N. Senhora do Bom Sucesso prevê: corrupção sacerdotal, impureza do mundo, Castigo Mundial e Restauração por meio dEla

Nossa Senhora do Bom Sucesso, rogai por nós!

Para entender alguns conceitos aqui expostos:

A Teologia da História prova a vinda do Reino de Maria, por Plinio Corrêa de Oliveira em 1971

A vinda do Reino de Maria provada por Teologia da História, segundo o Pe. Antonio Vieira 

Nossa Senhora do Bom Sucesso profetiza a crise na Igreja "calando-se quem deveria falar", o desprezo pela extrema unção e a eucaristia

 
Clique aqui para ler mais sobre o Castigo Mundial e Reino de Maria. 


Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. V)".

Anterior deste capítulo: Critérios desta seleção e da supressão de outras profecias, como a dos Papas, Garabandal e Medjugorje, etc.


A aparição de Nossa Senhora do Bom Sucesso é aprovada pela Igreja, e suas profecias foram dadas à Madre Mariana de Jesus Torres (nascida em 1564), do Convento Concepcionista de Quito, Equador. Sua vida foi relatada na "Admirável Vida de Madre Mariana", do Pe. Manuel Sousa Pereira.. Além das comentadas aqui, outras também previram a proclamação do dogma da Assunção e da Imaculada Conceição, a Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus pelo presidente Gabriel Garcia Moreno, a independência do Equador, e a vinda do Santo Cura D'Ars.

Negritos nossos.


 "Em 1634, Sóror Mariana estava rezando no dia dois de fevereiro, às 3 horas da manhã, no alto coro, pedindo a Nossa Senhora que a levasse desse mundo (...)". Em seguida o autor descreve uma oração.

"Pronunciadas estas palavras, viu a lamparina que ardia diante de Jesus Sacramentado, apagar-se, ficando o altar-mór inteiramente às escuras. Madre Mariana quis levantar-se, deixando a oração, para acender uma vela que substituísse a lamparina. Mas não pode: estava completamente sem sentidos (...)". Então, a lamparina acende e surge a Rainha dos Profetas:

"Filha querida de meu Coração, Eu sou Maria do Bom Sucesso, tua Mãe e protetora, que trazendo meu Filho Santíssimo no meu braço esquerdo e um báculo no direito, venho dar-te a alegre notícia de que dentro de dez meses e alguns dias, cerrarás os seus dias nessa Terra (...)."


"A lâmpada que arde diante do amor prisioneiro, que vistes apagar, tem muito significado. Em primeiro lugar: no fim do século XIX e por boa parte do século XX, estas terras serão então repúblicas e entregues a heresias. E reinando nela, se apagará a luz preciosa da Fé nas almas por uma quase total corrupção dos costumes. Neste tempo haverá grandes calamidades físicas e morais, públicas e privadas.

"Estas terras": o mundo em geral (Adendo da 3a edição: alguns podem argumentar que a interpretação é forçosa, pois se referia unicamente ao território político ao qual Quito pertencia. Contudo, vale lembrar que a União Ibérica, junção do Reino de Portugal com Espanha, formou um Império que se estendia por todo o globo, abrangendo regiões dos países baixos, reinos da Península Itálica, Costa Africana, Índias, Filipinas, etc. Portanto, o sentido dado, com esta informação, só se torna mais robusta). As calamidades citadas são parte do Grande Castigo, que vem acontecendo em graus, e caminhando ao auge.

A Mãe de Deus avisa sobre "fim do século XIX": nesse tempo as seitas começaram a se articular para derrubar o império austro-húngaro e, em seguida, derrubar a influência da Igreja. A "boa parte do século XX" quer dizer mais da sua metade, no mínimo. Como a Virgem Santíssima não se referia ao tempo do Papa São Pio X, uma vez que esse Pontífice combateu exatamente o que Nossa Senhora alerta nestas profecias, então a Virgem se referia ao tempo posterior. Mesmo que estas profecias não agradem o progressista que pensa que desde João XXIII (1958) a Igreja vive um esplendor, com tantos bons Papas, etc, e mesmo se cresse que a partir daquela data vieram as "heresias", a conta de "boa parte" não fecharia, pois não alcança metade do século. Mas não pensamos que só com esses Papas se cumpre "boa parte" do século, dado que um pouco menos da metade não é "boa parte". Outro motivo reforça a opinião de que a decadência veio antes: a tibieza na detecção e denúncia das heresias no pontificado de Pio XII (iniciado em 1939) e anteriores, e o avanço da corrupção dos costumes na época deste Papa. Assim, "boa parte" significa desde mais ou menos 1939 em diante.

