As dez tribos perdidas de Israel: o retorno destas nas profecias (parte 5). Hipótese Teológica.

As dez tribos perdidas de Israel: o retorno destas nas profecias (parte 1). Hipótese Teológica. 

As dez tribos perdidas de Israel: o retorno destas nas profecias (parte 2). Hipótese Teológica. 

As dez tribos perdidas de Israel: o retorno destas nas profecias (parte 3). Hipótese Teológica.

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Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. III)".

Anterior deste capítulo: As dez tribos perdidas de Israel: o retorno destas nas profecias (parte 4). Hipótese Teológica. 

Neste artigo apontaremos evidências históricas para embasar certas hipóteses anteriormente aventadas sobre as tribos perdidas. Consideramos forçadas e a-católicas muitas teses escritas (há muito tempo) neste assunto, portanto escolhemos as mais sensatas.

- O Xintoísmo, religião tradicional dos Japoneses, tem uma origem israelita misturada com paganismo. Ele é um rastro das dez tribos perdidas, as quais foram também ao extremo-oriente

Ritual relembra sacrifício de Abraão

Na prefeitura de Nagano, há um grande santuário Xintoísta chamado "Suwa-Taisha". O Xintoísmo é a religião tradicional do Japão. No Suwa-Taisha, o festival tradicional chamado "Ontohsai" é celebrado todo ano 15 de Abril. Esse festival ilustra a história de Isaac no capítulo 22 do Gênesis na Bíblia na qual Abraão estava para sacrificar seu filho Isaac. Este festival é celebrado desde os tempos antigos e é considerado o mais importante festival do "Suwa-Taisha".

Próximo ao santuário "Suwa-Taisha" há uma montanha chamada Monte Moriya ("Moriya-san" em Japonês). E o povo da área de Suwa chama o Deus do monte Moriya de "Moriya no kami" que significa "o Deus de Moriya". No festival, um garoto é amarrado com um corda em uma pilastra de madeira, e colocado em um carpete de bambu. Um sacerdote Xintoísta chega perto, preparando uma faca, mas um mensageiro (outro sacerdote) chega, e o garoto é liberado. Isso lembra a história de Isaac, que foi libertado da morte pelo anjo que impediu o sacrifício de Abraão. Nesse mesmo festival animais são sacrificados. Atualmente, o costume de amarrar o menino não é mais feito no ritual.

Monges xintoístas e seus costumes: semelhanças notáveis com os israelitas antigos

Os "Yamabushi" são monges ascetas de montanhas tradicionais do Japão. Hoje, pensa-se que eles pertencem ao budismo japonês. Mas o Budismo na China, Coréia, e na Índia não tem este costume. O costume dos "yamabushi" existiu no Japão antes do Budismo ser importado ao Japão no sétimo século.

As vestimentas que usadas são basicamente brancas; Na testa, eles usam uma pequena caixa preta chamada "tokin", na qual é presa à cabeça com uma corda preta. Ela realmente lembra o judeu (ou israelita) usando o "filactério" (caixa preta) na sua testa com uma corda preta. O tamanho da pequena caixa "tokin" é quase o mesmo do judaico "filactério". Mas o formato do "tokin" é redondo e parece uma flor.

Ainda, os "Yamabushi" usam uma grande concha do mar como corneta. Ela é muito similar ao costume judeu de soprar um "shofar", ou chifre de carneiro. Os "Yamabushi" usam concha do mar ao invés de carneiro, talvez porque no Japão não há ovelhas. 

Também os japoneses xintoístas carregam durante festivais o chamado "omikoshi". Este possui inúmeras similaridades com a Arca da Aliança. Os japoneses cantam e dançam na frente deles com gritos, e com o som de instrumentos musicais. 

Também eles possuem sua "arca da aliança" para procissão em rituais

Eles carregam o "omikoshi" nos ombros com varas. Diz a Sagrada Escritura: "Os filhos de Levi tomaram a arca de Deus aos ombros pelos varais, como Moisés tinha ordenado conforme a palavra do Senhor" (1 Cron XV, 15).


A Arca Israelita também possuía duas estátuas de querubins de ouro no topo (o querubim é um tipo de anjo). Eles tinham asas como pássaros. O "omikoshi" japonês também exibe no topo o pássaro dourado chamado "Ho-oh", um pássaro imaginário, celeste e misterioso. Toda a Arca Israelita era banhada com ouro, e também o "omikoshi" é quase inteiramente assim. Os dois objetos são mais ou menos do mesmo tamanho.

