Meme que circula na internet bem ilustrativo do contraste entre
sectários do igualitarismo metafísico e a realidade.
S. Tomás de Aquino, rogai por nós!
Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Volume II, 2a edição)".
Continuação do artigo: Papas falaram contra o igualitarismo?
Sagrada Escritura
Disse Nosso Senhor: "No meio de vós sempre haverá pobres" S. João XII, 8. O que quer dizer, sempre haverá desigualdade, é coisa natural.
Beato Pio IX ao condenar o comunismo e o socialismo, doutrinas igualitárias, lembrando o respeito à autoridade legítima, citou partes da Escritura anti-igualitárias:
"Pois está escrito: 'Sede sujeitos a toda criatura humana por respeito a Deus, seja o rei, enquanto está sobre todos; sejam os prefeitos, como delegados seus para castigo dos malfeitores e elogio dos bons. Esta é a vontade de Deus, que fazendo o bem, façais calar a ignorância dos néscios; como livres, mas sem cobrir com um véu de malícia esta liberdade, porém como servos de Deus'. (I, Pe, 2, 13-16).
E em outro lugar: Toda alma está sujeita a potestades superiores, já que todo poder vem de Deus. As coisas que existem foram ordenadas por Deus. Assim, o que resiste à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem, buscam a condenação". (Rom. 13,1-2) [1]
Plinio Corrêa de Oliveira citando a Bíblia
"Por esta forma se explica a parábola dos talentos (Mt. 25, 14-30). A cada qual Deus dá em medida diversa e de cada um exige rendimento proporcionado" [2]
"Mas, dirá alguém, a parábola de Lázaro e do mau rico (Luc. 16, 19-33) não prova precisamente que a opulência leva à perdição?
Esse texto evangélico é frisante para mostrar como absolutamente não é todo homem opulento que se condena, mas apenas o que é mau. A parábola nos mostra o rico mau no inferno. Lázaro, o pobre bom, vai para o seio de Abrãao. Ora, quem era Abraão? Segundo diz a Escritura, era um homem que viveu na opulência (Gen. 13,2) . O bom pobre repousando junto ao bom rico: eis a imagem tocante da paz social. " [3]
São Tomás de Aquino
"Nos seres naturais vemos que as espécies são gradativamente ordenadas: assim, os compostos são mais perfeitos do que os elementos, as plantas do que os minerais, os animais do que as plantas e os homens do que os outros animais; e em cada uma dessas classes encontram-se espécies mais perfeitas do que as outras. Sendo, pois, a Divina Sabedoria a causa da distinção das coisas para a perfeição do Universo, também será causa da sua desigualdade. Pois não seria perfeito o Universo se nas coisas só se encontrasse um grau de bondade" [4]
"Haver muitos bens finitos é melhor do que haver um só, pois eles teriam o que tem este, e ainda mais. Ora, é finita a bondade de qualquer criatura, pois é deficitária da infinita bondade de Deus. Logo é mais perfeito o Universo havendo muitas criaturas, do que se houvesse um único grau delas. Ao sumo Bem toca fazer o que é melhor. Logo, era-Lhe conveniente fazer muitos graus de criaturas.
Além disso, a bondade da espécie excede a do indivíduo, como o formal excede o material; logo, mais acrescenta à bondade do Universo a multiplicidade das espécies, do que a dos indivíduos de uma mesma espécie. Por isso, para a perfeição do Universo contribui não só haver muitos indivíduos, mas haver diferentes espécies e, por conseguinte, diferentes graus de coisas (...)
A diversidade e a desigualdade das criaturas não procede do acaso, nem da diversidade da matéria, nem da intervenção de algumas causas ou méritos, mas procede da própria intenção de Deus, que quis dar à criatura a perfeição que lhe era possível ter. Daí dizer-se no Genesis: `Viu Deus tudo o que tinha feito, e era excelente' (Gen. 1, 31)" [5].
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Fontes:
[1] Encíclica Nostis et nobiscum, 8-12-1849, §§ 17,18
[2] Reforma Agrária – Questão de Consciência, Editora Vera Cruz, São Paulo, 1960, pp. 64-65.
[3] Idem. Secção II, Proposição 4, número 8
[4] Suma Teológica I, q. 47, a. 2.
[5] Suma contra os gentios, Livro II, cap. 45.