Alguém pode dizer que essa interpretação fere a ordem cronológica do século XIX ao XX que a profecia indica, mas em outras partes Nossa Senhora do Bom Sucesso fala da "quase total corrupção do século XX". Isso pode indicar também uma total corrupção no século XXI. Ainda se pode objetar que não houve corrupção nos costumes no fim do século XIX. Responde-se notando que a profecia fala das repúblicas e heresias que se instalaram primeiro (como a república na Itália para tomar os Estados Pontifícios, e o surgimento da heresia modernista), depois, quando elas estiverem "reinando" se "apagará a fé...". Ou seja, há uma sucessão temporal, mas não necessariamente imediata. O único requisito anterior é "reinar".

Ainda podem alegar que não poderia ser o tempo dos Papas pós-conciliares porque esse tempo passou do século XX ao seguinte. Mas a Virgem não dizer que tal corrupção chega ao século XXI não significa que não chegará. Do mesmo modo se pode pensar que a ausência de afirmação sobre a corrupção não chegar ao século XXI significa que o Castigo profetizado virá neste século, o que é mais provável.

"O pequeno número de almas em que se conservará o culto da Fé e da virtude, sofrerá um cruel e indizível padecimento, ao par de um prolongado martírio. Muitas delas descerão ao sepulcro por violência e sofrimento e serão consideradas como mártires por terem se sacrificado pela Igreja e pela pátria.

"Para libertar da escravidão destas heresias, necessitam de grandes forças, constância, valor, muita confiança em Deus, aqueles a quem destinará para esta restauração o amor misericordioso de meu Filho Santíssimo. Para pôr à prova os justos nesta Fé e confiança, fará [que cheguem] momentos nos quais tudo parecerá perdido e paralisado, e então será o feliz princípio da restauração completa".

Poucos guardarão a fé, porém, o mundo atual não crê nisso, por compartilhar da mentalidade progressista. Assim, será um "pequeno número" que guardará a fé, isto é, os tradicionalistas (não hipócritas). A profecia reconforta estes fiéis com a promessa restauração quando tudo parecer estar perdido.

"Segundo motivo porque a lâmpada se apagou: que esta minha comunidade, estando em reduzido número de pessoas, será submergido em um mar sem fundo de indizíveis amarguras e parecerá afogar-se nessas águas de tribulações. Quantas vocações verdadeiras perecerão por falta de direção, tino, prudência das mestras de noviças que deveriam ser almas de oração e conhecedoras dos diversos caminhos do espírito.


O terceiro motivo pelo qual se apagou a lamparina é porque nesses tempos estará a atmosfera saturada de impureza, que a maneira de uma mar imundo correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos com uma liberdade assombrosa.

Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá longe. Refugiando-se nos claustros, encontrará terreno adequado para crescer (...). Sem a virgindade seria preciso, para purificar estas terras, que chovesse fogo do Céu (...).

A impureza no mundo, tal como acontece atualmente como nunca antes


"Quarto motivo porque a lâmpada se apagou, é que havendo as sociedades secretas infiltrado em todas as classes sociais, terá tanta sutileza para introduzir-se nos lares domésticos, que perdendo a infância se gloriará o demônio de alimentar-se com esse precioso alimento dos corações das crianças nesses aziagos tempos. 


Nesses tempos infaustos mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma perder-se-ão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade.

Restarão as Comunidades religiosas para sustentar a Igreja e trabalhar com valoroso, desinteressado empenho na salvação das almas. Porque nesse período a observância da Regra resplandecerá nas Comunidades, haverá santos ministros do Altar, almas ocultas e belas, nas quais meu Filho Santíssimo e Eu nos deleitaremos, considerando as excelentes flores e frutos da santidade heroica. Contra eles a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento do Ministério. Mas eles, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis e enfrentarão a tudo com esse espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos (...)

No clero secular haverá, nessa época, muito que desejar, porque os Sacerdotes se descuidarão do seu sagrado dever. Perdendo a bússola divina, desviar-se-ão do caminho traçado por Deus para o ministério sacerdotal e apegar-se-ão ao dinheiro, em cuja obtenção porão demasiado empenho.

A corrupção e desleixo sacerdotal


E, como então padecerá esta Igreja a noite escura pela falta de um prelado e pai, que zele com amor e com suavidade, fortaleza, tino e prudência, muitos deles perderão o seu espírito pondo em grande perigo as almas.

A Igreja padecerá com a "a falta de um prelado", ou seja, o episcopado local. Também se refere ao prelado e prelado dos prelados, o Papa. Em outras palavras, estes não serão zelosos.
 
