Santo Profeta Moisés, rogai por nós!
Veja também: Hipótese Teológica da divisão das Eras da Igreja. Apreciação das divisões de S. Agostinho, S. Boaventura e outros
A Teologia da História prova a vinda do Reino de Maria, por Plinio Corrêa de Oliveira em 1971.
CLIQUE PARA VER MAIS: Profecias Católicas
Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. IV)".
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Em negritos, as palavras sagradas.
Livro do Êxodo, Cap. X, 21-29 - A nona praga: os três dias de escuridão
O Senhor disse a Moisés: Estende a mão para o céu, e que se formem sobre todo o Egito trevas (tão espessas) que se possam apalpar. Moisés estendeu a mão para o céu, e houve trevas horríveis em toda a terra do Egito, durante três dias.
Foi a nona praga, a penúltima que caiu sobre os egípcios antes da praga da morte dos primogênitos. A temporalidade dessa praga faz um paralelo, segundo temos defendido neste volume e ainda veremos nos capítulos seguintes, com a temporalidade dos futuros três dias da escuridão, que são final do último castigo terrível ao mundo, antes do castigo no reinado do Anticristo.
Afinal, a morte dos primogênitos simboliza o castigo que virá no fim do mundo, já com a vinda do Anticristo, e Roma (a Igreja) tomada.
Um não via o outro, nem se movia do lugar em que estava. Ao passo que todos os israelitas tinham luz nos lugares onde habitavam.
A luz é a vela benta tantas vezes recomendadas por profecias sobre as trevas vindouras. E também é a luz da verdadeira fé, que os israelitas tinham e que na próxima praga simbolizará os católicos verdadeiramente fiéis.
O faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse-lhes: Ide fazer vossas devoções ao Senhor. Somente vossas ovelhas e vossos bois ficarão neste lugar; podeis levar convosco vossos filhinhos.
O faraó representa o mundo e seus pecados. Ele agora deixa ir os filhos dos homens de Israel, ao contrário do que tinha feito após a praga anterior. O mundo não quer se desvencilhar do materialismo. Por isso, essa proibição de levar o gado é conexa com a última praga, que virá para acabar com o materialismo de uma vez por todas. Também significa o que foi cultivado naqueles tempos (como o saber científico, Igrejas, construções, etc), pois o homem, passado o castigo, não deixará de possui-los. E também significa os recursos de sobrevivência, isto é, os homens não passarão fome, etc.
Moisés respondeu: Tu mesmo nos porás nas mãos o que precisamos para oferecermos sacrifícios e holocaustos ao Senhor, nosso Deus. Além disso, nossos animais virão conosco; nem uma unha ficará, porque é deles que devemos tomar o que precisamos para fazer nosso culto ao Senhor, nosso Deus. Enquanto não tivermos chegado lá, não sabemos de que nos serviremos para prestar nosso culto ao Senhor.
Moisés responde ao Faraó, ou mundo. É necessário tudo aquilo para o culto devido ao Senhor no vindouro Reino de Maria.
Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, que não quis deixá-los partir. O faraó disse a Moisés: Fora de minha casa! Guarda-te de me rever, porque no dia em que vires o meu rosto, morrerás. Assim se fará como disseste, replicou Moisés, já não verei o teu rosto.
Moisés, que representa a Igreja aqui, porque fala por Deus: não dialogará mais com o mundo e seus pecados até o fim do mundo, quando "morrerás", porque o fim dos tempos significará o ápice do simbolismo da crucificação e "morte" de Nosso Senhor.
Sabedoria, Cap. XVII - A descrição dos três dias de trevas
Comentário único ao texto a seguir:
É uma descrição não só das trevas que foram, mas as que serão, conforme essa dimensão interpretativa. Acrescentamos ainda duas coisas: os mágicos representam o cientificismo no mundo, que tentará dar uma explicação para todo aquele evento sobrenatural. E a brilhante luz no mundo inteiro parece significar não só os verdadeiros católicos, mas aqueles santos que virão para iluminar o mundo e profetizar esses tempos.
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1 Em verdade, grandes são vossos juízos e inefáveis vossas palavras, Senhor; por isso as almas indóceis se desgarraram. 2 Por terem acreditado que podiam oprimir a santa nação, os ímpios, prisioneiros das trevas e duma longa noite, jaziam excluídos da perpétua providência..
3 E quando eles julgavam estar escondidos na escuridão dos seus pecados, foram dispersos sob o sombrio véu do esquecimento, horrendamente espavoridos, e com assombro excessivo perturbados.
4 Pois nem a caverna em que se tinham posto os guardava sem temer, pois, baixando sobre eles um horrível estrondo, os perturbava, e viam aparecer espectros que lhes enchiam de pavor. 5 Nenhuma chama, por intensa que fosse, chegava a iluminar. E a luz brilhante dos astros era impotente para alumiar esta noite sombria. 6 Mas aparecia-lhes de súbito nada mais que uma chama aterradora e, tomados de terror por medo daqueles fantasmas que viam confusamente, julgavam essas aparições mais terríveis ainda.
7 A arte dos mágicos se mostrou ilusória, e esta sabedoria, a que eles pretendiam, evidenciou-se vergonhosamente como falsidade. 8 Aqueles que se jactavam de banir das almas doentes o terror e a perturbação, eram eles mesmos atormentados por um ridículo temor.
9 Mesmo quando nada de mais grave os aterrorizava, a passagem dos animais e o silvo das serpentes punham-nos fora de si, e eles morriam de medo. Recusavam até mesmo contemplar essa atmosfera à qual nada podia escapar; 10 porque a maldade, condenada por seu próprio testemunho, é medrosa e, sob o peso da consciência, supõe sempre o pior, 11 pois o temor não é outra coisa que a perturbação da alma que se julga priva de todo socorro, 12 porque, quanto menor for em sua alma a esperança de auxílio, tanto mais penosa é a ignorância daquilo de que se tem medo.
13 Eles, durante essa noite de impotência, saída dos recantos do inferno impotente, dormiam num mesmo sono, 14 agitados, de um lado, pelo terror dos espectros, e paralisados, de outro, pelo desfalecimento da alma; pois era um pavor repentino e inesperado o que se abatera sobre eles.
15 E todo aquele que caía sem força, ficava como que preso e encerrado num cárcere sem ferros. 16 Fosse ele camponês ou pastor, ou o operário que se afadiga sozinho no seu trabalho, uma vez surpreendido, tinha de suportar a inevitável necessidade, porque todos estavam ligados por uma mesma cadeia de trevas.
17 O silvo do vento, o canto harmonioso dos passarinhos nos ramos espessos, o murmúrio da água correndo precipitadamente, o estrondo das rochas que se despenhavam, 18 a carreira invisível dos animais que saltavam, os urros dos animais selvagens, o eco que repercutia nas cavidades dos montes: tudo os paralisava de terror.
19 Enquanto o mundo inteiro era alumiado de uma brilhante luz, e sem obstáculo se entregava às suas ocupações, 20 somente sobre eles se estendia uma pesada noite, imagem das trevas que mais tarde os deviam acolher; e eram para si mesmos um peso mais insuportável que esta escuridão.
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