"Sr. Darwin, há alguém na porta querendo vê-lo. Ele diz que é um antepassado seu"
Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados" (volume II, 2a edição).
Já provamos teologicamente o erro darwinista:
A Escritura, a Igreja e os Santos dizem se o homem veio de Adão ou do macaco ou de outro animal?
Tomismo contra o Design Inteligente desde William Paley. Filosofia da natureza Católica contra o Design Inteligente
Já refutamos as idéias darwinistas com a metafísica, já que, como ficará evidente neste artigo, o darwinismo entra no campo da filosofia, mesmo que não o admita.
Refutando o Darwinismo no campo filosófico com a metafísica tomista e outros autores
- Supostas contribuições científicas do darwinismo
Breve história da idéia de que o homem descende de outra espécie mais simples
Apesar de ser uma idéia falsa que refutamos aqui e em outros artigos, Darwin não foi o primeiro a dizer que o homem veio de um animal.
Alguns dizem que o primeiro a sustentar isto foi Anaximandro, mas como não há obra sua sobrevivente, e as fontes de seu pensamento, como a compilação de escrito Pseudo-Plutarco, são muitas vezes contraditórias com outras, e desconsideradas como paródia.
Foram os muçulmanos que tiveram as primeiras idéias evolucionistas. Sustentaram que os animais vieram das plantas, e estas do inorgânico: Al-Jâhiz (776-869), Al-Mas'udi (d. 957), Ibn Miskawaih (+1032), Arudi Samarqandi (1100—1160), Maulana Jalal al-Din Rumi (1207-1273 A.D.), Ibn-Khaldun (1332-1406). Destes, os dois últimos achavam que o homem evoluiria até o angélico, e o primeiro foi o único a falar algo na linha da seleção natural [1].
O filósofo Gottfried Leibniz (1646-1716) cogitou um transformismo limitado, isto é, ancestral comum para certos animais: "Pode ser que em algum tempo ou algum lugar do universo, as espécies animais são, ou eram, ou serão mais sujeitas à mudança que são atualmente entre nós, e muitos animais que tem qualquer coisa de Gato, como de Leão, de Tigre ou de Lince poderiam ter tido uma mesma raça e poderiam ser hoje sub-divisões naturais da antiga espécie do gato" [2].
No século XVIII um biólogo fixista, chamado príncipe dos botânicos, o sueco Carl von Linné (1707-1778), já antecipava mas não acreditava no ancestral comum. Dizia: "Tenho nutrido a suspeita por muito tempo, e não ouso apresentá-la senão como uma hipótese, de que todas as espécies do mesmo gênero constituíram originalmente uma mesma espécie que se diversificou por via de hibridação" [3].
Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon (1707-1788) acreditava no transformismo das espécies pelo ambiente, e de suas evoluções desde as mais simples moléculas [4]. Ele também é um dos primeiros a estipular uma terra antiga, e foi amigo próximo dos enciclopedistas precursores da Revolução Francesa. Apesar disso, acreditava em Deus, e quando censurado por suas idéias, prometeu retratar-se.
Dentre os inspiradores da Revolução Francesa, Diderot (1713-1784) em seus "Pensées de l'Interprétation de la Nature" (1753) declara que se o ancestral comum das espécies não era uma verdade estabelecida, era pelo menos uma hipótese legítima e necessariamente funcional para todas as futuras investigações biológicas [5].
O próprio Darwin cita autores contemporâneos que sustentavam a idéia anteriormente, na versão de 1872 de seu livro mais famoso, quando faz uma resenha histórica:
"Jean-Baptiste Lamarck foi o primeiro a despertar grande atenção para o assunto, devido às conclusões a que chegou. Este naturalista, merecidamente célebre, publicou as suas teorias pela primeira vez em 1801. Desenvolveu-as bastante em 1809, na sua Filosofia Zoológica e, mais tarde, em 1815, na introdução à sua Histoire Naturelle des Animaux sans Vertèbres. Nestas obras, sustenta a doutrina de que todas as espécies, incluindo o homem, descendem de outras espécies".
