 de Outubro de 1601, quando Tycho Brahe jazia moribundo em seu leito. Um criminoso havia posto mercúrio nos alimentos de seu jantar. Ouviu-se Brahe exclamar repetidas vezes que esperava não ter vivido em vão. Tycho havia passado toda a sua vida recompilando dados astronômicos, com uma minuciosidade não superada em seu tempo, e sua finalidade era demonstrar a viabilidade de seus sistema cosmológico geocêntrico.

Naquele tempo os astrônomos dispunham de três sistemas que salvavam as aparências, dois geocêntricos, o de Ptolomeu e o Tycho Brahe, e um heliocêntrico, o de Copérnico. Ao contrário do que pensa muita gente, Copérnico não fez nenhuma “revolução científica”, nem nenhum avanço na astronomia. Copérnico copiou o sistema que havia sido idealizado pelo Aristarco, utilizando círculos perfeitos como órbitas dos planetas, inclusive a terra, com a intenção de melhorar a precisão dos cálculos do sistema de Ptolomeu. No entanto, seu sistema de círculos não funcionava corretamente, e finalmente teve que admitir que o sistema de Ptolomeu era, na prática, muito mais preciso que o seu.

Figura 4 I

Figura 4 II
Já Tycho Brahe propôs um modelo inovador, com o sol e a lua orbitando a terra, e o resto dos planetas orbitando o sol. Durante quarenta anos havia registrado as posições dos planetas para defender seu modelo geocêntrico. Sendo já idoso contratou como ajudante Johannes Kepler, um astrônomo luterano admirador do modelo de Copérnico, e que sonhava em possuir o tesouro de dados astronômicos de Tycho para difundir seu ideal de descrever uma estrutura harmônica universal. Depois de conseguir seus ansiados dados [1], Kepler modificou o modelo de Copérnico colocando os planetas circulando o sol por órbitas elípticas, no entanto como demonstra Sir Fred Hoyle, ele também poderia haver modificado o sistema de seu mentor Tycho Brahe com idênticas órbitas elípticas, idênticas leis cinemáticas, etc, pois os dois modelos são equivalentes [figura 4, I e II].

Figura 5
Foi o próprio Tycho Brahe quem sugeriu que se medisse a existência ou não de paralaxe para anular definitivamente o modelo de Copérnico, mas isso superava a precisão dos telescópios da época, finais do século XVI. Para termos uma idéia do que é paralaxe podemos estender um braço pressionando uma caneta verticalmente, e então, alternativamente com o olho direito aberto e o esquerdo fechado, observamos a caneta em frente a uma parede de fundo (aparentemente a caneta se desloca para a esquerda), depois observamos com o esquerdo aberto e o direito fechado, e a caneta parece se deslocar para a direta. Agora com um telescópio suponhamos que no dia 1 de Janeiro da Terra (que se acha na direita) observamos uma estrela próxima Ec [figura 5], no lugar da caneta, e um cenário de estrelas mais distantes, no lugar da parede de fundo; a estrela próxima Ec se deslocará até a esquerda um ângulo α, enquanto que se observamos meio ano depois, a veremos deslocada até a direita um ângulo α.

Os heliocentristas somente consideravam a situação da direita [figura 5], e buscaram ansiosos tal paralaxe. Por fim, em 1838, Bessel descobriu a paralaxe de uma estrela, o qual foi considerado uma prova definitiva a favor do heliocentrismo. Mas se equivocaram, pois a paralaxe α
no modelo heliocêntrico é idêntica ao modelo geocêntrico da direita. Portanto, a paralaxe não é uma prova do movimento terrestre, pois as duas situações são geométricas e cinematicamente indistinguíveis. Só é preciso modificar minimamente o modelo de Tycho, situando as estrelas centradas no sol, pois realmente é o firmamento que orbita como uma firme moldura em torno do eixo norte-sul terrestre. É o que se chama de “modelo Tychoniano modificado”, modelo se introduziu na astronomia em tempos recentes, sendo amplamente divulgado pela CAI [2], e também por alguns mencionados círculos acadêmicos [3].


Em 1728, o físico inglês James Bradley pensou ter detectado a paralaxe em uma estrela. Mas um estudo mais preciso revelou que Bradley descobriu um fenômeno distinto, chamado aberração estelar. Algo que o heliocentrismo utilizou, e ainda utiliza, erroneamente como uma prova do movimento terrestre. De seu ponto de vista, a aberração estelar é similar ao de um homem com um paraquedas aberto sob uma chuva que cai com uma velocidade "c", imaginamos-no vertical ao solo, se agora o homem se desloca com velocidade v, então o paraquedas, que inicialmente estava em direção vertical, deverá ser inclinado um ângulo α para não se molhar. Esse ângulo depende de -v+c (soma de dois vetores velocidade). Em concreto, é fácil comprovar que: α = arc tan v/c.

Figura 7

Figura 8
Na explicação do heliocentrista Bradley para a aberração estelar, a chuva é a luz de uma certa estrela (com velocidade c) e o movimento é o da terra no éter (v=30km/s). Para observar uma determinada estrela, o telescópio devia mover-se um ângulo α = arc tan v/c. Como a velocidade (do vetor v) é distinta ao longo da suposta trajetória da terra em torno do sol, o ângulo α também varia ao longo do ano [figura 7]. Em consequência a estrela descreveria uma pequena elipse em torno ao sol [figura 7]. O erro desse argumento está em que as estrelas têm movimentos próprios, algo desconhecido nos tempos de Bradley. Lamentavelmente hoje se conhece esse fato e, no entanto, nunca se menciona quando se fala da aberração estelar. Para o geocentrismo só há deslocamentos estelares, a terra está em repouso absoluto, e esses deslocamentos são os responsáveis pela aberração estelar (figura 8). Se debaixo da chuva estivesse um homem em repouso com um guarda-chuvas, mas com um vento frontal, obviamente ele deveria também inclinar o guarda-chuvas um ângulo α.