Semelhanças linguísticas

Joseph Eidelberg, no seu livro "The Biblical Hebrew Origin of the Japanese People", encontrou mais de 500 palavras japonesas semelhantes na pronúncia e no significado ao hebraico. É claro que muitas transformações ocorreram durante os séculos, e muitas dessas palavras podem ter originado de outras línguas das quais o japonês deriva. No entanto, todas são mais ou menos da região oriental, onde viveram parte das tribos perdidas de Israel. Portanto, a informação não é um obstáculo para as nossas hipóteses, antes as confirmam.

- Citas e Cimérios, partes das tribos perdidas com rastros de Efraim e Manassés

No Antigo Testamento, o povo de Israel era geralmente chamado de "Casa de Israel" (Heb. beit Yisrael) e, frequentemente, "Casa de Isaac" (Heb. beit Yitzak, Amós VII, 16). Por volta de 751 B.C. (30 anos antes da deportação Assíria das tribos do Norte) o profeta Amos disse: "Os altos consagrados de Isaac serão destruídos, os santuários de Israel serão derrubados" (Amós VII, 9). 

Na mesma Escritura, Isaac e Israel significam o mesmo povo: Israel. O profeta Amós diz: "O Senhor pegou em mim, quando eu andava atrás do meu rebanho, e disse-me: Vai, e profetiza ao meu povo de Israel" (vers.15). Amós falou a Amazias, rei de Judá, "Ouve pois, agora, a palavra do Senhor: Tu dizes-me: Não profetizes contra Israel, nem profiras oráculos contra a casa de Isaac" (vers.16). Na versão da Vulgata, "casa de Isaac" em ambos os versículos torna-se "ídolo", mas usamos aqui a versão hebraica que diz "yiś-ḥāq".

Assim, podemos notar que o Reino de Israel era chamado de "Casa de Isaac" décadas antes do Reino do Norte ser destruído e seu povo levado ao cativeiro. Esse povo falou aos seus sequestradores que eram o povo de "Beit Yitzak". Como a língua Assíria era uma língua semítica próxima da língua hebraica, os Assírios podem ter começado a se referir aos da casa de Israel não somente pelo nome de "Casa de Omri", mas por "Casa de Isaac".

Eles se referem ao Rei Acab de Israel nos documentos antigos assim: "A-ha-ab-bu Sir-'i-la-a-a" [1]. Claramente tiraram o "Yi" de "Yisra'el" (ou o "I" de Israel). Não poderia ocorrer o mesmo para Yitzak? Sim. Tirando o "Yi", fica "Tzak" (ou o "I", ficando "Saac" ou no plural "Saccae"). 

Os mapas de Ptolomeu sobre a área daquele exílio revela os nomes Israelitas das cidades. Uma região é chamado "Sacarum Regio" "Reino de Saccae". "Saccae era o contemporâneo termo do Oriente-Médio para os Citas e acreditava-se que o nome derivava de "Isaac" [2]. Herodotus escreve, "O Sacae, que são Citas (...). Estes eram Citas Armígios (em inglês: "Amyrgian Scythian") mas eram chamados "Sacae", isto é, o nome Persa para todos os Citas" [3]. Qual tribo tinha primariamente o nome de Isaac? Efraim e Manassés (Gn XLVIII, 16). Eram as tribos líderes do Norte. No tempo do exílio, o nome dos Cimérios e dos Citas surge.

Citas e Cimérios se identificavam também por viverem no mesmo local, que foi um dos lugares aonde foram exiladas as tribos: Mannae

Os Israelitas foram levados da Assíria Central até os extremos do Império. Guerreiros Sírios e Israelitas foram absorvidos no exército Assírio e rapidamente começaram a ganhar poder e influência. Os Assírios levavam a sua cavalaria para Mannae (na fronteira da Assíria e de Urartu) para treinamento. Mannae era um dos lugares aonde os Israelitas foram exilados. Mannae também foi uma das primeiras regiões em que foram reconhecidos os Citas. "Os Citas foram para o meio de Manaae", diz uma inscrição Assíria antiga [4]

Mannae também estava destinada a ser um centro Cita. Os Citas eram o mesmo povo que os Cimérios, ou em algum grau os Citas e Cimérios eram "(...) dois grupos de pessoas que parecem inclinados a agir nas mesmas regiões geográficas, e que os nomes parecem ser já interligados nas fontes Assírias" [5]

Costumes dos Citas idênticos aos dos judeus

Segundo Herodotus, os Citas abominavam suínos e sua carne, "(...). estes Citas não fazem oferendas de suínos, nem eles são favoráveis, pela maior parte, de criá-los em sua região" [6]. Eles diziam ser "a mais jovem das nações" [7].

