Dr. Plinio prevê o perigo árabe para a Igreja de 1938-44. Padre progressista reconhece a intuição profética

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição)".

Subtítulos em negritos nossos.

Padre insuspeito reconhece aviso certeiro do jovem Plinio na década de 1940

O padre jesuíta João B. Libânio, um dos expoentes da Teologia da Libertação, fez interessante depoimento. À pergunta “qual o futuro da Igreja Católica?”, respondeu: padre jesuíta João B. Libânio, um dos expoentes da Teologia da Libertação, fez interessante depoimento. À pergunta “qual o futuro da Igreja Católica?”, respondeu:

“Plinio Corrêa de Oliveira (fundador da TFP — Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade) fez uma palestra para os jesuítas em 1940, permeada de uma idéia toda messiânica [sic!], dizendo que o grande problema do cristianismo era o islamismo. Há 50 anos, foi profético, ou a História foi, por outras razões, caminhando nesse sentido. O fato é que se confirma o que ele intuiu” [1]

1938

“Seja como for, o mundo muçulmano está na iminência de uma grande ressurreição religiosa (...)” [2]

1943 - “O perigo muçulmano é imenso”

“Por outro lado, o perigo muçulmano é imenso. O Ocidente parece fechar-lhe os olhos, como os tem ainda semi-cerrados ao imenso perigo amarelo (...) Nos dias de hoje, com homens, armas e dinheiro, tudo se faz. Dinheiro e homens, o mundo muçulmano os possui à vontade. Adquirir armas, não será difícil (...) e, com isto, ficará uma potência imensa em todo o Oriente, ativa, aguerrida, cônscia de suas tradições, inimiga do Ocidente, tão armada quanto ele, que dentro de algum tempo poderá ser absolutamente tão influente quanto o mundo amarelo, e colocada em situação geográfica e econômica incomparavelmente melhor!” [3]

Forma-se “outro vasto bloco político e ideológico anticatólico”

“O vento gélido de nacionalismo pagão que soprou sobre a Europa totalitária estendeu-se até o Oriente (...) Daí uma revivescência do paganismo em todo o Oriente, um paganismo insolente, opressivo, xenófobo e com ares racistas (...) Esta ordem de coisas se agrava (...) com o projeto cada vez mais próximo de se realizar uma federação de Estados Árabes. A desunião do Islã foi uma das grandes causas de sua decadência. A reunião dos Estados Árabes será evidentemente a constituição de um outro vasto bloco político e ideológico oriental anticatólico (...) em torno do Islã” [4]

1944 - “formar-se-á, às portas da Europa debilitada e semi-descristianizada, um ‘perigo árabe’ igual ou maior do que os do tempo de São Pio V e da batalha de Lepanto”

“Insistindo fortemente sobre a importância da ‘questão árabe’, para o mundo de amanhã, o Legionário(...) não é movido senão pelo zelo da fé. (...)

Não temos a menor hostilidade para com os árabes, como tais. Receamos, entretanto, que sua crescente influência eleve conseqüentemente a influência do Islã. (...)

Neste dia [da Reunião do Congresso Árabe], formar-se-á, às portas da Europa debilitada e semi-descristianizada, um ‘perigo árabe’ igual ou maior do que os do tempo de São Pio V e da batalha de Lepanto." [5]

A regra das coisas deste mundo é invariavelmente esta: para os míopes, os homens de visão normal passam por visionários. Já nos chamaram tantas vezes de visionários até que a evidência rotunda dos fatos impusesse silêncio a muitos míopes. Chame-nos a bancada dos míopes mais uma vez de visionários: o problema muçulmano vai constituir uma das mais graves questões religiosas de nossos dias, depois da guerra” [6]


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[1] “Jornal Indústria & Comércio”, Curitiba, 26 e 27 de agosto de 1996, pp. B-4 e B-2
[2] A triste decadência espiritual dos descendentes dos Cruzados, “Legionário”, 4-12-38.
[3] Plinio Corrêa de Oliveira, A Questão Libanesa, “Legionário”, 5-12-43
[4] Plinio Corrêa de Oliveira, Neopaganismo, “Legionário”, 8-8-43
[5] 7 dias em revista, “Legionário”, 1-10-44.
[6] Plinio Corrêa de Oliveira, 7 dias em revista, “Legionário”, 5-3-44