"É curioso como em Zoonomia (vol. I), publicada em 1794, o meu avô, Dr. Erasmus Darwin, antecipou as teorias e os pressupostos errôneos de Lamarck. Segundo Isidore Geoffroy, não há dúvida que Goethe era um partidário extremo de teorias similares, como demonstrado na introdução a um trabalho escrito em 1794 e 1795, mas que não foi publicado senão muito tempo depois (...) Que Goethe, na Alemanha, o Dr. Darwin, na Inglaterra, e Geoffroy Saint-Hilaire, em França, tenham chegado à mesma conclusão sobre a origem das espécies nos anos 1794 e 1795 é um exemplo bastante singular de como teorias similares podem surgir mais ou menos simultaneamente" [6].
"Em 1826, no parágrafo de conclusão do seu famoso ensaio sobre o género Spongilla (Edinburgh Philosophical Journal, vol. XIV) o Professor Robert Grant declara claramente a sua crença em que as espécies são descendentes de outras espécies e que se aperfeiçoam no curso das suas modificações" [7].
"O Dr. Henry Freke, em 1851 (Dublin Medical Press), propunha a doutrina de que todos os seres vivos descendem de uma forma primordial (...). Num ensaio originalmente publicado no Leader em Março de 1852, e republicado em Essays, em 1858, Herbert Spencer contrapôs com notável força e habilidade as teorias da Criação e do Desenvolvimento dos seres vivos" [8].
A seleção natural: quem a observou primeiro
Como falamos acima, a seleção natural segundo o darwinismo é um processo em que a natureza não age com finalidade em relação à origem e formação das espécies, ou seja, é anti-teleológica. Mas a seleção natural como a sobrevivência do mais apto já era séculos mais antiga, portanto, é a filosofia anti-teleológica e o poder evolutivo que a ela se atribui que diferencia o darwinismo das antigas observações.
Empédocles (400 A.C) foi o primeiro a falar de algo com a seleção natural do mais apto. Aristóteles (+322 A.C), ao mostrar que a natureza age para um propósito [9], tratou de algumas objeções, dentre as quais estava a possibilidade da formação por acaso de partes humanas e até de animais, e que sobreviveriam aquelas coisas que foram feitas como se tivessem um fim mas não tendo na realidade, e as outras morreriam, tal como como na idéia cosmogônica e zoogônica de Empédocles, que se diferencia da de Darwin ao afirmar que tudo foi feito por uma grande mistura de uma vez só. O biólogo inglês reconheceu que este trecho aristotélico vislumbrava a seleção natural [10], mas com desdém, dado que ali era refutado o darwinismo que sustenta uma natureza sem finalidade.
Em um artigo, o evolucionista Zirkle enumera outros precursores da idéia da luta pela sobrevivência, além de reconhecer Al-Jâhiz [11]:
Lucretius (99-55 A.C), Hobbes (1651), Hale (1677), Rousseau (1749), Buffon (1751), Diderot (1749), Maupertius (1756), Monboddo (1773), Kant (1775), Herder (1784), Smellie (1790), Erasmus Darwin (1794), Prichard (1808, 1826), De Candolle (1832), Lyell (1833), Spencer (1852).
É interessante notar como Zirkle admite que Denis Diderot fez um caso "preciso e claro" da evolução, e que Rousseau aplicou a seleção natural ao homem, o que podemos dizer que foi fruto do tribalismo que ele deslumbrava, que depois veio a ser a ponta de lança da Revolução. Diderot e Rousseau são figuras principais do iluminismo e precursores da Revolução Francesa. Zirkle cita também o evolucionista Haeckel comentando que Immanuel Kant teria já as primeiras idéias da seleção natural.
O próprio Darwin, ainda que possa não ter conhecimento de todo esse histórico, reconhece antecessores mais ou menos contemporâneos, dentre os quais alguns entenderam até mesmo "todo o princípio da seleção natural":
"Em 1813, o Dr. William Charles Wells leu perante a Royal Society of London um trabalho sobre “uma mulher branca cuja pele se assemelha parcialmente à de um negro (...). Nesse trabalho, reconhece distintamente o princípio da seleção natural, e foi o primeiro a reconhecê-lo, mas aplica-o unicamente às raças humanas, e apenas a certos caracteres".
