A verdadeira constituição da Ordem criada pelos santos eram eles mesmos. Muitos apontavam a mãe como origem de sua santidade

S.Mônica
"O discípulo não é mais que o mestre, mas todo (o discípulo) será perfeito, se for como seu mestre" Lc 6, 40

Santo Inácio de Loyola (1491-1556): sua personalidade era o verdadeiro fundamento das Constituições

"Ora, esse Instituto tinha tido por fundamento verdadeiro não o texto das Constituições, por mais genial que elas fossem, mas a personalidade do Fundador, melhor, o ser que se tinha tornado o Fundador, sob a mão modeladora de Deus" [1].

Santo Antonio Maria Claret (1807-1870): sua autobiografia foi considerada fonte primária da espiritualidade da ordem

"Durante os quase cem anos que medeiam desde a sua composição, a Autobiografia foi considerada na Congregação, junto com as Constituições, como fonte primária de nossa espiritualidade, que transmitia o que há de mais rico no espírito do fundador" [2]

São Gregório Nazianzeno (329-390): mostra seus pais como santos intercessores

"São Gregório Nazianzeno mostra sua mãe Nonna respondendo às orações de seus filhos, ele exprime também confiança na intercessão de seu pai" (Carm. II, 78, P.G. t. XXXVIII col.52) [3]

Santa Mônica (332-387): era amada com delírio pelo seu filho Santo Agostinho

"Agostinho amava com delírio a sua mãe, falava dela sem cessar e embalsamou, com a sua lembrança, quase todos os seus escritos (...) falava dela ao povo de Hipona, nos sermões, com encantadora beleza, manifestando, juntamente, o grande amor e a reconhecida piedade de filho e a assombrosa elevação de sábio e de santo" [4].

São Bernardo de Claraval (1090-1153): seu verdadeiro 'mestre de noviços' tinha sido sua mãe

"Como poderia Bernardo esquecer sua Mãe, aquela alma tão extraordinária que, com doçura e perseverança, tinha ido formando a sua consciência ?

Quantas vezes Bernardo e seus irmãos reconheceram que para eles, o verdadeiro 'mestre de noviços' tinha sido sua Mãe, a Bem-aventurada Alice de Montbar ! Desde os primeiros anos foi ensinando a todos a ter fé, essa fé cega nas doutrinas da Igreja, inculcando o respeito e a veneração pelo Vigário de Cristo, fazendo-os compreender que em meio às flores do mundo se encontravam muitos espinhos que picavam as mãos, faziam sangrar os pés ao tentar colhê-las (...)" [5]

Mons. Delassus explica: "quase todos os santos apresentaram como origem de sua santidade a própria mãe"

"'Ó meu Deus ! Devo tudo à minha mãe !', dizia Santo Agostinho.

No seu reconhecimento por havê-lo impregnado tão profundamente da doutrina de Cristo, São Gregório Magno madnou pintar sua mãe, Silvia, ao lado dele, trajando um vestido branco, com a mitra dos Doutores, erguendo dois dedos da mão direito como para abençoar, e segurando na mão esquerda o livro dos Santos Evangelhos, sob os olhos do filho (...).

Mas próximo de nós, a alguns que o felicitavam por ter tido tão cedo o gosto pela piedade, o Santo Cura d'Ars diz: 'Depois de Deus, isto é obra de minha mãe'.

Quase todos os Santos fizeram remontar as origens de sua santidade a suas mães" [6].

Vidas de Santos: Louvavam os que os honravam, e até distribuíam relíquias de si

Vidas de Santos: davam bênçãos mesmo sendo leigos, as pessoas ajoelhavam-se diante deles e osculavam-lhes os pés

Santos, mesmo leigos seculares, com discípulos em voto de obediência máxima: de querer, sentir e entender. "Deus falava por sua boca"

Vida de Santos: Declaravam a sua missão como santa ou profética, ou mesmo se diziam predestinados

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Fontes:
[1] Alain Guillermou, Introdução a Saint Ignace de Loyola, Autobiographie, Editions du Seuil, Paris, 1962, pp.10-11
[2] San Antonio Maria Claret, Escritos autobiográficos y espirituales, BAC, Madrid, 1959, p.162. Imprimatur: Blasius Budelacci, Ep.Nissen. Tusculi, 9-2-1959
[3] Pe.Sejourné, verbete Saints, Culte des, in Dictionaire de Theologie Catholique, Letouzey et Ané, Paris, 1939, tomo XIV, p.894
[4] Mons. Bougaud, Santa Mônica, Edição da Typ. de S.Francisco, Bahia, 1928, pp.20-21. Imprimatur: Mons.Castro, Vic. Gen., 19-12-1927
[5] Fr. Ma. Gonzalo Martinez Suarez, Bernardo de Claraval, Editorial El Perpetuo Socorro, Madrid, 1964, pp.314-316. Imprimase: Segundo, Arcebispo de Burgos, Burgos, 20-7-1964
[6] Henri Delassus, Le Problème de L'Heure Présente, Desclée, de Brouwer, Lille, 1905, Tomo II, pg.575-576