Citas deram origem aos Saxões, o que é verificado pelas fontes antigas e pela etimologia da palavra

Ptolomeu menciona o povo Cita, saído de Sakai, pelo nome de Saxões, saído de Media [8]. Este povo era chamado Saxoi, no ponto Euxino (Mar Negro), de acordo com Stephanus [9]. Albinus também diz que os Saxões são descendentes da Antiga Sacae da Ásia, e que eventualmente foram chamados Saxões. Plínio disse: "Os Sakai estavam entre os mais distinguíveis do povo da Cita, que se estabeleceu na Armênia, e eram chamados Sacae-Sani". Prideaux encontra que os Cimbros vieram do Mar Negro e do Mar Cáspio, e que com eles vieram os Anglos. Sharon Turner, a grande historiadora Saxã, diz: "Os Saxões era uma Nação Cita, e eram chamados Saca, Sachi, Sacki, Sach-sen" [10]. Gawler, no livro "Our Scythian Ancestors" (página 6), diz: "A palavra 'Saacae,' é justamente, e sem auxílio da imaginação, transcrita como "Isaacites".

De acordo com a etimologia da palavra "Saxão", Yatman diz: "Sua história é a seguinte: Os Persas usavam o termos Sacae e Cita como conversíveis, seja por uma corrupção vinda de uma das palavras ou porque Sacae, a grande tribos dos Citas, tinham fronteiras com eles, e por isso eram chamados por um nome tribal. Já sobre a identidade dos Sacae e dos Citas não há sombra de dúvida, pois é claro que este povo chamava seu país de Sacesena. É igualmente claro que os Saxões da Inglaterra eram os Citas ou Celto-Citas. Sua posição geográfica na Europa é precisamente descrita por Plutarco, Tacitus, Ptolomeu, e outros autores". O conhecido historiador Strabo também afirma que os mais antigos historiadores gregos conheciam os Sacae como um povo que vivia além do Mar Cáspio. Diodorus diz: "Os Sacae saíram de um povo na Média (região do Império Medo) e obtiveram um vasto e glorioso império".

A palavra Saxão é usualmente derivada das palavras "saks", ou "sax". Dr. W. Holt Yates diz: "A palavra Saxão vem de "Filhos de Isaac" (em inglês, Sons of Isaac). Tirando o prefixo "I", e adicionando "ons", isso nos dá "'Saac, Saach, Saax, Saach sen". Ele nos mostra que na maior parte das línguas orientais "Filhos de" ("Sons of" em inglês), é escrito "Sun-nia", como em escocês "Mac" significa "filho de", por exemplo, "Macdonald" significa "filho de Donald". Assim, no Oriente, "Saic Sunnia", significa "Filhos de Isaac". Essa tese é razoável porque, como vimos, era comum tirar a letra inicial no Oriente. Tirando o "I" inicial temos "Saac", já a letra c é costumeiramente, por ter fonética parecida, trocada pela letra k, como também o é pela letra x. Disso temos "Saax". Agora adicione a terminação "ons" derivada de sunnia ("filhos de") teremos "Saxons" (Saxões em inglês) [11]. Assim: Sons of Isaac, Sons of Saac, SaacSunnia, Saac-Suna, Saac-Sena, Saac-pena, Esakska, Sacae-Amyrqui, Beth-Sakal (Casa de Isaac), Sunnia Sakai-Suna, Saca-Suna, Sacae-Sunnae, Sackisina, Sacka-Sacia, Saca-Cine, Saka-Suna, Sacas-Sani, Sakas-Saeni, Saxi-Suna, Sach-Suni, Sachi, Sacha, Sa-kah, Saa-chus, Saa-cus, Sa-cho, Saxo, Saxoi, Saxonia, Sax-ones, Saxae, Sach-sen, Sack-sen, Saxe-sen, Saxone, Saxony, Saxon' [12].