b. Experimentos

Figura 9
Em 1871, o astrônomo George Airy se dispôs a provar se a hipótese de Bradley era correta. E posto que Arago / Fresnel / Fizeau já haviam demonstrado que a velocidade da luz era inferior no ar ou na água, utilizou engenhosamente um telescópio com água em seu interior [figura 9]. A luz procedente de uma estrela (suponhamos que está no zênite) chega, através do ar, com uma aberração de um ângulo α ao telescópio, então, ao atravessar a água [figura 9 item b], que é um meio mais refrativo que o ar, se desviará um ângulo δ adicional, e será preciso inclinar um pouco mais o telescópio: um total de β para enfocar a estrela. Tendo em conta a lei de refração de Fresnel, n = sin β/sin δ, e para ângulos pequenos: n = β/δ, é fácil deduzir que o desvio adicional de Airy deveria ser β – δ = (n2- 1) v / c. O resultado do experimento de Airy foi desconcertante para os heliocentristas, pois resultou que não havia nenhum desvio adicional da luz da estrela, em outras palavras, β – δ = 0. E como n2- 1 não podia ser nulo, v (velocidade da terra) devia ser nulo. Era a primeira de uma série de experimentos cujo resultado seria sempre v=0, um resultado que não podiam admitir os heliocentristas dogmáticos.

Os astrônomos da antiguidade davam ao “Éter” o significado de “o lugar por onde se movem as esferas (órbitas) das estrelas, o sol e os planetas”. Uma confirmação da existência do éter foi apontada no terreno da teoria eletromagnética. Em 1864, Maxwell publicou os resultados de suas investigações sobre as vibrações elétricas, mostrando que certas vibrações produziam ondas eletromagnéticas que podiam viajar pelo espaço a uma velocidade de 300.000 km/s, que curiosamente coincidia com a velocidade da luz tal como havia sido medida pelos astrônomos. Então Maxwell deduziu que a luz não era mais que um tipo de onda eletromagnética, o qual foi posteriormente confirmado em laboratório por Hertz. A partir disso se considerava o éter como “a substância sobre a qual as ondas eletromagnéticas realizam as vibrações”. O éter preenchia todo o espaço fora da terra, inclusive penetrava o ar, a água e os outros materiais, pois se observa que a luz viaja através deles. O seguinte passo foi uma tentativa detectá-lo. O éter está fixo ou é arrastado pela terra? Existia uma terceira possibilidade que horrorizava os heliocentristas: um éter rodando com o firmamento inteiro, mas uma terra fixa; nesse caso o éter se detectaria como “um vento dependente da latitude sobre a esfera terrestre”. 


figura 16
Supondo que a terra desse, cada ano, uma volta ao redor da sol. Sua velocidade através do éter devia ser detectada no mínimo como v=30km/s, e também se a terra girasse sobre seu eixo norte-sul a velocidade do “vento do éter” seria de 0,46km/s. Em 1880, o físico Albert Michelson idealizou um engenhoso aparato [figura 16] com o objetivo de detectar o suposto movimento da terra através do éter. Emitia-se luz consistente a partir de um foco: parte desta se desvia até um espelho (traço azul), e parte segue até o outro espelho (traço verde) de igual distância. Os feixes de luz procedentes de ambos os espelhos convergem no detector, mas as distâncias percorridas não são as mesmas (o espelho da direita se move com a terra,
v = 30 km/s, e encurta a distância a ser percorrida). Portanto, ao não estarem sincronizados produzirão faixas de interferências. Evidentemente, para medir variações tão pequenas, os espelhos deviam estar situados a distância invariáveis, algo quase impossível de fazer, pois uma levíssima vibração do solo perturbaria essas distâncias. No entanto, ao fazer rodar toda a plataforma um ângulo α, era possível anular os atrasos por erros instrumentais ou perturbações externas. Não se tratava, então, tanto de detectar faixas de interferência, e sim de observar o deslocamento dessas faixas ao girar o aparato. Se a terra se movia em relação ao éter, o aparato estava certamente capacitado para detectar este movimento apenas medindo a largura do deslocamento dessas faixas. Em 1881, Michelson realizou o experimento, e rodou uma e outra vez o aparato, mas não encontrou o deslocamento que esperava. Tudo apontava que v=0.

Michelson não ficou satisfeito com esse resultado de 1881, e decidiu repetir o experimento em 1887, desta vez junto a Edward Morley. Melhoraram o interferômetro, incrementando consideravelmente a distância que percorre a luz, e colocando a plataforma sobre uma balsa de mercúrio para minimizar as perturbações externas. Desta vez o interferômetro era muito mais preciso, e com ele esperavam ver um deslocamento de 0,40 de faixa, invés do máximo de 0.1 do caso anterior. Mas o resultado do experimento voltou a ser tão negativo como o anterior. Repetiram o experimento um sem número de vezes, a diversas altitudes, orientações do instrumento, hora do dia ou estação do ano. Não encontraram o esperado deslocamento de bandas. Definitivamente o experimento falhou no seu objetivo de detectar o movimento terrestre e passou-se a chamar “o experimento falido” de Michelson e Morley. As conclusões foram:

“O experimento sobre o movimento relativo da terra e o éter foi feito, e o resultado é manifestamente negativo. O desvio esperado das faixas deveria ter sido 0.40 de faixa, mas o máximo deslocamento observado foi de 0,02 e a média menor a 0.01, e não no lugar correto. Como o deslocamento é proporcional aos quadrados das velocidades relativas, segue que se o éter se desliza (parcialmente) sobre a terra, a velocidade relativa é menor que um sexto da velocidade da terra” [4].

