Plinio Corrêa de Oliveira: resumo da ação contra-revolucionária profética de 1966-77

Editado: tais artigos, em ordem cronológica aqui, foram retirados, no mesmo mês em que foram aqui publicados, da edição que então vigorava na Wikipedia de língua portuguesa (pt.wikipedia.org), seja na biografia de “Plinio Corrêa de Oliveira”, seja de outros lugares daquela enciclopédia livre e virtual. Fizemos somente alguns ajustes e incrementos. A pedido, colocamos esta declaração.

Segue a ordem cronológica
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Plinio Corrêa de Oliveira: breve biografia


Plinio Corrêa de Oliveira: resumo da ação contra-revolucionária profética de 1928-42

Plinio Corrêa de Oliveira: resumo da ação contra-revolucionária profética de 1943-65

Plinio Corrêa de Oliveira: resumo da ação contra-revolucionária profética de 1966-77

Plinio Corrêa de Oliveira: resumo da ação contra-revolucionária profética de 1978-95

Plinio Corrêa de Oliveira: seu legado, relação de obras e campanhas da TFP feitas em sua vida

1966-1968 - Campanhas contra o Divórcio e a infiltração de clérigos subversivos comuno-progressistas na Igreja. Começa a escrever na FSP. Divulgação da Mensagem de Fátima.

No dia 2 de Junho de 1966 inicia-se a coleta de assinaturas da campanha contra o divórcio feita pela TFP sob a direção de Dr.Plinio. Em cinquenta dias, mais de 1 milhão de brasileiros aderem ao abaixo-assinado anti-divorcista. Em plena campanha sofre ataque da CNBB, que congregava desde então os bispos progressistas. A TFP faz publicar nos principais diários do país a resposta, externando sua perplexidade ante injusto ataque desferido por aquele orgão episcopal contra a associação, no exato momento em que esta se encontrava arduamente empenhada na luta anti-divorcista [55].

No ano de 1968 o professor Plinio Corrêa começa a dirigir campanhas contra o clero subversivo e comunista que visava destruir a Igreja de dentro. Em junho deste ano, envia uma carta para Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, a propósito das atividades subversivas do Padre belga Joseph Comblin. Esta carta foi publicada nos principais orgãos de imprensa do país, e dela a TFP distribuiu 500 mil cópias à população, em volantes, sob o título "A TFP pede medidas contra Padre subversivo" [56]. Dom Helder Câmara não deu atenção [57]. Este e outros fatores levaram Plinio a organizar um abaixo-assinado pedindo a Paulo VI medidas eficazes contra a infiltração comunista em meios católicos. Em 58 dias, a TFP conseguiu mais de 1.600.368 de assinaturas. O abaixo-assinado deu-se também na Argentina, Chile e no Uruguai [58]. A contagem final das assinaturas, quando foi entregue em micro-filme, ao Vaticano, no dia 7 de Novembro de 1969, dava mais de 2 milhões. Nenhuma resposta veio da Santa Sé [59]. Em agosto deste ano, o presidente da TFP passa a escrever na Folha de São Paulo, jornal de maior circulação no Estado.

É escrito e começa a ser divulgado naturalmente, sob a orientação de Plinio, o livro "As Aparições e a mensagem de Fátima confome os manuscritos da Irmã Lúcia", do membro da TFP brasileira Antonio Augusto Borelli Machado. Até Junho de 1997, o livro havia alcançado 3,5 milhões de exemplares em 157 edições e 13 idiomas.

1969-1975 - Embates sobre a Missa Nova, Manifesto da Resistência à Ostpolitik Vaticana entregue à Paulo VI

Em 1969 o Papa Paulo VI promulga a nova missa, para corresponder aos desejos do Concílio Vaticano II. Neste mesmo ano, Dr.Plinio denuncia em edição especial da Revista "Catolicismo" a infiltração de grupos subversivos ocultos na Igreja que querem mudar a liturgia: "Grupos ocultos tramam a subversão na Igreja" é transcrito em jornais ou revistas em 9 países, e tem tiragem total de 256 mil exemplares. Logo após a missa passar a ser celebrada oficialmente no mundo, em janeiro de 1970, o presidente da TFP escreve artigo:

"Dois cardeais — duas personalidades muito chegadas, pois, ao Papa — não trepidaram em escrever a Paulo VI uma carta em que manifestavam viva apreensão e fundas reservas quanto ao novo "Ordo". E, mais ainda, os dois purpurados julgaram dever comunicar ao público a carta que haviam enviado ao soberano Pontífice (...) segundo os dois cardeais, o novo "Ordo" apresenta a Missa, não como um sacrifício conforme à doutrina católica, mas como uma ceia. E isto — acentuam eles — se aproxima do conceito protestante (...).

