Bíblia, Papas e Santos confirmam: "fora da Igreja não há salvação"


Papa São Gregório Magno, rogai por nós!


Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados" (Volume II, 2a edição).


É importante dizer que, apesar desta doutrina, há salvação em casos com o "batismo de desejo" e o "batismo de sangue", pelo qual os mártires catecúmenos, isto é, não-batizados, seriam salvos. Veja no artigo a seguir:

Existe um batismo de desejo e um batismo de sangue? A Doutrina Católica responde com a Bíblia, Papas e Santos
Imagem bem ilustrativa, porém não original nossa

Sumário deste artigo:

- Sagrada Escritura
- Papas e Concílios
- Santos (desde os Santos Padres)

- Sagrada Escritura

"Não terás outros deuses diante de mim" Ex X, 3.

"Todos os deuses dos pagãos são demônios" Sl XCV, 5

"Convertei-vos a mim, e sereis salvos, vós todos os povos da terra, porque eu sou Deus e não há outro" Is XL, 22.

"Então Jesus disse-lhe: Vai-te Satanás, porque está escrito: O Senhor teu Deus adorarás, e a Ele só servirás" S. Mateus IV, 10.

As frases seguintes de Nosso Senhor Jesus Cristo podem ser aplicadas à Santa Igreja, Corpo Místico Dele:

"Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora como a vara, secará, enfeixá-lo-ão, lançá-lo-ão no fogo, e arderá" Jó XV, 6.

"Não há salvação em nenhum outro. Porque sob o céu, nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos" Atos IV, 12.

- Papas e Concílios

Papa São Gregório Magno (590-604)


“A santa Igreja universal ensina que não é possível cultuar a Deus verdadeiramente senão nela, e afirma que todos os que estão fora dela não serão salvos" [1]

IV Concílio de Latrão (1215)

Canon I: "Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo (...)" [2]

Bonifácio VIII (1294-1303)

"Esta autoridade, ainda que tenha sido dada a um homem e por ele seja exercida, não é humana, mas de Deus. Foi dada a Pedro pela boca de Deus e fundada para ele e seus sucessores Naquele que ele, a rocha, confessou, quando o Senhor disse a Pedro: "Tudo o que ligares..." (Mt 16,19). Assim, quem resiste a este poder determinado por Deus "resiste à ordem de Deus" (Rm 13,2), a menos que não esteja imaginando dois princípios, como fez Manes, opinião que julgamos falsa e herética, já que, conforme Moisés, não é "nos princípios", mas "no princípio Deus criou o céu e a terra" (Gn 1,1). 

Por isso, declaramos, dizemos, definimos e pronunciamos que é absolutamente necessário à salvação de toda criatura humana estar sujeita ao romano pontífice" [3].

Concílio de Florença (1438-1445)

“A Santa Igreja Romana crê firmemente, professa e prega que nenhum dos que estão fora da Igreja Católica, não só pagãos como também judeus, heréticos e cismáticos, poderá participar na vida eterna; mas que irão para "o fogo eterno que foi preparado para o demônio e os seus anjos", a não ser que a Ela se unam antes de morrer; que a unidade destes corpos eclesiástico é de tal importância que apenas para aqueles que permanecem neste os Sacramentos da Igreja contribuem para a salvação e os jejuns, esmolas e outras obras de piedade e práticas de militância cristã produzem recompensa eternas; e que ninguém, por mais esmolas que dê, ainda que derrame o seu sangue pelo Nome de Cristo, pode salvar-se se não permanecer no seio e na unidade da Igreja Católica” [4]

Concílio de Trento (1545-1563)

"(...) nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus (...)" [5].

Pio IV (1559-1565)

Papa Bonifácio VIII
"(...) Esta verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar (...)" [6]


Bento XIV (1740-1758)

"Esta fé da Igreja Católica, fora da qual ninguém pode se salvar (...)" [7].

Papa Leão XII (1823-1829)

“É impossível ao autêntico Deus, o qual é a própria Verdade, o melhor e mais sábio Provedor, e o Recompensador dos homens bons, aprovar todas as seitas que professam falsos ensinamentos que são frequentemente inconsistentes uns com os outros e contraditórios, e conferir recompensa eterna aos seus membros (...). Por fé divina nós professamos um Senhor, uma fé, um batismo (...). É por isso que professamos que não há salvação fora da Igreja” [8]

Papa Gregório XVI (1831-1846) 

"9. Outra causa que tem acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo, ou seja, aquela perversa teoria espalhada por toda parte, graças aos enganos dos ímpios, e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em qualquer religião, contanto que se amolde à norma do reto e honesto. Podeis, com facilidade, patentear à vossa grei esse erro tão execrável, dizendo o Apóstolo que há um só Deus, uma só fé e um só batismo (Ef 4, 5): entendam, portanto, os que pensam poder-se ir de todas as partes ao porto da Salvação que, segundo a sentença do Salvador, eles estão contra Cristo, já que não estão com Cristo (Lc 11,23), e os que não colhem com Cristo dispersam miseramente, pelo que perecerão infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem íntegra e sem mancha (Simbol. Sancti Athanasii/Credo de Atanásio); ouçam S. Jerônimo, do qual se diz que quanto alguém tentara atraí-lo para a sua causa, dizia sempre com firmeza: "Aquele está a favor da Cátedra de Pedro está a meu favor" (S. Hier., ep. 57). E nem alimentem ilusões porque estão batizados; a isto calha a resposta de Santo Agostinho: "O galho mantém sua forma quando está amputado da árvore; porém, de que lhe serve sua forma, se ele tira sua vida da raiz ?" (In Ps. contra part. Donat.) [9].

