S. Paulo da Cruz, rogai por nós!
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Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 1, 3a edição, Cap. V)".
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S. Paulo da Cruz (1694-1775), sacerdote italiano, fundador dos passionistas, onde floresceu Santa Gemma Galgani, mencionada neste capítulo.
O relato seguinte é da “Vida do bem-aventurado Paulo da Cruz”, do padre passionista Pe. Pius a Spiritu Sancto. Suas visões da conversão da Inglaterra são também citadas "en passant" pela Enciclopédia Católica de 1917 [1].
Tais relatos, considerados com o conjunto das profecias analisadas neste capítulo, evidenciam que seus suspiros e hipóteses sobre uma futura misericórdia divina sob o país inglês não eram meramente desejos santos, mas uma confiança sobrenatural:
“Não se pode dizer quantas lágrimas ele derramou, quantas vezes aos céus suspirou, quantas orações fez a Deus para o retorno da Inglaterra para a Igreja Católica.
Freqüentemente ele costumava dizer com muito sentimento: “Ah, Inglaterra, Inglaterra, rezemos pela Inglaterra. Eu não posso parar de fazê-lo ainda que queira, pois desde que eu começo a rezar, esse infeliz reino aparece diante de mim. Já faz cinqüenta anos que estou rezando pela conversão da Inglaterra.
Eu o faço todos os dias pela manhã na Santa Missa. Eu não sei quais são as intenções de Deus sobre esse reino; talvez Ele quer ainda ter misericórdia, e o dia chegará quando Ele, na sua bondade, o trará de novo para a verdadeira fé. Bem, rezemos por essa bênção e deixemo-lo nas mãos de Deus”.
Um dia que estava doente, o enfermeiro entrou no quarto e encontrou-o em êxtase, e teve que chacoalhá-lo três vezes pelo menos até fazê-lo voltar a si. Então, ele exclamou: “Oh, onde é que eu estava exatamente agora? Eu estava em espírito na Inglaterra contemplando o grande número de mártires dos tempos passados e rezando a Deus por esse reino”.
Deus quis consolar, ao menos em parte, seu servo, pois uma manhã após celebrar a Missa e rezando pela conversão dos ingleses, ele disse com grande alegria:
‒ “Oh, o que é que eu vi? Meus religiosos na Inglaterra!”
E não se enganou, pois um de seus filhos, o Pe. Domingos da Mãe de Deus, um religioso que se destacava pelo estudo, oração e zelo, herdou o espírito de seu amado padre e continuou durante 27 anos rezando e fazendo outros rezarem pela conversão daquela ilha, desejando ardentemente ir a trabalhar e morrer em tão santa causa.
O santo confidenciou a um de seus discípulos, que estudava teologia sob sua direção, que esse desejo consumia-o, e que, numa visão na qual Nossa Senhora tinha se dignado lhe aparecer, Ela consolou-o com a garantia de que seus desejos um dia seriam atendidos, e assim veio a acontecer.
Após tantos anos de orações e desejos o discípulo foi a Inglaterra no ano de 1841, em circunstâncias que pareciam quase miraculosas. Durante oito anos ele trabalhou com imenso zelo, reconciliando para a Santa Igreja bom número de protestantes, entre os quais várias pessoas de primeira linha pela sua educação e nível. Ele fundou ali três casas, e a Inglaterra tornou-se uma das províncias de nosso Instituto. Seu nome ficou famoso entre os católicos desse reino, que olhavam para ele como um homem apostólico e um santo religioso.
No meio de seus trabalhos, no ano de 1849, aprouve a Deus chamá-lo ao repouso eterno, após ter realizado pessoalmente o que seu bem-aventurado fundador viu em espírito, isto é, seus filhos trabalhando com bom sucesso pelo retorno desta nação ao aprisco da Igreja” [2].
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[1] Devine,
A. (1911). Prophecy. In The Catholic Encyclopedia. New York: Robert
Appleton Company. Retrieved February 13, 2021 from New Advent:
http://www.newadvent.org/cathen/12473a.htm
[2]
"The life of blessed Paul of the cross: founder of the congregation of
discalced clerks of the most holy cross and passion of Jesus Christ",
Pe. Pius a Spiritu Sancto, 1860. Traduzido por George Spencer, 1799-1864. Livro IV, Section I. Traduzido ao inglês com a ajuda de: https://aparicaodelasalette.blogspot.com/2010/03/conversao-dos-anglicanos-ii-santo.html.
Link da obra:
https://archive.org/details/TheLifeOfBlessedPaulOfTheCross/page/n119/mode/2up.