Papa Paulo VI aprovou a comunhão na mão, infelizmente

Paulo VI dando comunhão para um homem em pé. A comunhão em pé, quando não é por uma justa razão de saúde, é o primeiro passo para a comunhão na mão, já que ninguém receberia na mão ajoelhado.
Recomendamos primeiro o artigo contendo a doutrina católica sobre o tema para os que não conhecem:

Papas, Santos e Teólogos falaram contra a comunhão na mão? Refutação do pseudo apoio de São Cirilo de Jerusalém

Paulo VI aprovou a Instrução "Memoriale Dómini" de 1969, permitindo a comunhão na mão, depois de mostrar no mesmo documento que a prática da comunhão na boca deve ser conservada. Foi, não por acaso, no mesmo ano em que se autorizaram o novo rito da missa.

"Entretanto, as prescrições da Igreja e a evidência dos Padres tornam abundantemente claro que se mostrava a máxima reverência para com o Santo Sacramento, e que as pessoas agiam com máxima prudência. Portanto, "que ninguém... coma do Corpo sem primeiro adorá-lo" Quando alguém toma (o Santo Sacramento) ele é advertido: "... recebe-o: sejas cuidadoso para que não percas nada dele". "Pois é o Corpo de Cristo" (...).

Assim, a função de levar a Santa Eucaristia aos ausentes não tardou a ser exclusivamente confiada aos ministros sagrados, a fim de melhor assegurar o respeito devido ao Corpo de Cristo e também de melhor atender às necessidades dos fiéis.

Com o tempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como a presença real do Cristo foram mais aprofundadas, tornou-se mais consciente o respeito devido a esse Santíssimo Sacramento e a humildade com a qual deve ser recebido, estabelecendo-se então o costume pelo qual deveria o próprio ministro colocar a partícula consagrada na língua do comungante.

Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, esta maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada, não somente em razão de sua multissecular tradição, mas principalmente porque exprime o respeito dos fiéis em relação à Eucaristia. Este uso, aliás, em nada fere a dignidade pessoal de quem recebe tão alto sacramento, ao contrário favorece a preparação exigida para que o Corpo de Deus seja recebido de maneira frutuosa.

Esse respeito bem exprime que não se trata de «um pão e uma bebida comuns», mas do Corpo e do Sangue do Senhor, pelo qual o povo de Deus participa dos bens do sacrifício pessoal, re-atualiza a Nova Aliança uma vez por todas selada por Deus com os homens no Sangue de Cristo e na fé e esperança prefigura e antecipa o banquete escatológico no Reino do Pai (...).

"(com que convém distribuir a Santa Comunhão), garante também o afastamento de qualquer perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, ‘de um modo único o Cristo total e inteiro, Deus e homem, se acha presente substancialmente e permanentemente’ (...).


Por isso, diante do pedido formulado por um pequeno número de Conferências Episcopais e certos bispos a título individual para que nos seus territórios fosse permitido o uso da comunhão na mão, o Soberano Pontífice decidiu consultar todos os bispos da Igreja latina sobre o que pensam da oportunidade de introduzir esse rito. Com efeito, mudanças introduzidas em matéria tão grave, que se prende à tradição tão antiga e venerável, não somente tocam a disciplina, mas também podem acarretar perigos que, como todos tememos, nasceriam eventualmente desse novo modo de distribuir a santa comunhão, isto é, um respeito menor pelo augusto sacramento do altar, uma profanação desse sacramento ou ainda uma alteração da verdadeira doutrina".


Ou seja, em vez de mandar seguir a tradição e rebater energicamente o pedido de sacrilégio, o Papa consultou outros prelados, foi refletir sobre o irrefletível, isto é, se a Igreja pode apoiar um absurdo. O número de Bispos que acolhem nas suas respostas a ignomínia ainda é menor do que o número de tradicionais, mas evidencia a crise na Igreja. Em seguida continua a instrução:

"A partir dessas respostas, fica claro que a vasta maioria dos Bispos crê que a disciplina atual não deve ser modificada, e caso viesse, que a mudança seria ofensiva aos sentimentos e à cultura espiritual desses Bispos e de muitos dos fiéis.

Portanto, levando em consideração as observações e o conselho daqueles que "o Espírito Santo designou para governar" as Igrejas, tendo em vista a gravidade da matéria e a força dos argumentos postos em evidência, o Santo Padre decidiu não modificar a maneira existente de administrar a Santa Comunhão aos fiéis".

Fica evidente que a parte acima é feita para esconder o progressismo da instrução ao lermos o texto abaixo, e a autorização enviada em carta às hierarquias que solicitaram permissão para introduzir a prática da Santa Comunhão nas mãos que vem junto na Acta Apostolicae Sedis (pp. 546-547).

"Onde um uso contrário, o de colocar a Santa Comunhão nas mãos, prevalecer, a Santa Sé – desejando ajudá-las a cumprir sua tarefa, muitas vezes árdua, como nos dias atuais – deixa às Conferências a tarefa de avaliar cuidadosamente qualquer circunstância especial que possa existir, tomando o cuidado de evitar todo risco de falta de respeito ou de falsa opinião com relação à Sagrada Comunhão, e de evitar quaisquer outros efeitos maléficos que possam se seguir.

Em tais casos, as Conferências Episcopais devem examinar cuidadosamente as situações, e devem tomar quaisquer decisões, através de voto secreto e com maioria de dois terços, que sejam necessárias para regular as situações. Suas decisões deverão ser enviadas a Roma para receber a necessária confirmação, acompanhada com um detalhado relatório das razões que as levaram a tomar tais decisões. A Santa Sé examinará cada caso cuidadosamente, levando em consideração as ligações entre as diferentes igrejas locais e entre cada uma delas e a Igreja Católica, a fim de promover o bem comum e a edificação de todos, e que o bom exemplo mútuo possa aumentar a fé e a piedade" [1].

Oração aSantíssimo Sacramento em desagravo pelos abusos

    Alma de Cristo, santifica-me
    Corpo de Cristo, salva-me
    Sangue de Cristo, extasia-me
    Água que vem de Cristo, lava-me
    Paixão de Cristo, conforta-me
    Ó bom Jesus, escute-me
    Entre suas feridas, esconde-me
    Não permita que me separe de ti
    E dos exércitos do maligno, defenda-me
    E na hora da Morte, chama-me
    E deixe-me ir a ti
    e Com teus santos, louvar a ti
    Pelos séculos dos séculos
    Amém 

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Fonte:
[1] Instrução Sobre a Maneira de Distribuição da Santa Comunhão, Sagrada Congregação para o Culto Divino, Publicada em 29 de Maio de 1969