Beato Pio IX (1846-1878) condenando teses

15 - "Cada um é livre para abraçar ou professar aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgue verdadeira".

16 - "No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da salvação e obter esta salvação".

17 - "Pelo menos deve-se ter esperança na salvação eterna de todos que não estão no seio da verdadeira Igreja de Cristo".

18 - "O protestantismo é apenas uma variante da verdadeira religião cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja Católica".

21 - "A Igreja não tem o poder de definir de modo dogmático que a religião da Igreja Católica é a única e verdadeira religião" [10]

São Pio X (1903-1914) explanando e condenando a doutrina dos modernistas

"Cumpre, entretanto, desde já, notar que, posta esta doutrina da experiência unida à outra do simbolismo, toda religião, não executada sequer a dos idólatras, deve ser tida por verdadeira (...).

E os modernistas de fato não negam, ao contrário, concedem, uns confusa e outros manifestamente, que todas as religiões são verdadeiras. É claro, porém, que eles não poderiam pensar de outro modo.

Em verdade, postos os seus princípios, em que se poderiam porventura fundar para atribuir falsidade a  uma religião qualquer ? Sem dúvida seria por algum destes dois princípios: ou por falsidade do sentimento religioso, ou por falsidade da fórmula proferida pela inteligência. Ora, o sentimento religioso, ainda que às vezes menos perfeito, é sempre o mesmo; e a fórmula intelectual para ser verdadeira basta que corresponda ao sentimento religioso e ao crente, seja qual for a força do engenho deste. Quando muito, no conflito entre as diversas religiões, os modernistas poderão sustentar que a católica tem mais verdade, porque é mais viva, e merece mais o título de cristã, porque mais completamente corresponde às origens do cristianismo. A ninguém pode parecer absurdo que estas conseqüências todas dimanem daquelas premissas. Absurdíssimo é, porém, que católicos e sacerdotes que, como preferimos crer, têm horror a tão monstruosas afirmações, se ponham quase em condição de admiti-las" [11].

Papa Pio XI (1922-1939)

"Sem dúvida, estes esforços não podem, de nenhum modo, ser aprovados pelos católicos, pois eles se fundamentam na falsa opinião dos que julgam que quaisquer religiões são, mais ou menos, boas e louváveis, pois, embora não de uma única maneira, elas alargam e significam de modo igual aquele sentido ingênito e nativo em nós, pelo qual somos levados para Deus e reconhecemos obsequiosamente o seu império.

Erram e estão enganados, portanto, os que possuem esta opinião: pervertendo o conceito da verdadeira religião, eles repudiam-na e gradualmente inclinam-se para o chamado Naturalismo e para o Ateísmo. Daí segue-se claramente que quem concorda com os que pensam e empreendem tais coisas afasta-se inteiramente da religião divinamente revelada" [12].

- Santos (desde os Santos Padres)

Santo Irineu de Lyon (130-202)

"fielmente e incansavelmente vós deveis resistir a eles em defesa da única e vivificante fé, que a Igreja recebeu dos apóstolos e transmitiu aos seus filhos" [13].

São Cipriano de Cartago (+258)

"Não há salvação fora da Igreja" [14].

Credo de Santo Atanásio (séc. IV) citado por São Cesário de Arles (470-543) [15]

"Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade" [16].

São Francisco de Assis (1182-1226)

"(...) todas as nações e todos os homens de todas as partes da terra, que existem e existirão, nós todos os frades menores, servos inúteis (Lc 17,10), humilmente rezamos e suplicamos porque perseveramos na verdadeira fé e na penitência, porque de nenhum outro modo pode salvar-se" [17].

São Tomás de Aquino (1225-1274)

"A realidade do sacramento é a unidade do corpo místico, sem a qual não pode haver salvação, porque ninguém tem acesso á salvação fora da Igreja, como tampouco no dilúvio houve salvação fora da arca de Noé que significa a Igreja" [18].

Veja mais: Doutrina da Igreja contra os erros sociais

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[1] Moralia, Citado em "Summo iugiter studio", do Papa Gregório XVI
[2] Cap.I. Denzinger n.430
[3] Bula Unam Sanctam, 18 de novembro de 1302
[4] Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Bula Cantate Domino, 1442
[5] Sessão V. Sob a autoridade de Paulo III, em 17 de junho de 1546 
[6] Bula Iniunctum nobis, 1564
[7] Aos orientais, Encíclica "Nuper ad Nos"
[8] "Ubi Primum", n.14, 5 de Maio de 1824. The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 201.
[9] Carta Encíclica Mirari Vos Sobre os principais erros da época. 14 de Agosto de 1832
[10] Syllabus de erros (1864), tirado de Roberto de Mattei, "Pio IX", Ed.Civilização, Apêndice II.
[11] Encíclica Pascendi Dominici Gregis, 8 de setembro de 1907 
[12] Encíclica Mortalium Animus, n.3, 6 de janeiro de 1928
[13] "Contra as heresias", Livro III, Prefácio.
[14] Epístola 72, Ad Jubajanum de haereticis baptizandis, seção 21
[15] Bardy Gustave. La prédication de saint Césaire d'Arles. In: Revue d'histoire de l'Église de France. Tome 29. N°116, 1943. pp. 217 
[16] 1 e 2. Disponível em: https://pt.wikisource.org/wiki/Credo_de_Atan%C3%A1sio 
[17] Regra de 1221, no.68, Cap.XXIII.
[18] Suma Teológica, parte III, q.73, art.3, resposta