"Em 1831, Patrick Matthew (...) expõe precisamente a mesma teoria sobre a origem das espécies que Alfred Russel Wallace e eu próprio apresentamos no Linnean Journal, e que é desenvolvida no presente volume (...) As diferenças entre a teoria de Matthew e a minha não são muito relevantes (...) Creio não ter entendido algumas passagens da sua exposição (...). No entanto, percebeu claramente todo o poder do princípio da seleção natural" [12].
Edward Blyth em artigos publicados na "The Magazine of Natural History" entre 1835 e 1837, como afirma Loren Eiseley em 1959, já notava as principais características que compilou Darwin: a luta pela sobrevivência, variação, seleção natural e sexual. "Estão todas expressas no artigo de Blyth em 1835" [13]. Esse biólogo chega a ser citado por Darwin com respeito na "Origem das espécies", embora não como um que percebeu a seleção natural.
Já o famoso darwinista S. J. Gould admite que Blyth realmente falou da seleção natural, mas deixa claro que a originalidade de Darwin não é notá-la, mas dá-la uma interpretação, isto é, a filosofia por trás, como já afirmamos:
"A teoria de Darwin, portanto, não pode ser equiparada com a simples afirmação que a seleção natural existe. Quase todos os seus colegas e predecessores aceitavam esse postulado. Darwin, no seu característico e radical jeito, entendeu que esse mecanismo padrão para preservar o tipo poderia ser invertido, e então convertido numa causa primária da mudança evolucionária. A seleção natural obviamente se apoia no centro da teoria de Darwin, mas nós precisamos reconhecer, como um segundo postulado chave de Darwin, a afirmação de que a seleção natural age como uma força criativa da mudança evolucionária. A essência do Darwinismo não pode residir na mera observação de que a seleção natural existe, porque todos já aceitavam um papel negativo para a seleção natural de eliminar o mais fraco e preservar o tipo" [14].
A seleção sexual: quem a observou primeiro
Como afirmado anteriormente por Loren Eiseley, Edward Blyth em 1835 e 1837 teria descrito a seleção sexual, mas anteriormente e mais claramente do que ele, Erasmus Darwin, o avô de Charles, em seu livro Zoonomia (1794) descrevia que o desejo sexual levava para a seleção sexual. Assim, pássaros lutavam para que “o mais forte e ativo deles propagasse a espécie, a qual por isso ficaria melhorada" [15].
- Supostas contribuições científicas
Na genética
O monge agostiniano Gregor Mendel, considerado o pai da genética, teve seu trabalho ignorado pelos darwinistas por décadas. Ele não acreditava no evolucionismo darwinista, e apesar de conhecê-lo, nunca enviou seu trabalho a Charles Darwin ou a seus seguidores, ou mesmo mostrou-se um entusiasta nas raríssimas vezes que o citou. Isso levou muitos a acusarem de ser um adepto oculto pela sua qualidade de sacerdote, mas não só muitas anotações nos livros darwinistas do mosteiro eram nas partes críticas ao pensamento católicos (provando sua identificação com os criticados), como há provas de que sempre teve a mesma fé [16].
Além disso, essas descobertas científicas antes apontam para a filosofia aristotélica. Como mostramos, uma filosofia contrária ao evolucionismo. Max Delbruck, prêmio nobel, chega a afirmar isso por causa da finalidade intrínseca no DNA:
"Eu acho que deveriam considerar Aristóteles pela descoberta no princípio implícito no DNA (...) a não apreciação das idéias de Aristóteles pelos cientistas é devida ao fato de que fomos vendados por 300 anos de cosmovisão Newtoniana" [17].
