Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição, Cap. III)".
Os que não compreendem esse título precisam entender a noção de missão profética: pelos seus sermões na pequena cidade de Ars, São João Maria Vianney condenou o mundo inteiro em relação aos bailes, para citar uma das denúncias do santo. A diferença é que, nesse caso, Plinio disse 23 anos depois que o livro era profético, pois as citações de então condenavam uma situação predominante na Igreja tempos depois. O mais impressionante foi o apoio de Pio XII ao livro-denúncia, à época, como vimos em sua biografia.
Dr. Plinio profetiza e denuncia a incorporação da mulher na hierarquia da Igreja em 1943
1965
"O "Em Defesa", em suma, é o seguinte: "Católicos liberais prestem atenção, uma heresia está arrebentando dentro da Igreja!". Esse livro escrito há 23 anos atrás, era uma previsão exata do que está acontecendo hoje. Esse livro matou [na época] o Progressismo no Brasil, que era o veículo da heresia." [1]
Se em 1965 o autor já considerava seu livro profético em relação àquele tempo, imagina nos tempos de hoje, onde é difícil não encontrar paróquia sem sacristã, coroinha mulher, ministra da Eucaristia, e outras tantos novos papéis da mulher nas celebrações litúrgicas novas.
1943
"Que diria S. Paulo, se ouvisse falar dessa ideia de uma incorporação das mulheres na Hierarquia, ele que escreveu a Timóteo (1ª 2, 11-15): “A mulher aprenda em silêncio com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem mas esteja em silêncio”! E que acrescentou, escrevendo aos Coríntios: “As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar, mas devem estar sujeitas, como também ordena a lei... Porque é vergonhoso para uma mulher o falar na Igreja” - I, 14, 34-35.
Isto posto, é fácil compreender como contraria o espírito da Igreja e a índole da legislação eclesiástica o exercício de um poder de natureza hierárquica por mulheres." [2]
CLIQUE: Plinio Corrêa de Oliveira e suas Profecias
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[1] Palestra “Quem Somos Nós”, 1965.
[2] 1943, Em Defesa da Ação Católica, Cap. IV - A definição de Pio XI , No que erram particularmente os que sustentam que a A.C. participa da Hierarquia.
Sabemos que, na Santa Igreja, as mulheres não são capazes de pertencer à Hierarquia, isto é, nem à de Ordem, nem a de Jurisdição. Ora, tanto as mulheres quanto os homens foram chamados à A.C., e nenhum tópico de documento pontifício se pode apontar, em que se especifique uma diversidade essencial de situação jurídica entre o homem e a mulher na A.C.. E, por isto, não há um só comentador de A.C. que, ao que nos conste, sustente a existência de tal diversidade essencial. Logo, a situação que o homem tem na A.C. é idêntica à que uma mulher pode receber na Santa Igreja. Logo, não é uma situação que o integre na Hierarquia, onde a mulher não pode ter acesso. Aliás, sem nenhum intuito de subestimar os inapreciáveis serviços prestados pelo que a Liturgia chama “devotus femineus sexus”, serviços estes que começaram para a Igreja com Nossa Senhora, e só acabarão com a consumação dos séculos, convém lembrar que a Santa Igreja determina que, “nas associações eretas para incremento do culto público, com o nome especial de confraternidades” (Canon 707, §1), “as mulheres só podem se inscrever para o efeito de lucrar as indulgências e graças espirituais concedidas aos associados” (Canon 709, §2).