S. Catarina de Siena de Siena, rogai por nós! |
O espírito de mediocridade se escandaliza com manifestações de honradez. Isto é intensificado quando se trata de grandes santos que eram aclamados como colunas de seus tempos por auxiliarem Papas, Reis e príncipes. Nos dias atuais, em que a mesquinhez e a baixeza estão sendo exaltadas, esse espírito de mediocridade torna-se ainda mais atroz. Entretanto, muitos santos foram prestigiados por Papas e Reis, que acolhiam seus conselhos com presteza, tomando-os como verdadeiros tesouros enviados do Céu.
São Bernardo de Claraval (1090-1153): "árbitro universal", "suporte do Papado", "guia de sua época"
“Dentro do Concílio e fora do Concílio, todos os olhares estavam cravados em Bernardo. Dia e noite, os visitantes o assediavam, deitando-se diante de sua porta, impacientes por entrar, por lhe fazer perguntas. Ele tornou-se o árbitro universal, com o qual se contava, de crise em crise, para tirar a Igreja dos embaraços” [1].
“A veneração pública, da qual incessantemente (São Bernardo) recebia testemunhos tão numerosos quanto veementes, oprimia sua humildade, por longo tempo solicitou a permissão do Sumo Pontífice para retornar a Claraval e repousar, uma vez mais, à sombra de seu claustro. Mas seus dias de descanso não haviam chegado ainda e o Papa parecia não poder ficar sem o santo monge, a quem considerava como o suporte do Papado e a alma de toda Igreja (...).
Eugênio III encontrava-se impossibilitado de presidir pessoalmente a assembléia de Vézelay. Para cumprir esta missão apostólica, ele enviou como delegado seu, o homem cuja autoridade ultrapassava, de certo modo, a do próprio Pontífice (...). Ele (São Bernardo) dirigia a consciência de reis e pontífices, e através deles foi o guia de sua época” [2].
Santa Catarina de Siena (1347-1380): "orientadora dos pontífices, príncipes e Cardeais", "árbitro da cristandade"
“Esta ação dos dons do Espírito Santo em Santa Catarina será algumas vezes silenciosa e inconsciente, outras imperante e avassaladora, guiando-a sempre na própria santificação, e no apostolado individual santificador de seus discípulos, e no plano social, pacificador de povos e orientador de pontífices, príncipes e cardeais” [3].
“Somente por sua autoridade santa, tornou-se, mocinha ainda, a conselheira atendida do Papa e dos governos, o árbitro da cristandade, e apareceu como um dos tipos mais extraordinários e mais puros desta sorte de profetismo que em certas horas de crise excepcional, apraz à Providência fazer surgir ao lado da hierarquia eclesiástica” [4].
Beata Anna Maria Taigi (1769-1837): "suporte do Papado"
“Seu papel essencial (da Beata Taigi) é o de sustentar o Papado mediante suas orações (...). Os príncipes da Igreja vão à sua casa, alguma vezes, solicitar seus conselhos, mas suas armas preferidas são o silêncio e imolação” [5].
Vidas de Santos: davam bênçãos mesmo sendo leigos, as pessoas ajoelhavam-se diante deles e osculavam-lhes os pés
Considerados santos ainda em vida e venerados assim por outros santos, que os incluíam na ladainha dos santos e guardavam suas relíquias
Declaravam a sua missão como santa ou profética, ou mesmo se diziam predestinados
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[1] Gorges Goyau, Saint Bernard, E.Flammarion, Editeur, 1948, p.94
[2] M. L’Abbé Ratisbonne, The Life and Times of St.Bernard, P.J. Kenedy, Excelsior Catholic Publishing House, New York, 1895, pp.225, 347 e 353
[3] Fr.Francisco Barbado Viejo OP, Obras de Santa Catalina de Siena, Prólogo, BAC, Madrid, 1955, p.XXV. Imprimatur: Fr.Francisco, OP, Obispo de Salamanca, 1-12-1955
[4] Paulo Thureau-Dangin, São Bernardino de Sena, Vozes, Petrópolis, 1937, p.16. Com aprovação eclesiástica, 23-6-1937
[5] Albert Bessieres SJ, La Beata Ana Maria Taigi, Desclée de Brouwer, Buenos Aires, 1942, pg.139 e 151. Puede imprimir-se: Mons. Dr. Antonio Rocca, Obispo de Augusta y Vicario General, Buenos Aires, 28-3-1942