Na medicina
Muito antes de Darwin, Edward Jenner tinha descoberto um jeito de imunizar pessoas contra certos tipos de doenças, e Semmelweis, em 1847, percebia como morriam mais pessoas em hospitais de higiene precária. A preparação de vacinas depende de técnicas da virologia, imunologia e bioquímica, não da biologia evolucionária.
Já no campo das bactérias, é bom notar que o primeiro antibiótico descoberto por Alexander Fleming foi purificado e concentrado de tal maneira a se fazer clinicamente útil por Howard Florey e Ernst Chain. Ora, Chain dizia que "A teoria da Evolução de Darwin-Wallace é baseada em pressuposições frágeis, majoritariamente sobre a natureza morfológica-anatômica que dificilmente pode ser chamada uma teoria (...) Eu preferiria acreditar em fadas que em tal especulação" [18].
Na paleontologia
Georges Cuvier (1769-1832), o fundador da paleontologia, era um notório adversário do transformismo, idéia que sustentava a mutação das espécies, e o darwinismo é um tipo de transformismo.
Na filogenética via "árvore da vida" ou "árvore filogenética"
A Sagrada Bíblia, mais especificamente os primeiros capítulos do Gênesis que descrevem a criação, é onde encontra-se a mais antiga descrição de uma escala dos seres vivos. Depois disso, o primeiro a descrever uma escala da vida foi Aristóteles, mas muitos outros, dos muçulmanos citados até os contemporâneos de Darwin, falavam de escalas dos seres. Novamente, a originalidade darwinista nesse ponto reside na alegação que essa escala indica a sequência do transformismo.
Sobre a "origem" do primeiro ser vivo a partir de compostos químicos
Como vimos, foram os muçulmanos, depois o Conde de Buffon, um católico do século anterior a Darwin, os primeiros a proporem a origem da vida do inorgânico.
Outras falsas contribuições
Talvez se possa encontrar ainda mais falsas contribuições, ou reciclagens de idéias alheias como demonstramos aqui que é de praxe no evolucionismo, no entanto, este artigo não pretende levar este ponto à exaustão.
- Argumentos falsos contra o darwinismo
É somente uma teoria
O que é simplesmente falso torna irrelevante a discussão sobre a sua intenção de ser uma teoria, lei, hipótese ou ciência. Esse tipo de argumento entra em questões de filosofia da ciência que fogem do assunto porque, apresentado como teoria ou não, o darwinismo é sempre apresentado como verdadeiro ou provável, e o importante é saber se essas alegações são verdadeiras.
Design Inteligente
Em outro artigo, já mostramos como não serve como alternativa ou refutação.
- Refutando supostas provas em prol do Darwinismo
Prova da seleção natural
Como já dizia um crítico contemporâneo de Darwin, o biólogo francês A. Quatrefages, seguindo o que antes se conhecia da seleção natural, ela seria melhor identificada como eliminação natural, e que sempre preserva a espécie, e não cria novas. Alguém pode dizer que preservar a espécie é condição para que evolua, mas não prova de que evoluirá.
Assim, a seleção natural talvez pode diminuir a informação genética, mas nunca aumentar a informação genética ou fornecer novas informações. Ela pode permitir que os organismos sobrevivam melhor em um determinado ambiente, mas não permitir que evoluam de moléculas a homem, pode agir como seletora, mas não como geradora.
Provas da similaridade: fósseis, embriologia, homologia
Como notamos no artigo anterior, todas são amostras de semelhança que são mostrados como provas irrefutáveis.
No campo da embriologia, o argumento era tido por Darwin como "de longe a evidência mais forte". Ele usou dos desenhos de Ernst Haeckel em versões posteriores de seu livro principal. O problema aqui é grande, pois os desenhos eram fraudulentos, como o próprio notório evolucionista S.J. Gould admite: "temos o direito de nos impressionar e envergonhar por séculos de negligentes reciclagens que levaram à persistência destes desenhos em um grande número, se não na maioria, dos livros didáticos modernos" [19].
