Santa Teresa de Jesus vê a vinda de um grande Santo Carmelita e de Apóstolos fervorosos

Santa Teresa D'Avila,
rogai por nós
S. Teresa de Jesus (1515-1582), rogai por nos!

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. V)".

Anterior deste capítulo: S. Francisco de Paula profetiza o fim das heresias, tiranias e maus padres com um Monarca, um fundador e uma ordem

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Negritos nossos.


"12. Estando uma vez em oração com muito recolhimento, suavidade e quietude, parecia-me estar rodeada de anjos e muito perto de Deus. Comecei a suplicar a Sua Majestade pela Igreja. Deu-se-me a entender o grande proveito que, nos últimos tempos, há de fazer uma Ordem e a fortaleza com que seus filhos hão de sustentar a Fé."

Entendemos que a visão de uma ordem acontece durante a oração pela Igreja porque mantém relação com as necessidades Dela.

"13. Estando uma vez rezando perto do Santíssimo Sacramento, apareceu-me um Santo cuja Ordem tem estado um tanto decaída: Tinha nas mãos um grande livro, abriu-o e disse-me que lesse umas letras, que eram grandes e muito legíveis e diziam assim: Nos tempos vindouros florescerá esta Ordem; haverá muitos mártires."

A ordem do Santo estava decaída, o que pode significar não só a carmelita, mas a ordem do santo, que pode ser um sodalício terceiro carmelita também.

"14. Outra vez, estando no Coro em Matínas, representaram-se-me e se puseram diante dos olhos seis ou sete religiosos que me parece seriam desta mesma Ordem; com espadas na mão. Penso que nisto se dá a entender que hão de defender a Fé; porque, de outra vez, estando em oração, se me arrebatou o espírito e pareceu-me estar num grande campo onde muitos combatiam, e estes, os desta Ordem, pelejavam com grande fervor. Tinham os rostos formosos e abrasados e deitavam muitos por terra, vencidos, e a outros matava. Parecia-me que esta batalha era contra os hereges.


15. A este glorioso Santo tenho visto algumas vezes, e tem-me dito algumas coisas, e agradecido a oração que faço pela sua Ordem e prometido de me encomendar ao Senhor. Não declaro as Ordens, para que não se agravem outras; se o Senhor for servido que se saiba, Ele o declarará. Mas cada Ordem, ou cada membro de per si, havia de procurar que, por seu meio fizesse o Senhor tão ditosa a sua Ordem que, em tão grande necessidade, como agora tem a Igreja, a servissem. Ditosas vidas que nisto se acabarem!" [1].


Eles batalharão contra os hereges.

A história conta que esse Santo seria da Ordem do Carmo:

“estas conjecturas bastam para ter como certo o que dissemos; porém um testemunho e uma palavra ainda mais certa da verdade, tiramos da mesma Santa, que ainda em vida declarou que se tratava da Ordem do Carmo reformada.

“E isto ela disse com tanta segurança e afirmatividade, que a um religioso filho seu que lhe perguntou, chamado frei Angel de San Gabriel, ela respondeu com simplicidade e amor de mãe: “Bobo, de quem haveria de se entender senão da nossa Ordem?”

“Este testemunho correu sempre na Ordem como coisa aceita sem controvérsia, confirmada pelas pessoas que o ouviram da boca da Santa, como testemunha o muito venerável bispo de Tarazona D. Fr. Diego de Yepes”
[2]

De acordo com nossa opinião, esse santo é o mesmo Santo que o Beato Palau tantas vezes comentou, e da mesma ordem do Carmo. É o Papa Santo, e não o Monarca, como
o Beato também salientou. A visão do combate dos membros da ordem não exclui a possibilidade do santo ser padre (o que o impede de entrar nesse tipo de combate) pelo fato de que os combatentes podem ser os membros terceiros dessa ordem. Também esse santo pode significar um santo já no céu, e ao mesmo tempo o superior da ordem na terra.

Adendo da 3a edição: o último parágrafo, não claramente explicado, se refere à polissemia das profecias. Ademais, notamos como, desde a 1a edição, externamos a impressão de que o padre era o Papa santo, mas não os outros da ordem. De acordo com os incrementos que descobrimos e incluímos na hipótese sobre São João Evangelista, no capítulo III, esse santo pode virar bispo de uma vez.

Um dos motivos pelos quais Plinio Corrêa de Oliveira (do qual já falamos na parte 2 desse volume) era carmelita, e recomendava aos membros da TFP o tornar-se carmelita, é a ligação com o filão Eliático profético, que ele dizia fazer parte da missão desse Grupo. Por isso, durante muito tempo a TFP formava um sodalício, onde Dr. Plinio era Prior. Se a TFP era por ele considerada uma entidade com caráter profético, era natural que ela fosse carmelita (no mínimo, terceiro), pois essa ordem é profética.


Embora não descartemos coisas mais belas e verdadeiras que a providência pode dispor,
cremos que o Papa Santo sairá dessa entidade pelos seguintes motivos, entre outros:
-É o único Grupo no qual o fundador era profeta (como demonstrado na parte 2 desse volume).
-É o Grupo que mais teve interesse por profecias, tendo diversas comissões de estudos sobre o assunto, palestras, e até livros.
-É o Grupo que mais tem suas esperanças na restauração da Igreja baseadas tanto em profecias, quanto em teologia da história.
-Dos atuais Grupos chamados tradicionalistas ou tradicionais (a restauração não pode vir do progressismo) não há outro com essa história e vínculo com a Ordem do Carmo.
 
Próximo deste capítulo:
São Luís Maria Grignion de Montfort profetiza o Reino de Maria e os apóstolos dos últimos tempos

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Fonte: Blog do escritor Luis Dufaur: www.aparicaodelasalette.blogspot.com

[1] "Livro da Vida”, Capítulo 40, nº 12, págs. 186-187

[2] Pe. Jerónimo de San José, Historia del Carmen Descalzo, III 17, Citado no mesmo capítulo e número nas Obras Completas, BAC nº 212, Madrid, 1979, 6ª Ed. revisada, 1184 páginas