Bíblia, Papas e santos contra o liturgicismo opositor dos belos paramentos, do canto gregoriano ou polifônico


S. Pio X, rogai por nós! Extraído de:
"O Príncipe dos Cruzados (Volume II, 2a edição)".


Para entender melhor este artigo, recomendamos os seguintes também sobre o mesmo tema (liturgicismo):

Papas, Santos e teólogos contra a participação ativa liturgicista na missa em desprezo do terço e piedades não-litúrgicas. Resposta a objeções

Papas, santos e teólogos contra o liturgicismo do uso da língua vernácula

Tese liturgicista

- É preciso retornar às fontes com as seguintes ações nas coisas relativas à liturgia: eliminar dos paramentos litúrgicos a cor negra ou todo o esplendor ou voltar aos paramentos antigos não romanos no rito romano, menosprezar ou reprovar o canto polifônico ou gregoriano.

Sagrada Escritura

A dignidade do sacerdote da lei Mosaica exigia um traje muito belo, e já que o sacerdote da Nova Aliança é maior do que o sacerdote antiga, seu traje deveria ser mais belo ainda:

"Farás uma veste sagrada para Aarão, teu irmão, para indicar sua dignidade e para lhe servir de adorno (...). Eis as vestes que deverão fazer: o racional e o efod, o manto e a túnica de linho estreita, a tiara e o cíngulo. Farão estas vestes sagradas para Aarão, teu irmão, e para os seus filhos, a fim de que sejam sacerdotes a meu serviço. Tomarão ouro, jacinto, púrpura, escarlate tinto duas vezes e linho fino". Êxodo XXVIII

“Nunca houve antes destes adornos sacerdotais coisas tão preciosas, desde o princípio do mundo" Eclo XLV.

Concílio de Trento (1545-1563)

"Cân. VII - Se alguém disser que as cerimônias, vestimentas, e sinais externos que usa a Igreja Católica na celebração das Missas, são muito mais incentivos de impiedade que obséquios piedosos, seja excomungado" (Sessão XXII).

São Pio X (1903-1914)

"Por tais motivos, o canto gregoriano foi sempre considerado como o modelo supremo da música sacra, podendo com razão estabelecer-se a seguinte lei geral: uma composição religiosa será tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproxima no andamento, inspiração e sabor da melodia gregoriana, e será tanto menos digna do templo quanto mais se afastar daquele modelo supremo"
Pio XII
 [1].

Pio XII (1939-1958)

"55. É certamente coisa sábia e muito louvável retornar com a inteligência e com a alma às fontes da sagrada liturgia, porque o seu estudo, reportando-se às origens, auxilia não pouco a compreender o significado das festas e a penetrar com maior profundidade e agudeza o sentido das cerimônias, mas não é certamente coisa tão sábia e louvável reduzir tudo e de qualquer modo ao antigo. Assim, para dar um exemplo, está fora do caminho quem quer restituir ao altar a antiga forma de mesa; quem quer eliminar dos paramentos litúrgicos a cor negra; quem quer excluir dos templos as imagens e as estátuas sagradas; quem quer suprimir na representação do Redentor crucificado as dores acérrimas por ele sofridas; quem repudia e reprova o canto polifônico, ainda quando conforme às normas emanadas da Santa Sé.[2].

Prova histórica

É notório, já há muito tempo, o esplendor com o qual os Papas e santos sacerdotes se vestiam, e também os bispos, e a tradição de grande apreço pelo canto gregoriano, o qual tira seu nome de S. Gregório Magno, Papa.

Objeção 1: todo rito do oriente também precisaria englobar missa com canto gregoriano de acordo com esta mentalidade.

Resposta 1: o oriente em comunhão com a Sé Petrina possui seus cantos, também graves e piedosos, nos moldes instruídos por S. Pio X. Quem realmente faz universalismo e igualitarismo com a missa em todos os cantos são os reformistas, que quase sempre promovem missas com músicas de melodias melosas e pouco auxiliadoras da piedade, que mais lembram as músicas profanas e não raramente contrárias à moral que se escuta nos seus países.

Clique aqui para ver mais Doutrina Católica contra os erros sobre a vida católica

---------------------------------------------
[1] Motu Proprio "Tra le Sollecitudini", 22 de Novembro de 1903. Link: https://www.vatican.va/content/pius-x/pt/motu_proprio/documents/hf_p-x_motu-proprio_19031122_sollecitudini.html
[2] Encíclica Mediator Dei, 20 de Novembro de 1947. Link: https://www.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_20111947_mediator-dei.html