Prova da Filogenética Molecular
Entende-se como o estudo das relações através da análise das diferenças moleculares hereditárias, ou genéticas. Daí se constrói a árvore filogenética. Além de usar igualmente um argumento de fé através da semelhança, existem outros problemas.
Como admite um estudo de evolucionistas: "Análises filogenéticas diferentes podem alcançar inferências contraditórias com suporte absoluto" [20].
Enfim, "deduções moleculares sobre a origem da baleia discordam das deduções morfológicas, filogenias moleculares de um filo animal discorda de outro, e inconsistências nas filogenias moleculares tem persuadido muitos biólogos a abandonarem a idéia de um ancestral comum de uma vez" [21].
Prova da especiação
Pode-se entender especiação como o processo em que uma espécie se modifique de tal maneira que já não possa cruzar mais com uma população antes aparentada.
"Embora os evolucionistas afirmem que a especiação leva longos períodos de tempo para acontecer (milhões de anos), eles, com frequência, surpreendem-se com a rapidez com que observamos hoje as espécies se formarem. Tem-se observado que a especiação ocorre em poucos anos conforme visto no barrigudinho (guppy), nas lagartixas, nas moscas de fruta, nos mosquitos, nos tentilhões (ou pintassilgos) e nos ratos [22]. Essa constatação não é uma surpresa para os criacionistas visto que todas as espécies vivas, no passado e hoje, foram produzidas em menos de 6000 anos a partir das espécies originais que foram criadas (...). Nunca se observou a especiação formar um organismo de uma espécie distinta, como a espécie canina produzir um felino. A especiação opera apenas em uma espécie" [23].
Prova da mutação
Há três tipos de mutações observadas que poderiam contribuir para a evolução no DNA segundo os darwinistas.
O Tipo 1 não envolve nenhuma adição de informação genética, mas sim a perda de informação que resulta em mudança no código genético da prole, fazendo-a diferente de seus genitores. Também mudanças químicas no ambiente das células podem afetar a ativação de genes, ligando ou desligando a atividade deles que pode influir. Entretanto, embora alguns tipos de perda de genes podem ter beneficiado certos organismos em alguns casos, a maioria dessas mutações trazem doenças genéticas e hereditárias, pois alguns tipos de câncer são causadas por essas mutações, o que é anti-evolutivo. A perda de genes em muitas espécies, como em alguns casos foi mostrada, nos faz crer mais que existiu uma involução no planeta do que uma evolução, e o fato de que a maioria das espécies que existiram no planeta estão hoje extintas reforça esse caso. Enfim, em todos os casos de alegação de evolução por mutações Tipo 1 verifica-se que uma espécie não torna-se outra.
O Tipo 2 envolve a transferência de nova informação genética de um organismo para outro, normalmente por via de vírus, ou seres que podem carregar certos tipos de genes. Na verdade, esse Tipo revela como a natureza possui mecanismos anti-evolucionismo, dado que estes mecanismos, no exemplo da reprodução sexuada, previnem que um esperma de uma outra espécie fecunde o óvulo, visto que o óvulo possui proteínas específicas que se ligam somente a proteínas encontradas na superfície do esperma da espécie. Ora, se a natureza previne esse tipo de reprodução, e a natureza é guiada pela seleção natural que tende a sobrevivência do mais forte, é porque esse tipo de reprodução é maléfica para a espécie, uma vez que se não fosse maléfica a natureza favoreceria isso, tenderia para a evolução transformista, ao invés da estagnação da espécie.
O Tipo 3 envolveria a geração de informação genética totalmente nova dentro do código de DNA de um organismo, que resulta numa nova função nunca antes observada. O Dr. Lee Spetner, que ensinou em Harvard e na Universidade de John Hopkins, aponta que este tipo de evolução "nunca foi observada" [24]. No entanto, o biólogo Richard Dawkins tenta citar uma evidência em seu livro "O Maior espetáculo da Terra: as evidências da Evolução" (2009), mas na verdade é uma evidência para o Tipo 1. Trata-se do trabalho do bacteriologista Richard Lenski e cooperadores, os quais sugerem a explicação para a mudança em uma bactéria que passou a realizar uma nova função, ao contrário da mutação Tipo 3, a "ativação de um gene transportador, antes funcional, que estava silenciado por mutações prévias", e outras sugestões na linha do Tipo 1 [25]. Em suma, esse tipo de mutação não foi observada, e sequer sabem os cientistas por qual tipo de mecanismo ela seria ativada, e em como chega a informação genética massiva que vemos na natureza atualmente.