O experimento foi repetido pelo Dr. Miller em numerosas ocasiões durante 1904-1921, e posteriormente por muitos outros. Nunca se chegou a detectar rastro da suposta velocidade da terra. No entanto, se detectava uma leve velocidade correspondente ao do “vento do éter”, que dependia da latitude. Paradoxalmente um experimento científico planejado e financiado especificamente para confirmar a hipótese heliocêntrica falhou. O lógico teria sido reconhecer a velocidade nula da terra, mas há muito tempo os heliocentristas não se guiavam pela lógica. Os devotos heliocentristas não podiam ficar sem seu totem, mesmo com experimentos os contradizendo, e os biógrafos e historiadores da ciência sabiam muito bem da situação crítica que a seita cientificista se encontrava na época “porque parecia haver somente três alternativas. A primeira era que a terra estava imóvel, o que significaria a ruína de toda a teoria Copérnica, e isto era impensável” [5]. “Os dados [do interferômetro] era quase inacreditáveis (...) Havia só uma conclusão a tirar: a terra estava em repouso. Isto, é claro, era um absurdo” [6]. Até defensores da relatividade como o já citado físico Roger Schlafly admitem a razão por detrás do surgimento da teoria da relatividade: "A relatividade foi descoberta quando físicos tentaram reconciliar tais experimentos com a noção de que a luz se comporta como uma onda no éter. Eles foram levados a conclusão que ou a terra era imóvel, ou precisariam de um novo conceito do espaço-tempo. A teoria da relatividade é a idéia na qual há simetrias do espaço e do tempo que permitem a luz ser uma onda e o movimento ser relativo" [7].

Então, Albert Einstein compilou um grupo de idéias disparatadas: o espaço curvado tomado de Riemann, o conceito do espaço-tempo tomado de Minkowski, e a doutrina de que os objetos se contraem em proporção à velocidade a que transladam, tomada de Fitzgerald. Adicionou alguns postulados não menos disparatados, como a não existência do éter e a constante universal da velocidade da luz. Assim o heliocentrismo conseguiu uma teoria que lhe evitava ter que dar um giro anti-copernicano e retroceder ao geocentrismo. Mesmo assim, o heliocentrismo não se salvou por inteiro, passando a vigorar a máxima, dentre os cientistas, de que o universo é acêntrico. Einstein foi transformado no guru do “tudo é relativo”, como vimos. Apesar disso, muitos cientistas argumentam que o heliocentrismo é o modelo correto. Por isso, quando tratarmos da objeção relativista ao geocentrismo citaremos muitos cientistas “pop’s” que os desmentem.

figura 17
Mas antes que Einstein publicasse sua teoria geral da relatividade, Sagnac, com seu experimento de 1918, já havia demonstrado que tais postulados eram falsos. O interferômetro de Sagnac [figura 17] estava enfocado em detectar a rotação terrestre contra o éter. A luz que sai de uma lâmpada passa através de um espelho semi-transparente se divide, e o dois raios passam, em direções opostas, por outros três espelhos, para convergir novamente no semi-transparente, e finalmente a luz não consistente é recolhida na tela de interferências. Basicamente, a diferença com o experimento de Michelson-Morley é que no experimento destes os mesmos raios recorriam em um e outro sentido um diâmetro da plataforma fixa, para detectar a velocidade linear da terra (ou a do vento do éter). No experimento de Sagnac os raios que convergem na placa percorrem um circuito (circular), e pretende detectar a velocidade angular ω da terra (ou do firmamento em torno da terra). Pois um dos raios estará girando a favor de ω e levará menos tempo para alcançar a placa. Se se emite luz com a plataforma em repouso não se detecta deslocamento das faixas, tal como no experimento de Michelson-Morley. Mas quando Sagnac realizou seu experimento com a plataforma rodando numa velocidade ω, encontrou que o raio que viaja aos espelhos que se distanciam tarda mais em chegar do que o raio que viaja para os espelhos que se aproximam. Não registra nos resultados, no entanto, uma velocidade de rotação para a terra, e cataloga seu próprio experimento como “nulo”, igual que o de Michelson-Morley. Ainda que Sagnac não foi consciente disso, acabava de encontrar um resultado que contradizia a teoria da Relatividade, um raio de luz viaja a mais velocidade que outro raio, medidos ambos em um mesmo sistema.

Michelson, como devoto heliocentrista, não dava crédito ao resultado do experimento de Sagnac. Por isso, em 1925 decidiu fazer por sua conta esse mesmo experimento, mas com um aparato muitíssimo mais sofisticado e preciso. Como novo colaborador teve Henry G. Gale, pois Morle havia falecido em 1923. Para eliminar a distorção que podia produzir o ar, Morley e Gale ensaiaram um interferômetro como o de Sagnac, mas o circuito para viajar a luz era um tubo cheio de água de um milha de comprimento. Eles, ao contrário de Sagnac, não utilizaram uma plataforma giratória, pois consideraram que a rotação seria a própria da terra (a do éter giratório, em realidade). De fato, no experimento encontraram que a luz
era mais lenta atravessando um circuito em sentido anti-horario. O deslocamento das faixas que observaram foi bem menor, uma média de 0.26 faixas, que equivalia a 2% da velocidade ω da rotação terrestre. Agora apareciam provas evidentes de que a luz sim viaja através de um éter luminoso. Michelson não supôs dar uma resposta convincente aos dados de seu próprio experimento. Mas já não havia dúvida: a terra não se move, tampouco rotaciona. Rotaciona o éter, cujo leve vento superficial era o que detectavam os interferômetros. Posteriores experimentos por parte de Trouton e Noble, Thorndyke e Kennedy, Theodore de Coudres e vários outros não fizeram mais que confirmar que a terra estava imóvel no espaço.

