Dr. Plinio profetiza o igualitarismo nos trajes em 1943 e 1953: nas vestes do homem e da mulher

Igualitarismo nos trajes em 1943 e 1951: da proletarização das vestes ao nudismo 

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição)".

Sendo a águia da Contra-Revolução, o que foi essencial para o reinado da Revolução no mundo atual não poderia passar despercebido para Plinio Corrêa de Oliveira. Isto inclui a revolução indumentária, baseada no igualitarismo metafísico. Também as consequências de tal mudança revolucionária foram denunciadas.


Essas denúncias mostram como o prof. Corrêa de Oliveira foi um espelho dos profetas do antigo testamento ao denunciar os erros de sua época em cada detalhe. Negritos nossos.


-Igualitarismo nos Trajes

1943 - "(...) a mentalidade revolucionária arrastou o mundo inteiro (...), e insuflando a todas as massas a mesma tendência niveladora e destruidora, (...), teve como lamentável consequência um desejo desregrado de impor os mesmos hábitos, os mesmos costumes, os mesmos trajes (...)" [1]


1959 - No livro RC-R (Revolução e Contra-Revolução), desmascarando as intenções da revolução: "h. Igualdade nos aspectos exteriores da existência: a variedade redunda facilmente em desigualdade de nível. Por isso, diminuição quanto possível da variedade nos trajes, nas residências, nos móveis, nos hábitos etc. "[2]

-Consequência: igualdade nas vestes do homem e da mulher, masculinização da mulher

1943 - No livro aclamado por Pio XII em carta escrita pelo seu secretário, o futuro Paulo VI, Plinio transcreve um documento de normas para as vestimentas de leigos: 
"Parágrafo único: O traje masculino é sempre vedado à Filha de Maria, em qualquer circunstância que seja." [3]

E critica aqueles que "Combatem, por exemplo, o uso de véus nas Igrejas. Não censuram o uso de calças masculinas para as mulheres, nem o do cigarro." [4]

Vale lembrar que
em 1965 o autor já considerava seu livro profético em relação àquele tempo. As resoluções apresentadas ali eram contra erros que brotavam da Ação Católica, mas que no fundo tratava-se de uma prefigura da Igreja 40 anos depois [5]

1953 - Seção da Revista Catolicismo chamada "Costumes, Ambientes e Civilizações"

1. A masculinização da mulher e efeminamento do homem penetrou na sociedade, o hipismo como exemplo
 
"(...) lembremos de passagem quanto é antinatural e anormal que em qualquer circunstância e sob qualquer pretexto uma mulher pareça homem: absolutamente tão antinatural e tão anormal como se um homem parecesse mulher. A estranha mania de masculinização da mulher - e quanto haveria que dizer também sobre o efeminamento do homem! - penetrou igualmente no hipismo."


2. A desculpa que vai ser dada para a masculinização é a comodidade, simplicidade, segurança

"De onde vem esta tendência? Em cada caso concreto ela se inculca sob um pretexto diverso: comodidade, simplicidade, economia, etc. No caso da equitação, talvez se pense que seja o desembaraço de movimentos e a segurança. Mero engano...

Aqui temos um grupo encantador de amazonas alemãs, que galopam céleres em um parque aristocrático. Usando silhões, montam com a distinção de verdadeiras senhoras, o que não impede que seu galope tenha a rapidez, o desembaraço, a leveza de uma cavalgata de Valkirias (...)"


3. Mas a razão é que a sociedade tende para tudo nivelar, igualar e confundir

"Não são, pois, as razões de ordem prática que impõem a masculinização da mulher na equitação. Devemos antes ver neste fato mais uma manifestação da tendência, cada vez mais acentuada hoje, de tudo nivelar, igualar, homogeneizar, e confundir." [6]


1958 – Denunciando as feministas do começo seu século, “bravas e maciças precursoras do movimento de masculinização da mulher”.