Prova da biologia evolutiva do desenvolvimento ("evo-devo")
Mais uma vez no campo da embriologia, depois que os darwinistas misturaram sua teoria com a genética Mendeliana, pensavam que os organismos eram diferentes porque tinham genes diferentes. No entanto, se descobriu mais uma vez que era um suposição errada, quando foi mostrado que animais radicalmente diferentes possuem genes do desenvolvimento muito similares. Então, passaram a dizer que essa semelhança é evidência da relação destes com um ancestral comum, mas esse argumento da similaridade já foi refutado acima.
O que é novo aqui é a alegação de que os genes do desenvolvimento são diferentes porque regulam seus genes de modo diferente, daí mudanças evolucionárias dentro deste DNA regulatório levam a diversidade de formas.
Não podemos aqui exaurir cada alegação de prova disso feita em laboratório, mas notar que essas alegações são sempre forçadas ou manipuladas para parecerem provar o evolucionismo, o que se pode verificar olhando cuidadosamente essas alegações, porque o que está de acordo com a genética é o que nota J. Wells sobre as pesquisas com as moscas da fruta, e é o que sempre vale para estes experimentos: "Indiferentemente do que façamos com o embrião da mosca da fruta, só existem três possibilidades: uma mosca da fruta normal, uma mosca da fruta deficiente, ou uma mosca da fruta morta. Não teremos uma mosca cavalo, nem mesmo um cavalo" [26].
Prova da evolução química de Miller
Stanley Miller, em 1953, juntou uma mistura de gases (amônia, hidrogênio, metano e vapor de água) e passou uma corrente elétrica através deles. Fez isso a fim de reproduzir o efeito do raio passando através de uma mistura de gases que ele pensava compor a atmosfera milhões de anos atrás. Como resultado desse experimento, ele produziu uma mistura de aminoácidos. Pelo fato dos aminoácidos serem os blocos construtores das proteínas, e as proteínas serem consideradas os blocos construtores dos sistemas vivos, o experimento de Miller foi saudado como prova de que a vida evoluiu por acaso na Terra milhões de anos atrás.
A refutação é simples:
"1. Não há nenhuma prova de que a atmosfera da Terra era composta pelos gases usados por Miller em seu experimento.
2. Miller teve o cuidado de se certificar de que não havia oxigênio presente no experimento. Se houvesse oxigênio, os aminoácidos não poderiam ser formados. Contudo, se não houvesse oxigênio na Terra, então não poderia haver camada de ozônio, e se não houvesse camada de ozônio, a radiação ultravioleta poderia penetrar na atmosfera e, desse modo, destruiria os aminoácidos tão logo fossem formados" [27].
Prova da origem da vida pela auto-organização
As teorias da origem da vida pela auto-organização tentam atribuir a organização nos seres vivos às forças ou processos químicos que podem ser descritas matematicamente como leis da natureza. Um de seus notórios defensores, Dean Kenyon, autor do livro best-seller de 1969 "Biochemical Predestination [predestinação bioquímica]", verificou alguns anos depois que sua teoria estava errada.
O autor Stephen C. Meyer resume bem duas características do DNA que asseguram que a "auto-organização" das afinidades químicas não pode explicar a estrutura específica das bases de nucleotidos na molécula: "(1) não há tais afinidades entre as bases ao longo do eixo da molécula que contém a informação genética, (2) não há afinidades diferenciais entre o centro e as bases específicas que podem causar variações na sequência" [28]. Assim, Meyer cita o conhecido bioquímico da origem da vida Bernd-Olaf Küppers explicando que "as propriedades dos ácidos nucleicos indicam que todo padrão nucleótido possivelmente combinatório do DNA é, do ponto de vista químico, equivalente" [29].