"Ora com instância, clama sem cessar e chora com lágrimas amargas no segredo do teu coração ao nosso Pai Celestial, que por amor ao Coração Eucarístico de meu Filho Santíssimo, por este precioso Sangue vertido com tanta generosidade e por essas profundas amarguras das dores da Paixão e Morte, que se compadeça de seus ministros, e ponha quanto antes fim a tão aziagos tempos, enviando a esta Igreja o prelado que deverá restaurar o espírito de seus sacerdotes, a esse filho meu muito querido a quem amamos, meu Filho Santíssimo e Eu, com o amor predileto, porque lhe dotaremos de capacidade pura, de humildade de coração, de docilidade nas diversas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da Igreja, de coração terno para que, como outro Cristo, atenda ao grande e ao pequeno, sem desprezar ao mais infeliz que lhe vai pedir luz e conselho em suas dúvidas e amarguras, e que com suavidade divina guie as almas consagradas ao serviço divino nos claustros, sem fazer pesado o jugo do Senhor que Ele mesmo disse: `meu jogo é suave e ligeiro'.


Tal prelado vindouro é o Papa Santo, conforme vemos nas profecias deste capítulo e nos capítulos precedentes. O Vigário de Cristo virá como "outro Cristo" em sentido de não ser só Cristão (christianus alter Christus), mas estar significado na sexta Era cristã e na chefia de Cristo sob os apóstolos.

"Em sua mão será posta a balança do Santuário para que de tudo se faça com peso e medida, e Deus seja glorificado. Para que venha logo este prelado e pai, fará um contrapeso enorme à tibieza de todas as almas a Deus consagradas no estado sacerdotal e religioso, sendo esta mesma causa de apoderar-se destas terras o maldito satanás, que tudo conseguirá por meio de tanta gente estrangeira sem Fé, que qual nuvem negra obscurecerá o límpido céu dessa então República consagrada ao Sagrado Coração de meu Filho Divino, entrando nela todos os vícios e vivendo por elas toda classe de castigos, entre eles a peste e a fome, a pendência entre os próprios e os alheios, que os levarão à apostasia, perdendo um sem número considerável de almas, destas almas tão queridas de Jesus e minhas.

A "balança do Santuário" na mão deste prelado significa que o Papa Santo combaterá a corrupção sacerdotal primeiro.

E para dissipar essas negras nuvens, nuvens que impedem o claro dia da liberdade da Igreja, haverá então uma guerra formidável e espantosa, onde correrá sangue próprio e alheio, de sacerdotes e seculares, e regulares e também de religiosas. Esta noite será horrorosíssima, porque ao parecer humano será triunfante a maldade.

"Então é chegada a minha hora, na qual de uma maneira assombrosa Eu destronarei o soberbo satanás, pondo-o debaixo de meus pés e encadeando-o no abismo infernal e deixando por fim livre a Igreja e a Pátria de sua cruel tirania.


O Castigo e então a Restauração, o Reino de Maria. Satanás será encadeado no inferno, como no livro do Apocalipse, para não seduzir mais as nações por mil anos, que simboliza um grande espaço de tempo, e não necessariamente "mil anos". "Esta noite" se harmoniza com os três dias de trevas das outras profecias.

"O quinto motivo porque se apagou a lâmpada é porque o descuido das pessoas que possuindo grandes quantias de riquezas, verão com indiferença oprimida a Santa Igreja, perseguida a virtude, triunfante a maldade sem empregar santamente suas riquezas na destruição do mal e na restauração da Fé, e por essa indiferença do povo em deixar que pouco a pouco se apague o nome de Deus, adquirindo-se o espírito do mal, entregando-se com liberdade a todos os vícios e paixões.


"Ah! querida filha, se fosse permitido viver nesses aziagos tempos, tu morrerias de dor a ver realizado tudo que a ti é manifesto e tanto é o amor que meu Filho Santíssimo temos a estas terras que são herança nossa, que queremos desde agora, pedimos desde agora a aplicação de teus sacrifícios e orações para diminuir este tempo, a duração desse tempo de tão terrível catástrofe [1]. 


Materialismo é a ideologia da sociedade. cinco motivos para a lamparina apagar, o que numericamente se harmoniza com a quinta Era, tempo dessas tribulações, a qual se encerra com a vinda deste grande prelado, segundo hipotetizado no capítulo III.
 
Próximo deste capítulo: "Quase não haverá virgens": Nossa Senhora do Bom Sucesso profetiza a impureza no mundo, laicismo e a restauração com o Papa Santo

 
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[1] Vida Admirável da Revda.Madre Mariana de Jesus Torres, Escrita pelo Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do Convento Máximo de S.Francisco de Assis de Quito, Equador, Ed.Petrus, Tomo II, Cap.XIV.