São João Bosco profetiza a saída do Papa de Roma, a cidade destruída, e a restauração

São João Bosco (1815-1888), rogai por nós!

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Venerável Holzhauser profetiza a vinda do Papa Santo, do Grande Monarca, e do Grande General, que extirparão as heresias e o islamismo


Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. V)".

Anterior deste capítulo:
Revelação a S. João Bosco sobre a punição da imoralidade, do laicismo e, enfim, o triunfo de Maria

Comentários nossos em negrito.
Carta ao Papa Pio IX, então soberano dos Estados Pontifícios.

"Turim, 10 de março de 1861

Beatíssimo Padre,

Aproveito a oportunidade favorável de que um zeloso cooperador do jornal “L'Armonia” vai a Roma para dirigir duas palavras a Vossa Santidade.

Quantas coisas um pobre sacerdote quereria dizer ao chefe da Cristandade! Reduzamos tudo à máxima brevidade (...).

Promessas, ameaças, pressões são os três inimigos que nos têm atacado; mas agora se avizinha o tempo da perseguição.

Os fiéis são fervorosos; mas a cada dia um grande número passa da tibieza para um indiferentismo apático, que é a maior praga do catolicismo em nossos países (...).

Vossa Santidade deverá mais uma vez abandonar Roma, o que será um grande bem em meio a tanto mal; pois povos inteiros acorrerão para venerá-la; milhões de homens abraçarão o catolicismo, movidos unicamente pela fortaleza nas tribulações do Vigário de Jesus Cristo, que por este meio iluminará muitas almas redimidas pelo próprio Salvador nosso.

O Papa de novo sairá de Roma, isto é,
o Papa Santo vindouro. Afinal, a profecia só se entende tomando Pio IX como prefigura sua, em virtude da santidade e combatividade, conforme hipotetizado no capítulo III.
 
Em suma, aproximam-se acontecimentos espantosos, talvez inauditos na história das nações;

Os maiores acontecimentos já vistos na humanidade: é o Castigo mundial vindouro.


mas Vossa Santidade obterá o mais glorioso triunfo sobre tudo e, após conflitos extremamente sanguinários, voltará a ser o dono tranquilo de seus Estados, acolhido pelo amor de seus povos, abençoado pelos Reis e pelas nações.

Depois virá a restauração, na qual o Papa Santo voltará a ter os Estados Pontifícios que foram tirados dele em 1870, e voltará a ter prestígio entre os povos, reis e nações.
 
Mas, e esses que reinam, esses que os acompanham e que são a causa de tantos males?


Os governantes são os instrumentos que Deus usa para punir as nações.

Esses que são a causa desses males, ou que poderiam impedi-los e não os impedem, esses estão nas mãos de Deus como uma vara da qual Ele se serve para punir os delitos dos homens; depois a vara será feita em pedaços e jogada ao fogo. (...) [1]

*****

Entre 24 de maio e 24 junho de 1873, São João Bosco escreveu uma carta profética dirigida ao bem-aventurado Papa Pio IX:

“Era uma noite escura, os homens já não podiam distinguir qual fosse o caminho a ser seguido para voltar sobre os próprios passos, quando apareceu no céu uma luz fortíssima que iluminava as passadas dos viajantes como se fosse pleno dia.


Nos dias de escuridão para a religião, isto é, a crise da Igreja, aparecerá uma luz: a eleição do Papa Santo.

Naquele momento, viu-se uma multidão de homens, mulheres, velhos, crianças, monges, monjas e sacerdotes, tendo à frente o Santo Padre, sair do Vaticano ordenando-se como se fosse uma procissão.


O Papa saiu do Vaticano, o que significa a saída de toda a situação em que o Vaticano se encontrará, mas também pode significar uma saída física.

Mas sobreveio um temporal furioso que, obscurecendo um pouco essa claridade, parecia travar uma batalha entre luz e trevas.


As trevas dissipadas pela luz acima tentarão publicamente ofuscar essa luz, a batalha será clara para todos.
 
Nesse meio tempo, chegou-se a uma pequena praça coberta de mortos e feridos, vários dos quais pediam conforto com fortes gritos. A fila da procissão foi rareando bastante.


As cidades serão destruídas, esses mesmos seguidores do Papa serão martirizados. Tudo faz parte do Castigo que desencadeará a vinda deste Pontífice.
 
Depois de ter caminhado por um tempo correspondente a duzentos nasceres do sol, cada um percebeu que não estava mais em Roma.

O desconcerto tomou conta de todos e todos se reuniram em volta do Santo Padre para proteger sua pessoa e assisti-lo em suas necessidades.

Cada um percebeu que sua devoção não estava mais em Roma fisicamente. A religião e o Papa, significados pela procissão, haviam saído de Roma, agora em mãos de revolucionários. Aqui a reunião em volta do Santo Padre pode significar sua morte. De fato, outras profecias mostradas neste capítulo indicam que só o Pontífice seguinte faria o Concílio, mencionado mais para frente desta profecia segundo nosso entendimento.


Naquele momento apareceram dois anjos portando um estandarte que foram apresentar ao Santo Padre, dizendo:

– Recebe a bandeira d'Aquele que combate e dispersa os exércitos mais fortes da Terra. Os teus inimigos desapareceram, os teus filhos invocam teu retorno com lágrimas e suspiros.’