Ademais, como afirma Michael Polanyi, se as propriedades de afinidade dos nucleotidos determinam sua estrutura, a capacidade do DNA de transmitir informação seria destruída. Nesse caso, as propriedades de afinidade ou ligação de cada nucleotido determinaria cada nucleotido subsequente, e por sua vez, a sequência da cadeia molecular. Nessas condições, um padrão rigidamente ordenado surgiria como requer suas propriedades de ligação ou afinidade e então se repetiria indefinidamente, formando algo como um cristal [30].
Ou seja, a vida transcende a física e a química, como argumenta Polanyi nesses trabalhos de 1968. Ele mostra como, por exemplo análogo, em um sistema elétrico se pode definir grandezas físicas, como a voltagem, mas nenhuma ciência física permite prever a própria organização do sistema feito pelo homem.
Hipótese do mundo do RNA
Tal hipótese, primeiramente aventada por Walter Gilbert em 1986, propõe que o mundo atual com vida baseada principalmente no DNA e proteínas foi precedido por um mundo em que a vida era baseada em RNA. A hipótese surge de que certas proteínas construtoras necessitam de informação genética no DNA, mas informação no DNA não pode ser processada sem muitas proteínas específicas e complexos de proteínas. Com a descoberta de que certas moléculas de RNA possuem algumas das propriedades catalíticas encontradas em proteínas sugeriram um meio de resolver o problema. Os adeptos da hipótese alegam um primeiro estágio do desenvolvimento da vida no qual RNA fazia funções enzimáticas das proteínas modernas e a função de armazenamento de informação do DNA moderno, provendo um estágio intermediário para o sistema biológico atual. Essa hipótese ainda inclui muitas outras alegações de como foram os passos até a diversidade biológica atual.
Dr. Meyer elucida alguns problemas nessa hipótese: (1) as bases químicas para a existência do RNA são dificilmente sintetizadas e facilmente destruídas, ainda mais nas condições severas que se supõe no modelo da Terra antiga, (2) A capacidade catalítica do RNA é baixíssima comparada com a das proteínas modernas, sendo o RNA um mau substituto, (3) Essa incapacidade suscita problemas em sustentar, com os adeptos da hipóteses, que as moléculas do RNA evoluíram para as células modernas, já que estas possuem uma variedade imensa de proteínas para processar informação genética e regular metabolismo, (4) todos os experimentos que pretendiam provar a hipótese e obtiveram sucesso em observar coisas necessárias ou que poderiam provar a teoria excluíam o cenário prebiótico da Terra antiga, já que os cientistas agiam no experimento [31].
Em suma, essa hipótese, com boa dose de darwinismo, alega coisas sobre o passado impossíveis de provar, e usando de vagas semelhanças com o presente, quando não de extrapolações falsas, quer justificar suas alegações.
Hipótese da panspermia
Defendida pelo astrônomo Fred Hoyle (Evolution From Space) e considerada uma possível explicação pelo biólogo Richard Dawkins [32], a hipótese alega que a vida veio de fora da Terra. É uma idéia muito louca que assim como as alegações darwinistas sobre o passado, não pode ser provada de modo algum, e esbarra na crença em um ET salvador que nos deu a vida, já que não querem crer no salvador dos homens e Deus criador, Nosso Senhor Jesus Cristo, fundador da Igreja Católica.
CLIQUE: Defesa da Tradição Católica contra Falsas ciências ou superstições
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[1] "Pre-Darwinian Muslim Scholars’ Views on Evolution", Dr. Muhammad Sultan Shah
[3] L'Évolution des espèces. Histoire des idées transformistes, Jean Rostand (biólogo darwinista), p.24, 1932.
[4] Histoire naturelle, générale et particulière: supplément. Tome Quatrième.
[5] Arthur O. Lovejoy. "Some Eighteenth Century Evolutionists. II." The Popular Science Monthly 65 (1904): 323-340, pg.325.