c. Princípios básicos do modelo Tychoniano Modificado


Nosso modelo está em parte baseado nas revelações privadas a Santa Hildegarda, que já tratamos na segunda parte, e que era tychoniana antes mesmo de Tycho propor seu sistema. Nesse modelo a terra se encontra fixa no baricentro do universo [figuras 12], sem movimentos de rotação nem translação. É o firmamento como um todo que gira ao redor do eixo NS terrestre uma volta/dia em sentido anti-horário levando consigo o sol e o resto das estrelas fixas, galáxias, etc. A lua está orbitando a terra, e também o sol que é empurrado, com todos os planetas do plano elíptico, em sentido horário, isto é, opondo-se lentamente ao movimento de rotação diurno, sendo ele a causa pela qual o sol se retarde quase um grau ao dia (o dia solar dura 24 horas, enquanto que o dia sideral dura 23 horas e 56 minutos). 

Figura 14 A

Figura 14 B
Além disso o sol tem outro movimento que o faz dar uma volta anual em torno a um eixo transversal ao eixo NS terrestre [figura 14 a, b] com o plano elíptico sempre em uma inclinação de 23, 4º em relação ao equador terrestre, e que é a razão pela qual temos estações. 

O movimento resultante do sol é a bem conhecida trajetória helicoidal ao longo de uma superfície cilíndrica [figura 12], seis meses subindo e outros seis descendo. As distâncias as quais se encontra o sol varia entre 142,7 e 151,8 milhões de km devido à forma de helicoide, o qual é equivalente à trajetória ‘elíptica’ do heliocentrismo. Uma pessoa localizada em uma latitude terrestre λ só vê uma parte deste helicoide. Se essa pessoa tira uma foto do céu a cada 5 ou 7 dias, sempre no mesmo lugar e na mesma hora, obtêm evidentemente um analema solar em forma de 8 [Figura 13]. Eis uma mostra bem perceptível da simplicidade do modelo geocêntrico em relação ao heliocêntrico.

Figura 13

Este modelo também pressupõe o éter, mas seria essa uma substância ultrapassada ou um conceito anti-científico?

No tempo em que a relatividade começou a ser aceita, estudos sobre a radioativadade mostraram que o vácuo vazio do espaço tem estrutura espectroscópica similar à dos fluidos e sólidos quânticos ordinários. Estudos posteriores com grande aceleradores de partículas tem nos levado a entender que o espaço é mais parecido a um pedaço de vidro de janela do que o vazio newtoniano ideal. Ele é preenchido por essa “coisa” que é normalmente transparente, mas pode ficar visível sofrendo pancadas suficientemente fortes para tirar uma parte. O conceito moderno do vácuo do espaço, confirmado por experimento, é o éter relativístico. O físico heliocentrista Laughlin já demonstrou isso, o que serve em um modelo geocêntrico também [8].

Dentre os defensores de Einstein muitos entendiam que o espaço era permeado por uma substância. Louis de Broglie, prêmio Nobel famoso por sua descoberta da característica de onda do elétron em 1920, escreveu em 1971 que o conceito de éter, ou o que ele chamava “o meio oculto”, precisava ser revivido. Criticando o modelo de espaço proposto por Erwin Schrödinger en 1926, de Broglie escreveu:

"Tudo se torna claro se a idéia que partículas sempre tem uma posição no espaço através do tempo for retomada (...) De acordo com o meu pensamento atual, a partícula está sempre localizada dentro de uma onda física (...) O movimento da partícula é assumido ser a superposição do movimento regular (...) e de movimento browniano causado por trocas de energia randômica que tem lugar entre a onda e o meio oculto, que age como termostato sub-quântico. O ponto de suma importância nesse modelo é que a cada momento a partícula ocupa uma posição definida no espaço, e isso restabelece o sentido claro que a configuração espacial tem na mecânica clássica" [9]

Até o próprio Einstein eventualmente sucumbiu à necessidade de um algum tipo de éter. Em 1916, ele escreveu:


“ (...) em 1905 eu era da opinião que não era mais possível falar de éter na física. Essa opinião, no entanto, era muito radical, como nós vimos depois quando discutimos a teoria da relatividade geral. Ela permite, como sempre, introduzir um meio preenchendo todo o espaço e assumir que os campos eletromagnéticos (e materiais também) estão nos seus estados (...) uma vez mais o espaço “vazio” aparece cheio de propriedades físicas, isto é, não mais fisicamente vazio, como parecia ser o caso na relatividade especial. Pode-se dizer que o éter é ressurrecto na teoria da relatividade geral (...) Como na nova teoria, fatos métricos não podem ser separados de fatos fisicamente “verdadeiros”, os conceitos de “espaço” e “éter” se misturam [10].

d. Dados recentes

Depois que as conjecturas da Relatividade mostraram falsas as investigações sobre a mobilidade ou não da terra, esse tema foi definitivamente banido do âmbito da ciência. Pouco importava se em ocasiões surgiam dados astrofísicos apontando uma possível centralidade da terra, como quando em 1929 Edwin Hubble realizou o assombroso descobrimento dos redshifts das galáxias distantes, que era tal como se todas as galáxias se distanciassem de nós, Hubble disse: “Não se pode demonstrar a falsidade dessa hipótese, mas é rejeitável e poderia ser aceita unicamente como último recurso (...). Por isso nós desdenhamos desta possibilidade (...) a posição privilegiada para a terra deve ser evitada a todo custo”. Stephen Hawking defendeu essa mesma postura revestida de falsa modéstia, em “Uma Breve História do Tempo”: “Pareceria que, ao observamos todas as galáxias se distanciando de nós, nos encontramos no centro do universo. Há, no entanto, uma explicação alternativa: o universo deveria parecer o mesmo em qualquer direção, ou também em qualquer outra galáxia (...). Não temos nenhuma prova científica, nem a favor nem contra isto. Mas cremos nisto, com base na modéstia: seria mais surpreendente se o universo parecesse o mesmo em todas as direções à nossa volta, mas não em torno de outros pontos do universo!” [11].