Os dois anjos simbolizam o Grande Monarca e o Grande General, já mencionados nos capítulos precedentes. 
Os inimigos desapareceram no castigo, isto é, os donos ilegítimos,
de longa data, dos Estados Pontifícios. Os católicos querem a volta do Papa ao Vaticano.

Levantando-se o olhar para o estandarte, via-se escrito, de um lado, Regina sine labe concepta (Rainha concebida sem pecado original) e, do outro, Auxilium Christianorum (Auxílio dos Cristãos).

A Imaculada está no estandarte, confirmando Pio IX como prefigura do Papa Santo, devido ao dogma que proclamou. Do outro lado "Auxílio dos Cristãos": o Papa Santo haverá de definir infalivelmente Maria, a Medianeira universal das graças dos cristãos, o que a faz Co-Redentora também. Este novo Papa terá a proclamação dos dogmas em mãos, isto é, o estandarte.

 
O Pontífice pegou com alegria o estandarte, mas, vendo o pequeno número de pessoas que haviam sobrado à sua volta, mostrou-se muito aflito. Os dois anjos acrescentaram:

– Vai logo consolar os teus filhos. Escreve aos teus irmãos dispersos nas várias partes do mundo que é necessário fazer uma reforma dos costumes dos homens. Isso não poderá ser alcançado senão distribuindo aos povos o pão da Palavra Divina. Catequizai as crianças, pregai o desapego das coisas terrenas. Chegou o momento em que os pobres evangelizarão os povos, concluíram os dois anjos. Os levitas serão procurados entre a enxada, a pá e o martelo, para que se cumpram as palavras de Davi: “Deus levantou o pobre da terra para colocá-lo no trono dos príncipes de teu povo”.

Após ouvir tudo isso, o Santo Padre moveu-se e as fileiras da procissão começaram a engrossar.

O Papa voltará a Roma, depois do símbolo dos anjos estiver concluído, depois da definição do dogma da mediação universal, depois da derrota dos inimigos. Essa volta significa a restauração (por isso, a "reforma" mencionada), e uma volta física. Os irmãos dispersos são os que sobraram do Castigo, e agora precisam ser comunicados, pois haverá um Concílio.

Quando, por fim, pôs os pés na Cidade Santa, começou a chorar pela desolação em que estavam os habitantes, muitos dos quais haviam morrido.

Retornando a São Pedro, cantou o Te Deum, e lhe respondeu um coro de Anjos cantando Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominibus bonae voluntatis.

 
Roma foi destruída quase inteiramente. O novo Papa voltou e cantou com os anjos, porque será feito um jubileu e um Concílio novo, e os anjos, pela solenidade do evento, assistirão continuamente.

 
Concluído o cântico, cessou totalmente a escuridão e abriu-se um sol claríssimo.

 
Só depois disso tudo as trevas, em todos os seus sentidos, terminarão de fato.

As cidades, as vilas, os campos tinham sua população bastante diminuída. A terra estava pisada como se tivesse passado um furacão, um temporal, o granizo, e as pessoas iam umas ao encontro das outras dizendo com a alma comovida: Est Deus in Israel (Há Deus em Israel).

Do início do exílio até o Te Deum, o sol levantou-se duzentas vezes. Todo o tempo que passou durante a realização desses fatos corresponde a quatrocentos surgires do sol [2].

A maioria pereceu nessa parte final do Castigo (os dias de escuridão, já referidos nos capítulos anteriores), a população mundial diminuiu drasticamente, e a terra modificou-se completamente. O furacão mencionado lembra o furacão de outra profecia do mesmo santo que se relaciona com os dias de trevas. Os primeiros duzentos dias começam com a saída do Vaticano por causa das perseguições ao Papa Santo até sua morte. Os outros duzentos dias vão de sua morte até o dia das trevas. Como entender que o Papa Santo obteve o retorno dos Estados Pontifícios, profetizado pelo mesmo santo, se isso só acontecerá ao seu sucessor na sua volta ao Vaticano, segundo outra profecia? De fato, o Papa Santo ainda poderá voltar nesse estado de coisas, morrendo logo ao chegar, junto a uma procissão, harmonizando com o segredo de Fátima. Ou já terá os Estados Pontifícios de volta durante o exílio, dado que esta profecia diz: "os teus inimigos desapareceram", isto é, aqueles que tomaram os Estados.

 
Próximo deste capítulo:
São João Bosco profetiza castigos contra a França e Roma. Deus lamenta os sacerdotes, mas restaurará tudo com Maria



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*Fontes retiradas do trabalho do Sr. Luis Dufaur: https://aparicaodelasalette.blogspot.com/p/escritos-profeticos-de-don-bosco.html#18040301

[1] SCRITTI EDITI E INEDITI, Vol. VI - ESPITOLARIO, Vol. I, pp. 440-442, Libreria Ateneo Salesiano - LAS, Roma, 1991

[2] P. Giovanni Battista Lemoyne S.D.B., “Memorie Biografiche del Venerabile Don Giovanni Bosco”, Tipografia S.A.I.D. “Buona Stampa”, Torino, 1917, volume IX. Appendice “B”, págs. 999-1000, Cecilia Romero, “I sogni di Don Bosco – edizione critica”, Elle Di Ci, Leumann (Torino), 1978, págs. 27-32