[6] Darwin, C. R. "The origin of species". London: John Murray. 6th edition; pgs.xiii-xiv. Link: http://darwin-online.org.uk/content/frameset?itemID=F391&viewtype=text&pageseq=18
[7] Idem, Pg.xv-xvi
[8] Idem, Pg.xix
[9] Física, Livro 2, Parte 8
[10] "Origem das Espécies" Op. Cit. Pg. xiv
[11] Natural Selection before the "Origin of Species", Conway Zirkle, Proceedings of the American Philosophical Society, Vol. 84, No. 1 (Apr. 25, 1941), pp. 71-123.
[12] "Origem das Espécies" Op. Cit. Pg. xvi-xvii
[13] Eiseley, L. (1979). Darwin and the Mysterious Mr X. Dutton, New York. p. 55
[14] Stephen Jay Gould, The Structure of Evolutionary Theory, Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2002, pp. 137-141. Link: http://www.stephenjaygould.org/library/gould_selection.html
[15] Revista "Nature", Vol 459, 21 de Maio de 2009. "Erasmus Darwin saw sexual selection before his grandson", C. U. M. Smith, Vision Sciences, Aston University. Link: https://www.nature.com/articles/459321d
[16] "Mendel, Mendelism and Genetics", Robert C. Olby, 1997, VII. Sua citação do trabalho de Oswald Richter (1941)
[17] "Aristotle-totle-totle", in Jacques Monod, Ernest Borek, eds., Of microbes and life, New York: Columbia University Press, 1971, pg.55
[18] Ronald W. Clark, The life of Ernst Chain: Penicillin and Beyond, London: Weidenfeld and Nicolson, 1985, Pg. 147-48
[19] S.J. Gould, "Abscheulich Atrocious", Natural History, March, 2000, 42-49, 44-46.
[20] "different phylogenetic analyses can reach contradictory inferences with absolute support". In Antonis Rokas, Dirk Krüger & Sean B. Carroll, "Animal Evolution and the Molecular Signature of Radiations Compressed in Time," Science 310 (2005): 1933-1938
[21] J. Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design", 2006, Cap. 4, Pg. 47
[22] D. Catchpoole e C. Wieland, "Speedy species surprise", Creation 23 (2), março de 2001, pg. 13-15
[23] Ken Ham, "Criacionismo: verdade ou mito?", 2011, Cap. 22, "A seleção natural é a mesma coisa que a evolução?" Geórgia Purdom
[24] Lee M. Spetner, "Not by chance! Shattering the Modern Theory of Evolution", New York Judaica Press, Inc., 1997, pg. 107
[25] Z.D. Blunt, C.Z. Borland, R.E. Lenski, "Historical Contingency and the Evolution of a Key Innovation in an Experimental Population of Escherichia coli", Proceedings of the National Academy of Sciences, vol. 105, no. 23, 200, pg. 7899-7906
[26] J. Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design", 2006, Cap. 3, Pg. 36
[27] Ken Ham, "Criacionismo: verdade ou mito?", 2011, Cap. 23, "Não se provou que a Evolução é verdade?" A.J.Monty White
[28] Meyer, Stephen C. Signature in the Cell: DNA and the Evidence for Intelligent Design. New York: HarperOne, 2009. Pg. 244, Cap. 11
[29] Küppers, Bernd-Olaf. “On the Prior Probability of the Existence of Life.” In The Probabilistic Revolution, vol. 2, edited by Lorenz Krüger, Gerg Gigerenzer, and Mary S. Morgan, 355–69. Cambridge, MA: MIT Press, 1987. 364.
[30] "Life Transcending Physics and Chemistry", Chemical and Engineering News, 55, "Life's Irreducible Structure", 1309, Science Journal
[31] Meyer, Stephen C. Signature in the Cell: DNA and the Evidence for Intelligent Design. New York: HarperOne, 2009. Pg. 301-319, Cap. 14
[32] Ben Stein, Expelled: No intelligence Allowed, Premise Media Corporation, 2008, Documentário