"A cena, fotografada em Paris, em 1914, é algum tanto desconcertante para o olhar contemporâneo.  Os trajes, muito pesados e severos, obedecem aos cânones de uma moda que, como tantas outras, deu oportunidade a manifestações de bom e de mau gosto. Certamente, o clichê nos põe em presença de espécimes de um mau gosto evidente. Compreende-se que um traje feminino seja — em dadas circunstanciais — severo, sobranceiro. Mas sob condição de se conservar sempre bem feminino, isto é, de deixar clara a nota de delicadeza, de graça, de recatada afabilidade que deve distinguir a dama, e especialmente a dama cristã. Para exemplificar com figuras que os leitores têm na retina, basta lembra duas obras-primas neste sentido: o vestido de noiva e o traje de coroação de uma Rainha. Cada qual a seu modo pode atingir o sumo da solenidade, da nobreza, da severa sobranceria. Mas sem por isto ser obrigado a sacrificar, na menor medida, o que tem de suave e tipicamente feminino. Mutatis mutandis, o mesmo pode dizer-se do traje quotidiano.

Quem são estas damas? As bravas e maciças precursoras do movimento de masculinização da mulher. São feministas que promovem uma manifestação nas Tulherias.

Enquanto o igualitarismo reduz a isto mulher, veja-se ao que reduz o homem.

Ao lado dessas amazonas pedestres, caminha franzino, leve, de paletózinho cintado, um frágil Adonis burguês. Toda a sua apresentação tende ao etéreo, ao afável, ao delicado. É que se a mulher deve ser igual ao homem, este deve ser igual à mulher. E o homem efeminado é fruto genuíno das mesmas tendências e idéias igualitárias, mais ou menos subconscientes, que deram origem à masculinização da mulher.

“Mulher masculina e homem efeminado, índices seguros de decadência e corrupção da família e, por conseguinte, da civilização.”

Estes movimentos são tanto mais lentos quanto mais profundos. Tamanha inversão de valores vem de longe, como vemos. De lá para cá, ela só se tem acentuado e vem atingindo o seu auge no traje esporte. A mulher começou a usar calças de homem, e o homem começou a usar as cores claras, os tecidos macios, o pequeno decote da camisa mal-abotoada, e os braços à mostra, até há pouco prescritos pela moda às mulheres.

Mulher masculina, homem efeminado, índices seguros de decadência e corrupção da família e, pois, da civilização.

Sirvam estes índices para nos levar à penitência, à oração e à reforma da vida!" [7]


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[1] "As condições técnicas do mundo moderno vieram, infelizmente, criar sérios embaraços à continuidade desta situação. Com efeito, a mentalidade revolucionária arrastou o mundo inteiro num mesmo turbilhão, e insuflando a todas as massas a mesma tendência niveladora e destruidora, a mesma monomania igualitária e iconoclástica, teve como lamentável conseqüência um desejo desregrado de impor os mesmos hábitos, os mesmos costumes, os mesmos trajes, a mesma arte, a mesma filosofia, e até a mesma culinária ao mundo inteiro. O progresso técnico do século XIX, excelente para dar a todas as verdades como a todos os erros um desenvolvimento célere, facilitou enormemente o curso desta evolução. E, hoje, nos hotéis de Changai, Lausane, Capetown ou Quebec come-se mais ou menos as mesmas coisas, dorme-se em quartos arranjados mais ou menos do mesmo modo, e recebe-se as visitas em salões mais ou menos iguais. Esta uniformidade não é só nos hotéis: é nos filmes que os cinemas exibem, é na popularidade dos mesmos atores, na voga das mesmas peças teatrais, na uniformidade do noticiário telegráfico dos jornais, na freqüência com que os mesmos livros, traduzidos para todas as línguas, ocupam lugar vistoso nos mostruários das livrarias, na insistência com que as mesmas modas, elaboradas nos estabelecimentos ditatoriais das modistas dos grandes centros, imediatamente, encontram admiradoras dóceis nos quatro quadrantes da terra." (Problemas Internacionais - Legionário, 2 de Maio de 1943, N.º 560)
[2] 1959, R e C-R, Parte I, Cap VII, 3
[3] Em Defesa da Ação Católica, 1943, Terceira Parte, Cap.I.
[4] Em Defesa da Ação Católica, 1943, Segunda Parte, Cap.I.
[5] Palestra “Quem Somos Nós”, 1965. A-IPCO
[6] Tudo igualar: mania e não necessidade, Revista Catolicismo, Nº 28 - Abril de 1953
[7] Fila cerrada, passo cadenciado, porte marcial. "Catolicismo" Nº 86 - Fevereiro de 1958. Link: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/ACC_1958_086_Fila_cerrada_passo_cadenciado.htm#.VsHJCvkrLIV