Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição, Cap. II)".
1951 - "Nações que desaparecem"
“Como se vê, trata-se de um acontecimento imenso. São nações que desaparecem depois de ter enchido o mundo e a História com a irradiação de sua glória (...) e um novo Estado Federal que aparece, cujo futuro não é fácil de prever.
Que pensar da Federação Européia?
Assim, em princípio, vê-se que a Igreja não se limita a permitir, mas favorece de todo coração as superestruturas internacionais, desde que se proponham um fim lícito. Em essência, pois, só merece aplausos a idéia de aproximar num todo político bem construído, os povos europeus (...).
Mas aprovar a idéia em princípio é uma coisa. Aprová-la incondicionalmente, quaisquer que sejam suas aplicações práticas, é outra. E até esta incondicionalidade não podemos chegar.”
Perigo de uma socialização
“Vivemos em uma época de estatalização brutal. Tudo se centraliza, se planifica, se artificializa, se tiraniza. Se a Federação européia entrar por este caminho, aberrará das normas muito sábias do discurso do Papa Pio XII aos dirigentes do movimento internacional em favor de uma Federação Mundial” [1]
1952 -
Denúncia do mal de uma super-socialização com a União europeia
“Assim, pois, se a Federação Européia tomar este caminho, será mais um mal, do que um bem. Deve ela ser a protetora das independências nacionais e não a hidra devoradora das nações.(...).
De outro lado, a estruturação econômica não deve chegar a um planejamento tal, que implique numa super-socialização. Se o socialismo é um mal, sua transposição para o plano super-estatal não poderá deixar de ser um mal ainda maior.”
Devemos temer uma República Universal se não for a Federação Europeia guiada pela Igreja
“Se a Federação Européia se colocasse à sombra da Igreja, fosse inspirada, animada, vivificada por Ela, o que não se poderia esperar? Mas, ignorando a Igreja como Corpo Místico de Cristo, o que esperar dela?
Sim, o que esperar dela? Alguns frutos bons, que convém notar e proteger de todos os modos, sem dúvida. Mas como é fundado esperar também outros frutos! E se estes frutos forem amargos, quanto se pode temer que nos aproximemos assim da República Universal cuja realização a maçonaria há tantos séculos prepara?” [2]
CLIQUE: Plinio Corrêa de Oliveira e suas Profecias
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[1] Revista Catolicismo, no 8, agosto de 1951
[2] Revista Catolicismo”, no 14, fevereiro de 1952