Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição)".
Sendo a águia da Contra-Revolução, o que foi essencial para o reinado da Revolução no mundo atual não poderia passar despercebido para Plinio Corrêa de Oliveira. Isto inclui a revolução indumentária, baseada no igualitarismo metafísico. Também as consequências de tal mudança revolucionária foram denunciadas.
Essas denúncias mostram como o prof. Corrêa de Oliveira foi um espelho dos profetas do antigo testamento ao denunciar os erros de sua época em cada detalhe.
-Igualitarismo nos Trajes
1943
"(...) a mentalidade revolucionária arrastou o mundo inteiro (...), e insuflando a todas as massas a mesma tendência niveladora e destruidora, (...), teve como lamentável consequência um desejo desregrado de impor os mesmos hábitos, os mesmos costumes, os mesmos trajes (...)" [1]
1959
No livro R e C-R, desmascarando as intenções da revolução: "h. Igualdade nos aspectos exteriores da existência: a variedade redunda facilmente em desigualdade de nível. Por isso, diminuição quanto possível da variedade nos trajes, nas residências, nos móveis, nos hábitos etc. "[2]
-Consequência: igualdade nas vestes do homem e da mulher, masculinização da mulher
1943
No livro aclamado por Pio XII em carta escrita pelo seu secretário, o futuro Paulo VI, Plinio transcreve um documento de normas para as vestimentas de leigos:
"Parágrafo único: O traje masculino é sempre vedado à Filha de Maria, em qualquer circunstância que seja." [3]
E critica aqueles que "Combatem, por exemplo, o uso de véus nas Igrejas. Não censuram o uso de calças masculinas para as mulheres, nem o do cigarro." [4]
Vale lembrar que em 1965 o autor já considerava seu livro profético em relação àquele tempo. As resoluções apresentadas ali eram contra erros que brotavam da Ação Católica, mas que no fundo tratava-se de uma prefigura da Igreja 40 anos depois [5]
1953
1. A masculinização da mulher e efeminamento do homem penetrou na sociedade, o hipismo como exemplo
"(...) lembremos de passagem quanto é antinatural e anormal que em qualquer circunstância e sob qualquer pretexto uma mulher pareça homem: absolutamente tão antinatural e tão anormal como se um homem parecesse mulher. A estranha mania de masculinização da mulher - e quanto haveria que dizer também sobre o efeminamento do homem! - penetrou igualmente no hipismo."

"De onde vem esta tendência? Em cada caso concreto ela se inculca sob um pretexto diverso: comodidade, simplicidade, economia, etc. No caso da equitação, talvez se pense que seja o desembaraço de movimentos e a segurança. Mero engano...
Aqui temos um grupo encantador de amazonas alemãs, que galopam céleres em um parque aristocrático. Usando silhões, montam com a distinção de verdadeiras senhoras, o que não impede que seu galope tenha a rapidez, o desembaraço, a leveza de uma cavalgata de Valkirias (...)"
3. Mas a razão é que a sociedade tende para tudo nivelar, igualar e confundir
"Não são, pois, as razões de ordem prática que impõem a masculinização da mulher na equitação. Devemos antes ver neste fato mais uma manifestação da tendência, cada vez mais acentuada hoje, de tudo nivelar, igualar, homogeneizar, e confundir." [6]
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[1]
"As condições técnicas do mundo moderno vieram, infelizmente, criar
sérios embaraços à continuidade desta situação. Com efeito, a
mentalidade revolucionária arrastou o mundo inteiro num mesmo turbilhão,
e insuflando a todas as massas a mesma tendência niveladora e
destruidora, a mesma monomania igualitária e iconoclástica, teve como
lamentável conseqüência um desejo desregrado de impor os mesmos hábitos,
os mesmos costumes, os mesmos trajes, a mesma arte, a mesma filosofia, e
até a mesma culinária ao mundo inteiro. O progresso técnico do século
XIX, excelente para dar a todas as verdades como a todos os erros um
desenvolvimento célere, facilitou enormemente o curso desta evolução. E,
hoje, nos hotéis de Changai, Lausane, Capetown ou Quebec come-se mais
ou menos as mesmas coisas, dorme-se em quartos arranjados mais ou menos
do mesmo modo, e recebe-se as visitas em salões mais ou menos iguais.
Esta uniformidade não é só nos hotéis: é nos filmes que os cinemas
exibem, é na popularidade dos mesmos atores, na voga das mesmas peças
teatrais, na uniformidade do noticiário telegráfico dos jornais, na
freqüência com que os mesmos livros, traduzidos para todas as línguas,
ocupam lugar vistoso nos mostruários das livrarias, na insistência com
que as mesmas modas, elaboradas nos estabelecimentos ditatoriais das
modistas dos grandes centros, imediatamente, encontram admiradoras
dóceis nos quatro quadrantes da terra." (Problemas Internacionais -
Legionário, 2 de Maio de 1943, N.º 560)
[2] 1959, R e C-R, Parte I, Cap VII, 3
[3] Em Defesa da Ação Católica, 1943, Terceira Parte, Cap.I.
[4] Em Defesa da Ação Católica, 1943, Segunda Parte, Cap.I.
[5] Palestra “Quem Somos Nós”, 1965. A-IPCO
[6] Tudo igualar: mania e não necessidade, Revista Catolicismo, Nº 28 - Abril de 1953