As galáxias não só aparecem distanciando do ponto central de onde se encontra a terra, mas também sua distribuição é uniforme ao nosso redor, isto é, o movimento de distanciamento representa uma dilatação uniforme. Segundo o astrônomo William G. Tiff é como se se movessem em camadas concêntricas com centro na terra, e velocidades que sempre são múltiplos de 72 km/s. Para anular estes dados nitidamente geocêntricos os cosmólogos do Big Bag propuseram um universo isotrópico. Isto é, já não podendo negar que a terra está em um lugar privilegiado, passaram a supor que todos os lugares do cosmo são igualmente privilegiados, o qual exigia a isotropia (ao observar o universo em qualquer direção deveria parecer, em maior escala, igual em todos os seus pontos). Por exemplo, um observador em cima de uma grande esfera perfeita veria praticamente o mesmo em qualquer ponto ou em qualquer direção que olhasse. A má notícia para estes é que os dados recentes sobre a radiação CMB obtidas pela sonda espacial WMAP mostram um universo anisotrópico. Além das galáxias, a distribuição dos quasares, por exemplo, só tem uma explicação lógica no o geocentrismo, pois estão situados em 57 camadas esféricas centradas na terra.

Também a distribuição de objetos celestes distantes, como as explosões de Raios Gamma e os objetos BL lacertae tem explicação mais lógica no geocentrismo. Por exemplo, o astrofísico J. Kath indica que de acordo com os postulados do Big Bang, as explosões de raios gamma deviam ser mais finas quanto mais distantes. Não sucede assim, e Kath assegura: “Com os dados atuais na mão (...) nós estamos no centro de uma distribuição com simetria esférica de fontes explosivas de raios gamma, e esta distribuição tem uma borda exterior. Além dos seus limites, a densidade das explosões diminui até a insignificância”. A um nível mais local, mais de mil estrelas binárias apresentam seu ponto periastro mais distante que seu apoastro, o que significa que o eixo do sistema está apontando até a terra. Também os aglomerados globulares de estrelas, que são conglomerados esféricos de milhões de estrelas que se encontram dentre de nossa galáxia, estão distribuídos com centro na terra.
figura 18
E se observamos o universo em grande escala nós encontramos a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB) que refuta a hipótese do Big Bang, mas não o geocentrismo. O resultado da análise da radiação CMB tem crucial importância, pois nos indica se realmente há ou não há a isotropia espacial que prediz o Big Bang. A CMB foi descoberta em 1965 pelos radioastrônomos Penzias e Wilson. Trata-se de uma radiação térmica presente em todos os lugares e perceptível em qualquer ponto de referência. Sua magnitude é de uns 2,73 graus Kelvin e, segundo a hipótese do Big bang, é o remanescente da hipotética “grande explosão” primogênita. De qualquer maneira, para estudar as possíveis flutuações desta CMB é preciso observar o universo em sua máxima escala. A NASA enviou em 2001 ao espaço a sonda WMAP com o objetivo de mapear essa radiação em seus mínimos detalhes. Os resultados da exaustiva exploração veio em 2005. É a distribuição dipolar [figura 18], com a linha horizontal, chamado pelos heliocentristas de “eixo do mau”, sinalizando o plano da eclíptica, por onde se movem os planetas, e assombrosamente muita próxima do eixo equinocial. De início o “Big Bang” sai muito mal amparado, pois entre seus postulados está a perfeita isotropia e homogeneidade do cosmos. No entanto, na imagem se percebe a presença de lugares quentes (vermelho e amarelo) e outros frios (azuis e verdes). Com tal disposição aparecem violados: o princípio cosmológico de Bondi (o cosmos é espacialmente isotrópico e homogêneo em grande escala), também chamado de Princípio Copérnico (no universo não há lugares privilegiados), e o princípio de equivalência de Einstein (o resultado de qualquer experimento não gravitacional é independente da velocidade do marco inercial em que se realiza). Também cosmologias como a do Big Bang aparecem como descartáveis.

e. Resposta às objeções

- Pelas leis de Newton um corpo menor gira sobre o maior


Segundo as leis de Newton, em um Sistema de n corpos, todos eles se moverão em relação ao centro de massa (o baricentro), o qual estará fixo. O mesmo Newton reconheceu que se a terra se encontrasse no preciso baricentro, então seria o sol o que orbitaria em torno dela. De fato, essa é a base científica do geocentrismo: a terra é o centro de massa do universo, e o universo gira em torno da terra.

O famoso físico Sir Fred Hoyle refuta essa alegação: “Apesar de que no século 19 esse argumento tenha sido creditado como uma justificativa satisfatória do teoria heliocêntrica, pode-se encontrar razões para descartá-lo se se examina mais atenciosamente. Quando nós procuramos melhorar a precisão do cálculo, incluindo mútuas interações gravitacionais entre planetas, nós achamos de novo, para calcular corretamente, que o centro do sistema solar precisa estar localizado em um ponto abstrato conhecido como “centro de massa”, que é deslocado consideravelmente do centro do Sol. E se nós imaginamos uma estrela passar moderadamente perto do sistema solar, para podermos calcular seu efeito perturbador corretamente, novamente usando uma regra do inverso do quadrado, seria essencial usar um “centro de massa” que incluísse a estrela. O “centro” nesse caso iria para bem mais longe do Sol. Parece, então, que o “centro” a ser usado para qualquer conjunto de corpos depende no meio em que o sistema local é considerado isolado do universo como um todo. Se um novo corpo é adicionado ao sistema de fora dele, ou se um corpo é retirado do sistema, o “centro” muda [12].

