Texto da proclamação do dogma da mediação universal e da Co-Redenção de Nossa Senhora pelo Papa Santo. Hipótese Teológica

Virgem Medianeira de todas as graças Co-redentora do Gênero humano, rogai por nós!

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição)".

Anterior deste capítulo: Bíblia, Papas, Santos e Teólogos afirmam que Maria é Co-Redentora

Clique aqui para ler mais sobre o Papa Santo e outras coisas mencionadas comumente nas profecias
 


Baseando-nos em artigos anteriores sobre as ações primordiais do vindouro Papa Santo, dissemos que o texto da proclamação do dogma da mediação universal de Nossa Senhora seguirá a estrutura da proclamação do dogma da Imaculada Conceição pelo Papa Pio IX.

A primeira parte da proclamação do dogma, isto é, a explicação propriamente, poderá lançar mão dos textos compilados nos seguintes artigos:

Nossa Senhora dos Prazeres, a primeira pessoa que Jesus Cristo ressuscitado apareceu. Provas pela Escritura, Santos e tradições litúrgicas

Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Prova pela Sagrada Escritura, Papas, liturgias tradicionais da Igreja e Santos

Bíblia, Papas, Santos e Teólogos afirmam que Maria é Co-Redentora

***


Texto da proclamação do dogma da mediação universal e da Co-Redenção de Nossa Senhora pelo Papa Santo. Hipótese Teológica

Não é indispensável que o vindouro Papa Santo fale toda a primeira parte, o que cremos que ele não o fará, visto a excessiva largura do texto em relação à brevidade da proclamação, segundo hipotetizamos. Talvez só publique oficialmente depois. Exige-se, no mínimo, o texto da definição abaixo para a validez da proclamação
.

Acréscimo da 3a edição: desde a primeira edição, infligiu-nos a cegueira de que o dogma da Co-Redenção de Nossa Senhora não era tão importante, uma vez que fosse proclamado o da Mediação Universal de todas as graças. Asneiras como: "Neste dogma da Mediação Universal já está contido o da Co-Redenção", "é trabalhoso e requer estudo aprofundado, dirimindo questões teológicas", "Da Mediação Universal já viria uma forte devoção mariana" nos punha em um ledo engano, o qual talvez tenha passado com Papas do passado, como Pio XII ao proclamar somente a Assunção. É preciso ter pressa, ainda mais em matéria de Devoção Mariana, tão urgente ao mundo hoje, e é preciso que a proclamação de um Dogma pelo Papa Santo seja a mais Contra-Revolucionária possível. Ora, a mera palavra "Co-Redenção" já é anti-ecumênica. Mais que tudo, foi o ódio dos filhos da iniquidade a esse título que nos abriram os olhos para a necessidade da proclamação deste dogma, mesmo que não tivesse grande base teológica. Assim, foram inclusos na hipótese o dogma da Co-Redenção, bem como detalhes adicionais que indicam base nas profecias públicas.

A seguir colocamos a definição e a exortação final. Em negrito as partes idênticas ao dogma proclamado por Pio IX. 


- Definição

Para que se cumpram as profecias sobre a Santíssima Virgem Maria, a fim de que ela seja coroada na frente do mundo inteiro, e coroada com a coroa de doze estrelas, das doze tribos de Israel, das doze portas do céu, coroada Rainha de todo o povo de Deus, Rainha dos céus e da terra, dispensadora de todas as graças aos homens e Co-Redentora do Gênero Humano, inauguramos assim, nestes "últimos tempos" (Mq IV), a sexta Era cristã, a Era do "reino da filha de Jerusalém" (Mq IV), a Era do Reino de Maria, para a qual Deus "aniquilará todos os deuses da terra" (Sf II), exterminará "da terra até os nomes dos ídolos" (Zc XIII), e "cada um será passado pela espada do seu irmão" (Ageu II), em "dia de trevas e de escuridão" (Joel II), começando "pela cidade, onde meu nome foi invocado" (Jr XV). Sim, Deus o fará mediante "um único pastor" que apascente as ovelhas (Ez XXXIV), mediante o "seu servo Davi", que "será príncipe no meio delas" (Ez XXXIV), e a "belicosa milícia que vem de uma terra longínqua" (Is XIII) para findar a fome que Deus enviou "sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor" (Amós VIII), e não mais se oferecerá no altar de Deus "um pão imundo" (Ml I). Depois disso, "Deus habitará numerosas nações" (Mq IV), que virão "congregadas do oriente até o ocidente" (Baruc IV), e "não haverá mais mercadores na casa do Senhor dos exércitos" (Zc XIV). Para tanto, proclamamos isto infalivelmente:

Pelo qual, depois de oferecer sem interrupção a Deus Pai, por meio de seu Filho, com humildade e penitência, nossas privadas orações e as públicas da Igreja, para que se dignasse dirigir e assegurar nossa mente com a virtude do Espírito Santo, implorando o auxílio de toda corte celestial e invocando com gemidos o Espírito paráclito, inspirando-nos Ele mesmo, para honra da Trindade Santa, para glória e honra da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica e aumento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a dos santos apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa: declaramos, afirmamos e definimos que tenha sido revelada por Deus e, de conseguinte, que deve ser crida firme e constantemente por todos os fiéis, a doutrina que sustenta que a santíssima Virgem Maria, Imaculada, sempre Virgem, Assunta em corpo e alma à glória celestial no fim de sua vida terrestre, 
quando concebeu do Espírito Santo o Verbo de Deus humanado, tornou-se a Medianeira de todas as graças dadas pela Providência ao gênero humano e, quando na Cruz foi completada a obra da Redenção do gênero humano, tornou-se Co-Redentora, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, na atenção aos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano. Razão pela qual, se alguém presumir sentir em seu coração algo contra o que nós temos definido, que Deus não o permita, tenham entendido e saibam aliás que se condenam por sua própria sentença, que tem naufragado na fé e que se tem separado da unidade da Igreja, que aliás, se ousarem manifestar de palavra ou por escrito, ou de outra qualquer maneira externa, ou que sentirem em seu coração, por estas coisas estejam sujeitos às penas estabelecidas pelo direito.


- Sentimentos de esperança e exortação final

Nossa boca está cheia de alegria e nossa língua de júbilo e damos humildíssimas e grandíssimas graças a Nosso Senhor Jesus Cristo e sempre as daremos, por havermos conhecido até mesmo sem merecê-lo, o singular benefício de oferecer e decretar este honra, esta glória e louvor à sua santíssima Mãe. Mas sentimos firmíssima esperança e confiança absoluta de que a mesma santíssima Virgem, que toda formosa Medianeira Universal e Co-Redentora triturou a venenosa cabeça da crudelíssima serpente e trouxe a saúde ao mundo, a glória dos profetas e apóstolos, a honra dos mártires, a alegria e coroa de todos os santos, refúgio seguríssimo de todos os que estão em perigo, fidelíssima auxiliadora e poderosíssima mediadora e conciliadora de todo o mundo da terra ante seu unigênito Filho, gloriosíssima glória e adorno da santa Igreja, firmíssimo baluarte que destruiu sempre todas as heresias e livrou sempre das maiores calamidades de toda ordem os povos fiéis e nações, a nós mesmos nos tirou de tantos ameaçadores perigos; fará com seu valiosíssimo patrocínio que a santa Mãe Católica Igreja, removidas todas as dificuldades e vencidos todos os erros, em todos os povos, em todas as partes, tenha vida cada vez mais florescente e vigorosa e reine de mar a mar e do rio até os términos da terra e desfrute de toda paz, tranquilidade e liberdade, para que consigam os réus o perdão, os enfermos o remédio, os fracos a força, os aflitos o consolo, os que estão em perigo a ajuda oportuna e limpe a escuridão da mente, os desviados retornem ao caminho da verdade e da justiça e que se forme um só rebanho e um só pastor.

Escutem estas nossas palavras todos nossos queridíssimos filhos da católica Igreja e continuem, com fervor cada vez mais aceso de piedade, religião e amor, venerando, invocando, orando à santíssima Mãe de Deus, a Virgem Maria, Medianeira de todas as graças
e Co-Redentora do Gênero Humano, e se acheguem com toda confiança a esta dulcíssima Mãe de misericórdia e graça em todos os perigos, angústias, necessidades e em todas as situações obscuras e terríveis da vida. Pois nada se há de temer, de nada há que desesperar se ela nos guia, patrocina, favorece, protege, pois tem para conosco um coração maternal e, ocupada nos negócios de nossa salvação, preocupa-se com todo o gênero humano, constituída, pelo Senhor, Rainha do céu e da terra e colocada acima de todos os coros dos anjos e coros dos santos, situada à direita de seu unigênito Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, sempre alcança com suas valiosíssimas súplicas maternais e encontra o que busca, mas não é capaz, quando desapontada. Finalmente, para que chegue ao conhecimento da Igreja Universal esta nossa definição da Mediação Universal da Santíssima Virgem Maria e da sua Co-Redenção do Gênero Humano, queremos que, como perpétua recordação, sejam estas nossas cartas apostólicas; e mandamos que a suas cópias ou exemplares ainda impressos sejam firmados por algum notário público e resguardados por selo de alguma pessoa eclesiástica constituída em dignidade, para que dêem todos, exatamente o mesmo crédito que dariam a estas, se lhe fossem apresentadas e mostradas.

A ninguém, pois, lhe seja permitido quebrar esta página de nossa declaração, manifestação e definição, ou colocar-se a ela e fazer a guerra com ousadia temerária. Mas se alguém se presumir intentar fazê-lo, saiba que incorrerá na indignação de Deus e dos santos apóstolos Pedro e Paulo.


Dado em (dia) de (mês) de (ano), (nome do Papa)

 
Próximo deste capítulo: Hipótese teológica sobre a TFP ser os "apóstolos dos últimos tempos", por Plinio Corrêa de Oliveira