S. Ângelo da Sicília profetiza a vinda da restauração com um grande monarca de sangue francês e um Pontífice

S. Ângelo da Sicília, rogai por nós!

Para entender alguns conceitos aqui expostos, recomendamos a leitura: 

S. Francisco de Paula prevê a vinda de novos apóstolos que acabarão com a seita maometana e restaurarão a Igreja

Beato Francisco Palau prevê a vinda de novos e últimos apóstolos, junto com o restaurador
 

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. V)".

Anterior deste capítulo: São Francisco de Assis profetiza um Papa não canonicamente eleito, escândalos no clero, confusões, cismas, perseguições aos bons

Profecia de Santo Ângelo da Sicília ou de Jerusalém (1185-1220), carmelita mártir. Profecia em negrito.

"O santo pediu ao Senhor que tivesse piedade da Igreja e livrasse Jerusalém dos seus inimigos. O Senhor contestou:

Quando meu povo conhecer seus próprios erros e contrito fizer penitência de seus pecados, abraçar a justiça e perseverar nela, virá aquele que deve livrar a cidade santa, que estabelecerá a paz nas nações e que será o consolo dos justos.

E quem será este homem que deve libertar vossa cidade? Perguntou Angelo.

O Senhor respondeu benignamente: Virá um Rei da antiga gente e da estirpe da França, insigne por sua piedade para com Deus, o qual será bem acolhido e amado por todos os príncipes cristãos que professam a fé ortodoxa
."

Um Rei de linhagem francesa, em harmonia com outras profecias, as quais falam do sangue de Carlos Magno presente nesse Grande Monarca. Ele será acolhido, mas o Santo nota que por todos aqueles "que professam a fé ortodoxa". Ou seja, não serão os príncipes apóstatas e hereges, tão comuns em nossos dias, que o receberão.

"S
eu poder aumentará por mar e por terra: ajudará a Igreja para que recupere, seus mais indispensáveis pertences já quase todos perdidos,"

Seus bens temporais e espirituais e principalmente por causa da Crise na Igreja, também profetizada pelas profecias privadas.

É dito por "mar e terra"
, o que significa o campo do combate das heresias (espiritual) e das guerras (temporal). Essa é a mesma relação encontrada nas interpretações do Venerável Holzhauser para o ofício deste Rei junto ao Grande General do Papa Santo.

"e unido ao Romano Pontífice, fará que a Cristandade seja purgada de seus erros, e restituirá a Igreja àquele estado no qual os bons sempre desejaram vê-la."


O Romano Pontífice Santo profetizado engendrará este Rei a restaurar o domínio da Igreja na esfera temporal. Purgará os erros da Cristandade, as heresias várias, e principalmente a crise assombrosa na Igreja. O "estado" que os bons sempre quiseram ver é o Reino de Maria, o Reino Social de Nosso Senhor Jesus Cristo na terra.

"Ele reunirá exércitos e os mandará aonde for necessário: grande multidão de gente armada o seguirá: e aqueles que nestes combates derramarão seu sangue em honra de meu nome terão glória e prêmio eterno."

 
Este é o exército
da terra, o poder bélico propriamente
, por isso é mencionado o sangue derramado. Esta é a guerra que engendrará o Papa, que distribuirá indulgências especiais para estes soldados, ao que tudo indica, como no tempo das cruzadas.

"Este monarca também, havendo reunido uma poderosa frota, passará o mar e livrará a cidade santa de Jerusalém, restabelecerá meu culto e reedificará as Igrejas destruídas. Dito isto o Senhor desapareceu." [1]

Essa frota são os apóstolos dos últimos tempos, os quais temos comentado por todos os capítulos anteriores. O mar é a turbulência das heresias, a cidade de Jerusalém é também a Jerusalém no sentido espiritual, a Igreja Católica presente em toda a parte. Será livrada a Igreja no seguinte sentido: restabelecer-se-á o culto, ou seja, a própria liturgia distorcida pelas heresias, bem como voltarão ao esplendor as Igrejas destruídas pelo Grande Castigo.

 
Próximo deste capítulo:
S. Frei Gil de Santarém profetiza a restauração da casa de Deus, o fim do islamismo, a paz universal


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[1] “Las profecias en relacion al estado actual y al destino futuro, cap.XXVII, pg.117-118. Consta nos anais do Pe. Lezzana, ano de 1219, esta conversa do santo mártir com Jesus Cristo, tendo sido descrita pela biografia do Fr. Enoc, a qual os historiadores identificam como do século XIII.