- As fases de Vênus descartam o geocentrismo

O argumento da impossibilidade de observar as fases de Vênus (como na lua crescente, minguante, etc) no modelo Ptolomaico usado por Galileu em 1616 não descarta o modelo Tychoniano modificado, que é diferente. Mas também não descarta o modelo de Ptolomeu, dado que o sistema implica fases. O problema residia nos gráficos desenhados por Ptolomeu, versão que dispunha Galileu e outros, que não desenhava a órbita de Vênus, nem nenhuma outra, já que Ptolomeu ignorava as distâncias entre planetas, mas traçando as órbitas corretamente, se tem as fases de Vênus no modelo Ptolomaico.

- O movimento retrógrado de Marte prova o Heliocentrismo


Ao observar no céu a trajetória de Marte, efetivamente, vemos que depois de percorrer a elíptica durante um bom tempo em um sentido, de repente o planeta muda de sentido e retrocede durante um tempo. É o que se chama “movimento retrógrado” ou epiciclos de Marte. Os heliocentristas explicam esse fato afirmando que a terra se translada mais rapidamente que Marte em sua órbita, e chega um momento, quando ambos estão em sua maior proximidade, em que Marte se aproxima, mas parece fixo, e logo aparece retrocedendo, não recuperando Marte seu movimento de avanço até que volte a se distanciar da terra. Por isso alguns livros e sites da web fazem gráficos e animações disso, dizendo que é uma prova do movimento terrestre, e indicando que com a terra fixa não se produz este efeito. Para comprovar a falsidade desta afirmação, pode se ver uma animação desse movimento no geocentrismo:
http://galileowaswrong.com/wp-content/uploads/2013/06/GeoRetrograde.mp4

- O giro do pêndulo de Foucault, o movimento dos ciclones, e tempestades atmosféricas provam o heliocentrismo

O mesmo éter girante em torno de uma terra fixa explica as forças centrífuga e de Coriolis que afetam o pêndulo de Foucault. A maioria dos cientistas atualmente admitem a existência do éter, e a maioria diz que um universo de éter girando em volta de uma terra fixa equivale a uma terra girando em torno de um universo fixo.

O pêndulo de Foucault somente provou que havia uma força fazendo o prumo oscilante mudar o plano de seu movimento, mas não provou da onde vinha essa força. Desde o tempo de Foucault, a ciência moderna descobriu que a virada do prumo pode vir de um universo rodando em torno de uma terra fixa também como uma terra rodando em torno de um universo fixo. As forças centrífugas, Coriolis e Euler são exatamente as mesmas.

O físico brasileiro acentrista Andre Koch diz que no sistema geocêntrico é possível explicar o pêndulo também:


“A rotação da matéria distante (com uma componente de período diurno) ao redor da Terra gera uma fora centrífuga gravitacional real que achata a Terra nos pólos. O pêndulo de Foucault é explicado por uma força de Coriolis real agindo sobre as massas que se movem na superfície da Terra na forma de −2mg~vme × ~ωUe, onde ~vme é a velocidade do corpo de prova em relação à Terra e ~ωUe é a rotação angular da matéria distante ao redor da Terra. O efeito desta força é o de manter o plano de oscilação do pêndulo girando em relação à superfície da Terra junto com a rotação das estrelas fixas em relação à Terra, etc [13]”.

- A física moderna (Relatividade de Einstein, Teoria do Big Bang, princípio cosmológico de Bondi) eliminam o heliocentrismo e o geocentrismo para afirmar o acentrismo

 
Alguns acham que o modelo relativístico é desejável para quem que apoia o geocentrismo, mas isso não é verdadeiro. Conhecer esse modelo ajuda a desmascarar heliocentristas dogmáticos que apoiam a Relatividade, em uma espécie de “feitiço contra feiticeiro”. No entanto, para sustentar o geocentrismo não se pode aceitar a teoria falsa da relatividade proposta por Einstein, na qual estão baseados todas essas idéias acima. A
s seguintes pérolas desmascaram esses que tentam salvar as aparências:

A. Einstein e Leopold Infeld:
“A luta tão violenta nos primeiros dias da ciência, entre as visões de Ptolomeu e Copérnico seria então bem insignificante. Qualquer SC (sistema de coordenada) poderia ser utilizado com igual justificação. As duas sentenças: “o sol está em repouso e a terra move, ou “o sol se move e a terra está em repouso” simplesmente seriam duas convenções concernentes a dois SC diferentes” [14].

Stephen Hawking e Leonard Mlodinow em 2010:
“Então, qual é real, o sistema Ptolomaico ou o Copérnico? Embora não seja incomum que as pessoas digam que Copérnico provou o erro de Ptolomeu, isso não é verdade. Como no caso da nossa visão normal e aquela do peixe dourado, é possível usar qualquer referência como modelo do universo, porque nossas observações podem ser explicadas assumindo ou a terra ou o sol em inércia. Apesar do seu papel nos debates filosóficos sobre a natureza do nosso universo, a real vantagem do sistema Copérnico é que as equações de movimento são mais simples nesta referência, com o sol em repouso” [15].

O famoso físico Henri Poincaré:
“Assim como Copérnico nos disse: "É mais conveniente supor que a terra gira, por causa que as leis da astronomia são assim expressas em uma linguagem mais simples (...) essas duas proposições, "A terra gira", e "É mais conveniente supor que a terra gira", tem o mesmo significado. Não há nada mais em uma que na outra" [16].

