Papas contra a educação sexual não dada privadamente pelos pais

Pio XI
Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados" (volume II).

Pio XI 

"c) Educação sexual

Mormente perigoso é, portanto, aquele naturalismo que, em nossos tempos, invade o campo da educação em matéria delicadíssima como é a honestidade dos costumes. Assaz difundido é o erro dos que, com pretensões perigosas e más palavras, promovem a chamada educação sexual, julgando erradamente poderem precaver os jovens contra os perigos da sensualidade com meios puramente naturais, tais como uma temerária iniciação ou instrução preventiva, indistintamente para todos, e até publicamente, e pior ainda, expondo-os por algum tempo às ocasiões para os acostumar, como dizem, e quase fortalecer-lhes o espírito contra aqueles perigos.

Erram estes gravemente não querendo reconhecer a natural fragilidade humana e a lei de que fala o Apóstolo, contrária à lei do espírito (Rom. 7, 23), e desprezando até a própria experiência dos fatos, da qual consta que, nomeadamente nos jovens, as culpas contra os bons costumes são efeito, não tanto da ignorância intelectual, quanto e principalmente da fraqueza da vontade, exposta às ocasiões e não sustentada pelos meios da graça.

Se consideradas todas as circunstâncias se torna necessária, em tempo oportuno, alguma instrução individual, acerca deste delicadíssimo assunto, deve, quem recebeu de Deus a missão educadora e a graça própria desse estado, tomar todas as precauções, conhecidíssimas da educação cristã tradicional, e suficientemente descritas pelo já citado Antoniano, quando diz: "Tal e tão grande é a nossa miséria e a inclinação para o mal, que muitas vezes até as coisas que se dizem para remédio dos pecados são ocasião e incitamento para o mesmo pecado. Por isso importa sumamente que um bom pai quando discorre com o filho em matéria tão lúbrica, esteja bem atento, e não desça a particularidades e aos vários modos pelos quais esta hidra infernal envenena uma tão grande parte do mundo; não seja o caso que, em vez de extinguir este fogo, o sopre ou acenda imprudentemente no coração simples e tenro da criança. Geralmente falando, enquanto perdura a infância, bastará usar daqueles remédios que juntamente com o próprio efeito, inoculam a virtude da castidade e fecham a entrada ao vício" [1].

Santo Ofício sob Pio XI confirmando a Encíclica

"Pergunta: Pode se usar o método chamado de “educação sexual” ou também de “iniciação sexual”?

Resp.: Negativo; e deve se guardar para a educação o método até aqui usado pela Igreja e pelos santos, recomendado pelo Santo Padre em sua encíclica “Divini Illius Magistri”, publicada em 31 de dezembro de 1929" [2].

Pio XII citando o Decreto do Santo Ofício acima

"Existe, ademais, uma educação sexual eficaz, que com seguridade total ensina calma e objetivamente o que o jovem deve saber para reger a si mesmo e tratar com os outros. De outra parte, é preciso insistir particularmente, na educação sexual como em toda educação, no domínio de si mesmo e na formação religiosa. A Santa Sé publicou normas a este respeito pouco depois da encíclica de Pio XI sobre o matrimônio cristão. Estas normas não foram removidas, nem expressamente, nem 'via facti' " [3].

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Papas contra a educação laica, neutra, mista (aos dois sexos juntos), sem filosofia cristã e com professores e alunos a-católicos

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[1] Encíclica Divini Illius Magistri, 31 de Dezembro de 1929.
[2] Sobre educação sexual e eugenia, Resposta do Santo Oficio, 21 de março de 1931: AAS 23 (1931) 118.
[3] Alocução aos participantes do V Congresso Internacional de psicoterapia e de Psicologia Clínica, 13 de Abril de 1953.