No "Courrier de Rome" (25-7), leio uma declaração que, procedente de fonte diametralmente oposta, caminha para a conclusão a que chegaram os dois cardeais. Uma das mais célebres instituições protestantes da atualidade é o convento de Taizé, na França. Ora, em artigo publicado no diário católico parisiense "La Croix" o "irmão" Thurian, de Taizé, escreveu: "A reforma litúrgica deu um passo notável (com o "Ordo" novo) no campo do ecumenismo. Ela se acercou das próprias formas litúrgicas da Igreja luterana" [60].

A denúncia e o artigo preparava o público e em específico aqueles que acompanhavam este pensador católico, a receber o livro, não publicado pela TFP, mas por um membro, o qual concordava o presidente e a maior parte dos membros [61]. Tratava-se do "Considerações sobre o Ordo Missae de Paulo VI", de Arnaldo Xavier da Silveira. Em 1974, a TFP publica o manifesto da resistência contra a política de distensão do Vaticano com os Governos Comunistas" em 21 jornais de 10 países. Ali é mencionado para Paulo VI o livro, o atrito ocorrido com um Bispo, e o motivo da falta de publicidade do livro pela TFP por causa de um prelado que pediu,"de joelhos, se necessário fosse", que a TFP não publicasse o trabalho [62]:

"Não é o caso de tratar aqui de outros assuntos que talvez sejam levantados de público a propósito da presente declaração. Referimo-nos mais especialmente a episódios dolorosos como o do Sr. Bispo de Nova Friburgo, que determinou a recusa da Comunhão Eucarística a sócios ou militantes da TFP, quando se apresentassem de modo notório, incorporados ou com as respectivas insígnias, bem como a fatos mais ou menos análogos ocorridos em igrejas de outros locais do Brasil.

Em artigo publicado na "Folha de S. Paulo" de 27/5/73, o Presidente do Conselho Nacional da TFP, teve ocasião de explicar que em certa matéria de índole essencialmente religiosa, sócios e militantes de nossa entidade têm – enquanto católicos – uma atitude tomada, sobre a qual só não se pronunciaram de público a pedido de altíssima autoridade eclesiástica" [63].
Campanha "Natal dos pobres" da TFP de 1970 com a capa e o estandarte característico dela
1976-1977 - Denúncias em livros:"Tribalismo Indígena, Ideal Comuno-Missionário para o Brasil", e "A Igreja ante a escalada da Ameaça Comunista - Apelo aos Bispos Silenciosos"

Num total de 51 mil exemplares e 4 edições, o livro "A Igreja ante a escalada da Ameaça Comunista - Apelo aos Bispos Silenciosos", escrito por Dr.Plinio e divulgado pela TFP alcança enorme sucesso, protestos de Bispos como D.Arns, D. Lorscheiter, a CNBB [64], e vai parar em Roma, conforme informa o jornalista Rocco Morabita: "Em várias épocas era possível encontrar, em mesas de trabalho do Vaticano, algumas cópias do livro de Plinio Corrêa de Oliveira, "A Igreja ante a escalada da ameaça comunista", editado em São Paulo, e que contém justamente longas citações de escritos e poesias de D.Pedro [Casaldáliga]" [65]. 

Sócios e cooperadores da TFP saíram em caravanas de propaganda do livro “Tribalismo indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI” (publicado em 1977 sob autoria de Plinio Corrêa), tendo percorrido, para essa divulgação, 2.963 cidades em todos os quadrantes do Brasil. Nove edições sucessivas totalizaram até hoje 87,5 mil exemplares. O trabalho denuncia a corrente neomissionária esquerdizante que se opõe a civilizar e catequizar os indígenas, e prega uma espécie de “luta de classes” entre silvícolas e brancos. Entre os principais propulsores deste movimento estavam D. Tomás Balduino e D. Pedro Casaldáliga, bispos da Igreja Católica.

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[55] "Meio Seculo de Epopéia...", pg.36
[56] Disponível em: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/1968_211_CAT_TFP_pede_medidas.htm
[57] Revista Catolicismo, no.211, julho de 1968. Cit. "Meio Seculo de Epopéia...", pg.179
[58] "Meio Seculo de Epopéia...", pg.39
[59] "Meio Seculo de Epopéia...", pg.182
[60] Folha de São Paulo, "O Direito de Saber" em 25 de janeiro de 1970
[61] Plinio disse isto inúmeras vezes. Uma delas foi em um Encontro de Correspondentes da TFP. A parte em que ele fala sobre a missa está disponível em áudio no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=9sb8OwpItBM
[62] Folha de São Paulo, 27 de maio de 1973, "Sobre o decreto anti-TFP de D. Isnard". Disponível em: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2073-05-27%20Sobre%20o.htm#.VP9XTi72PIU
[63] Manifesto disponível em: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/MAN%20-%201974-04-08_Resistencia.htm#.VP9Xgi72PIU
[64] "Um homem, uma obra, uma gesta...", parte I, cap.III, pg.121
[65] O Estado de São Paulo, 8 de Abril de 1977