Alguns, alinhados aos dogmas da relatividade, acusam o geocentrismo de sustentar que as estrelas correm mais rápido do que a luz (o que ele não diz) mas, mesmo assim, baseado nos próprios defensores da relatividade, isto não seria um argumento válido.

Como diz Martin Gardner: “ (…) é possível assumir que a terra é um ponto de referência não-rotacional. Desse ponto de vista, as estrelas teriam uma velocidade circular em volta da terra que é muito maior que a velocidade da luz. Uma estrela apenas 10 anos-luz de distância teria uma velocidade relativa em volta da terra de vinte mil vezes a velocidade da luz” [17]

Até o próprio Einstein admitia esse princípio:

“Em segundo lugar nosso resultado mostra que, de acordo com teoria da relatividade geral, a lei da constante da velocidade da luz no vácuo, que constitui uma das duas fundamentais proposições da teria da relatividade especial e que nós temos frequentemente citado, não pode alegar nenhuma validade ilimitada. A curvatura dos raios de luz só podem ter lugar quando a velocidade de propagação da luz varia com a posição. Agora nós poderíamos pensar que, como consequência disto, a teoria da relatividade especial e com ela toda a teoria da relatividade seria reduzida ao pó. Mas na realidade não é o caso. Nós só podemos concluir que a relatividade especial não pode alegar validamente um domínio ilimitado; os resultados dela se mantém enquanto nós somos capazes de desprezar as influências dos campos gravitacionais no fenômeno (da luz)” [18].

Eis alguns argumentos simples que ilustram a contradição da relatividade.

-1-
1.A relatividade assume que as equações da mecânica são válidas.
2.A mecânica newtoniana diz que a gravidade é causada pela atração das massas.
3.A relatividade diz que a gravidade é causada pela curvatura do espaço-tempo contínuo.
4.Mas o espaço-tempo contínuo não é atração de massas.
5.Então a relatividade não se baseia em “as equações da mecânica são válidas”.
6.Então a relatividade é contraditória.

-2-
1.A relatividade é baseada na noção que a luz tem velocidade “c” no espaço vazio.
2.Mas a relatividade diz que o espaço é um continuum de espaço e tempo que curva para causar a gravidade nos corpos.
3.Como o continuum do espaço-tempo permeia todo o espaço dentro do universo, então o espaço-tempo está sempre curvando-se sobre muitos corpos.
4.Como a curvatura do espaço-tempo significa que o espaço tem propriedades, então o espaço nunca está vazio.
5.Como o espaço nunca está vazio, a propagação da luz através do espaço vazio nunca ocorre na realidade.
6.Como o postulado da relatividade não é baseado na realidade como descrita pela própria relatividade, a teoria da relatividade é auto-contraditória [19].

Uma razão adicional para a teoria ser descartada ou modificada nos seus vários conceitos é que "o físico americano Steven Weinberg escreveu um livro sobre relatividade geral em que ele desenfatizava a curvatura do espaço-tempo. Ele preferiu pensar em um espaço-tempo plano com campos gravitacionais que aconteciam de ter uma interpretação como curvatura (...). Outros físicos o trataram como se ele tivesse perdido toda a questão central da relatividade geral. Mas ele estava somente de acordo com o convencionalismo de Poincaré, e é impossível dizer que ele estava errado. O texto usou os mesmos métodos analíticos e geométricos para chegar ao mesmo resultado que os outros livros sobre a relatividade" [20].

Para saber mais razões porque a teoria está errada recomendamos o trabalho de Herbert Dingle [21], algumas partes do trabalho do físico Andre Koch, que apesar de ele ser acentrista, dá alguns argumentos e cita cientistas famosos
que rejeitaram a teoria de Einstein, como Ernst Mach [22], além, é claro, o livro de Sungenis, sua compilação de defesas [23], e seu pequeno artigo [24] que demonstra que a equação famosa e = mc2 é bem anterior a Einstein, tendo sido usada comumente por Poincaré e pode ser encontrada por várias vias que não a da relatividade, incluso pelas equações de Maxwell.

- A paralaxe estelar e a aberração estelar


As duas coisas já foram tratadas acima minuciosamente, mas segue uma breve resposta:

O experimento falido de Airy prova que a aberração estelar não é causada pelo movimento da terra, mas por uma ação da estrela no éter. Também o aparente problema da aberração estelar binária, pela qual a velocidade relativa transversal da estrela binária muda através do ano mas não produz uma aberração equivalente é também clara evidência para uma terra estacionária. A aberração estelar é então consistentemente explicada pelo movimento do éter e o movimento real das estrelas. O heliocentrismo no entanto, não tem resposta ao experimento de Airy, sem apelar para uma teoria inválida da relatividade. Nem o heliocentrismo tem nenhuma resposta para falta de aberração nas estrelas binárias. Evidentemente, do ponto de vista experimental, só o geocentrismo engloba a aberração estelar e portanto o heliocentrismo é uma pseudo-ciência e não o geocentrismo.

A paralaxe estelar pode ser observada de um modelo geocêntrico se a revolução das estrelas está centrada no sol (que gira em volta da terra) ao invés da terra.

- O bojo equatorial, onde costuma ser lançado os foguetes e satélites, tem razão na rotação da terra, que é maior no equador

O bojo pode ser causado por uma terra girando em um universo fixo ou por um universo girando ao redor de uma terra fixa, dado que as forças são as mesmas (centrífuga, Coriolis, Euler). O famoso físico Eddington, contemporâneo e apoiador de Einstein, disse:

“O bojo no equador pode ser atribuído indiferentemente a uma rotação da terra ou a uma ação externa da força centrífuga introduzida quando a terra é tomada como imóvel” [25].

