Justificativa, segundo os Santos de: Semear a discórdia, duvidar do próximo, odiar a companhia dos maus e fazer ataques pessoais

Para aqueles que acusam os outros de erro ao semear discórdia e dúvidas acerca de alguns sem saber ao certo a veracidade das sementes, não só sustento que aquele que tem provas concretas de más ações de um, ouvindo falar de outra falcatrua do mesmo, pode repetir o que ouviu, a qual ele, é claro, no momento não tem meios de averiguar. No entanto, se descoberto falso o testemunho, não deve o homem repeti-lo. 
No jargão popular: "Quem tem fama deita na cama". 


Então para justificar a posição de denunciante de falcatruas e falsa-direitas por aí, compilamos textos da Santa Tradição extraídas da coluna:

“Verdades Esquecidas” do mensário Catolicismo, editada e aprovada por PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA.

SEMEAR A DISCÓRDIA PODE SER LOUVÁVEL – São Tomás de Aquino, Doutor da Igreja
Suma Teológica (IIa. IIae., q. 37, a.1, ad 2.um)
Assim como a vontade humana que adere a Deus é norma reta, da qual é pecado discordar, do mesmo modo a vontade do homem que contraria a Deus é regra perversa, da qual é bom discordar. Portanto, produzir a discórdia pela qual se destroe a boa concórdia que é efeito da caridade, constitue pecado grave, - razão por que se diz nos Provérbios (6, 16): “Seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a detesta sua alma”, e se acrescenta que esta sétima (6, 19) é aquele que semeia discórdias entre irmãos”. Porém, produzir a discórdia pela qual se destroe a má concórdia, isto é, a concórdia na vontade má, é louvável. E assim foi louvável que S.Paulo pusesse dissensão entre os que estavam concordes no mal, pois também o Senhor disse de Si (Mat. 10, 34): “Não vim trazer a paz, mas a espada”.
http://www.newadvent.org/summa/3037.htm

DUVIDAR DO PRÓXIMO NÃO É JULGÁ-LO – São Francisco de Sales
“Não será então uma falta duvidar do próximo ¿ Não, porque o que é lícito é o julgar e não o duvidar. Mas também não nos é permitido duvidar ou suspeitar mais do que as razões nos obrigam; de outra forma seriam duvidas ou suspeitas temerárias (...)”
Filotéia ou Introdução à Vida Devota ( parte III, cap. XXVII)

O ATAQUE PESSOAL NEM SEMPRE É INCOMPATÍVEL COM A SANTIDADE – São Jerônimo, Padre da Igreja
De uma carta de S.Jerônimo a Bonaso Segestano, que havia tomado para si o que o Santo dissera contra alguns vícios, e se queixado dele:
“Por ventura em Roma há um só que tenha o nariz cortado com alguma feia chaga ¿ Por ventura só Bonaso Segestano pronuncia com ambas as bochechas palavras ocas e inchadas como bexigas ¿ (...) Rio-me e escarneço de quem faz o ofício de advogado de outrem, tendo necessidade de que advoguem por ele(...)“.

PODE-SE POR VEZES AJUIZAR DE ALGUÉM POR SEU FÍSICO – São Gregório Nazianzeno, Padre da Igreja
Palavras de S.Gregório Nazianzeno referindo-se ao Imperador Juliano, o Apóstata:
“Eu o olhava, e me chamava a atenção sua cabeça sempre em movimento, seus ombros agitados, e que davam a impressão de desconjuntar0se, um olhar desvairado, um passo cambaleante, um nariz arrebitado que respirava insolência e desdém. E eu perguntava: que monstro Roma alimenta aqui ¿ ( Disc. V, 23, 24; P. G., XXV, col. 692, 693 – apud Fernand Mourret, “Historie Génerale de L’Eglise, ed. Bloud et Gay, paris, pag. 185)

ODIAR A COMPANHIA DOS MAUS – São Bernardo, Doutor da Igreja
De uma carta a Suger, Abade de Saint-Denis e ministro do rei da França:
“Além disso, pergunto-me por que continuais a ter relações com pessoas que não querem se conformar com vossa maneira de ver, sobretudo nas coisas de que se trata ¿ Por que se acobertam elas com vosso nome ¿ Devereis romper abertamente com esses homens sacrílegos e vos separar deles de modo a poder dizer com o Salmista: “Odiei a assembleia dos maus e não quero me assentar ao lado dos ímpios” (Sl. 25, 5) e mostra à Igreja inteira que nada tendes de comum com eles. Recordai-vos destas palavras do Profeta, no começo do primeiro salmo> “Feliz aquele que não tomou parte no conselho dos maus” (Sl. 1, 1) – (carta 381 da edição de Louis Vivés).



Salve Maria, mãe de Deus e das boas companhias !