- As manchas solares

Alguns dizem que a trajetória das manchas solares na face do sol, que a cada 5 ou 6 meses movem-se para cima e para baixo, é um prova que a órbita da terra não está exatamente no plano de rotação do Sol, e que em um sistema geocêntrico, com o sol girando em torno da terra uma vez por dia, esta variação iria aparecer todos os dias. Mas não é assim.

No sistema Tychoniano Modificado as manchas solares se explicam pelo fato de que a trajetória diurna do Sol não está exatamente no plano do equador da terra. Como o próprio Einstein diz, os dois casos são precisamente o mesmo, em termos de movimento relativo.

O erro está em comparar a trajetória diurna do modelo tychoniano modificado com a trajetória anual heliocêntrica. No Tychoniano modificado o sol tem trajetória diurna e anual, o que pelo traço se vê uma forma helicoidal. Na trajetória anual se explica as manchas, na diurna o Sol não está exatamente na linha do equador. Para ver a equivalência, veja a animação:
http://galileowaswrong.com/wp-content/uploads/2013/06/Seasons.mp4

 
- Navalha de Occam


Mesmo se fosse válida, a Navalha de Occam na verdade funciona contra o heliocentrismo, dado que o geocentrismo é um mecanismo mais simples. O sistema heliocêntrico é mais complicado porque dá à Terra dois movimentos, de rotação e translação; e também o sol move-se em torno de aglomerados de galáxias; e estes aglomerados em torno de maiores aglomerados; ad infinitum.

f. Trabalhos recomendados

- Robert Sungenis & Robert Bennett . "Galileo Was Wrong The Church Was Right". http://galileowaswrong.blogspot.com/ ; http://www.catholicintl.com
- Walter Van der Kamp . “Relativity, a broken reed”. http://www.alcazar.net/Relativity_broken.pdf
- Gerardus Bouw. “About scientific (& theological) aspects of Geocentricity”. http://ldolphin.org/geocentricity/Aspects.pdf
- An Open Letter to the Scientific Community. http://www.cosmologystatement.org/
- N. Martin Gwynne. “The Geocentric Theory of the Universe”. http://www.alcazar.net/galileo.pdf
- N. Martin Gwynne. “Einstein and Modern Physics”. http://www.alcazar.net/einstein.pdf
- N. Martin Gwynne. “Sir Isaac Newton and Modern Astronomy”. http://www.alcazar.net/newton.pdf
- P. Ellwanger. “Geocentricity and the Catholic”. http://ldolphin.org/geocentricity/Ellwanger3.pdf
 

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[1] Alguns historiadores acusam a Kepler de ser o suspeito principal do envenenamento de Tycho Brahe, por exemplo, Joshua Guilder e Anne-Lee Gilder, Heavenly Intrigue: Johannes Kepler, Tycho Brahe, and the Murder Behind one of History’s Greatest Scientific Discoveries, 2004

[2] Catholic Apologetic International Publishing. http://www.catholicintl.com
[3] Universidade de Illinois, Physics 319, Spring 2004. Lecture 03, p.8. A mesma explicação para a paralaxe estelar que a apresentada aqui foi defendida pelo astrônomo Gerardus Bouw, que também cunhou o nome "modelo Tychonico modificado".
[4] Observem como o experimento M & M detecta uma levíssima velocidade, correspondente ao vento do éter.

[5] Einstein: The Life and Times, Ronald W.Clark, 1984, p. 109-110
[6] Bernard Jaffe, Michelson and the Speed of Light, p. 76.
[7] R.Schlafly, pg.6
[8] Robert B. Laughlin, A Different Universe: Reinventing Physics from the Bottom Down, 2005, pp. 120-121. Os dois capítulos do livro de Laughlin que tratam do assunto são: “The Nuclear Family,” pp. 99-116 e “The Fabric of Space-Time” pp. 117-126
[9] Louis de Broglie, “Waves and Particles,” Physics Bulletin, 22, February 1971, página única
[10] Albert Einstein, “Grundgedanken und Methoden der Relativitätstheorie in ihrer Entwicklung dargestellt,” Morgan Manuscript, EA 2070, como citado em Ludwik Kostro, Einstein and the Ether, 2000, p. 2.
[11] Editora Rocco, 1989, Pg.71
[12] Fred Hoyle, Nicolaus Copernicus, 1973, p. 85
[13] A.K.T.Assis, Mecância Relacional, 1998, cap.8.4, pg.230
[14] The Evolution of Physics: From Early Concepts to Relativity and Quanta, Albert Einstein and Leopold Infeld, 1938, 1966, p. 212
[15] The Grand Design, Stephen Hawking & Leonard Mlodinow, 2010, pg.41
[16] Poincare, Science and Hypothesis, 1902, cap.7
[17] Martin Gardner, Relativity Explosion, 1976, p. 68
[18] Albert Einstein, Relativity: The Special and the General Theory, authorized translation by Robert W. Lawson, 1961, p. 85
[19] Argumentos tirados do Blog “Thoughts of John Martin”. Link: https://johnmartin2010.blogspot.com/2011/07/arguments-that-invalidate-relativity.html
[20] Op.Cit. R. Schlafly. pg.270

[21] Science at the Crossroads, 1972. Disponível em http://blog.hasslberger.com/Dingle_SCIENCE_at_the_Crossroads.pdf
[22] A.K.T.Assis, Mecância Relacional, 1998
[23] Disponível em http://ldolphin.org/geocentricity/Aspects.pdf

[24] E = mc2 - Not Einstein’s Invention. Disponível em http://galileowaswrong.com/wp-content/uploads/2013/06/E-equals-mc2-Not-Einsteins-Invention.pdf 
[25] Space, Time and Gravitation: An Outline of the General Relativity Theory, 1923, pp. 24, 41