Mais adiante, por causa destes detalhes históricos, os Citas passaram a designar tribos germânicas. De fato, os Citas haviam migrado para a Europa. 

O autor Talbot Rice nota que todos os rastros dos Citas largamente desapareceram no segundo século na Ásia e no Sul da Rússia [13]. Os romanos orientais continuaram a falar convencionalmente "Citas" para designar tribos Germânicas e confederações [14]. Os Citas migraram para a Alemanha. Mas Plínio escreve que "o nome de Citas foram transferidos juntos para a Samatae e para a Germânia" [15]. A Sarmatae é considerada Citas, segundo escrevem gregos como Herodotus [16]. Esse era o nome Israelita de uma das cidades antigas da Samaria. Porém, como o historiador antigo Plínio diz, os Romanos juntaram  todos esses clãs, e chamaram de Alemães (ou Germânicos). De fato, o movimento principal da Ásia para a Europa foi o dos Citas [17].

-Tribo de Dan na Grécia e na Irlanda

A Tribo de Dan tinha em grande apreço o comércio marítimo, e daí surgiu suas ligações com a Grécia

Os Danitas migraram ao Norte para Lais, tomaram uma cidade, e chamaram-na Dan, em memória do Pai destes (Juízes XVIII). A cidade do Norte Lais, agora chamada Dan, pela tribo de Dan, dista mais ou menos trinta milhas do antigo conhecido porto de Tiro. Assim, os antigo Danitas provavelmente tinham frequentes contatos com o povo de Tiro, que na verdade era ocupado pelos seus parentes da tribo de Aser (Josué XIX, 29). Então, tinham acesso ao local a qualquer tempo. Em II Crôn II, 14 vemos os Danitas morando na cidade de Tiro. O povo de Tiro era um povo de comércio marítimo e navegação (Ez XXVII). Esse povo construiu Tiro e Sidônia na costa do Líbano. Em 1200's A.C., antes que Dan fosse para Lais, em uma canção comemorando a grande vitória Israelita, a juíza Débora lamentou que, durante a batalha, "Galaad repousava no lado além do Jordão, e por que Dan ficou nas naus?" (Jz V, 17) [18]. Os Danitas estavam tão preocupados com o mar e o comércio marítimo que eles escolheram ficar nos barcos a ajudar seus irmãos. 

Aonde eles iam? O historiador C.W. Muller notou que, “Hecataeus de Abdera, historiador grego do quarto século A.C. (...) nos fala que os Egípcios, tendo sofrido as calamidades (dez pragas do Egito), para que a Ira Divina fosse aplacada, expulsaram todos os estrangeiros (israelitas) situados lá. Desses, alguns, sob a liderança de Danuss e Cadmus, migraram para a Grécia, outros para outras regiões, a maior parte para a Síria (Canaã). O líder deles foi dito ser Moisés, um homem cheio de sabedoria e coragem, fundador e legislador do Estado" [19].

Ligações entre os Gregos e os Danitas

Um livro intitulado Hellenosemitica (1965) mostra como os Gregos "Helênicos" e os Israelitas "Semitas" eram intimamente ligados. Ele sustenta dois ramos de Danitas (“Danunians” e “Danaans”), e mostra que esse povo uma vez ocupou a ilha de Chipre. Também menciona "a tradição de Chipre de migração de Danaan do oriente do Mediterrâneo" [20]. Essa era a mesma região assinalada para a tribo de Dan quando Josué levou as doze tribos de Israel para a terra prometida.

O professor Allen H. Jones (autor de "Bronze Age Civilization—The Philistines and the Danites"), relaciona os Danaans, um nome que o famoso poeta Homero usava para todos os gregos, à tribo Israelita de Dan [21].

No livro do profeta Ezequiel lemos: "Os da tribo de Dan, os da Grécia e os de Mosel expuseram à venda nos teus mercados obras de ferro polido, a mirra destilada e a cana aromática entravam no teu comércio" (Ez XXVII, 19).

Hércules, inspirado em Sansão

Sansão foi um juiz em Israel da Tribo de Dan. Os Danitas, quando viajavam para a Grécia, conforme hipotetizamos, por ainda manterem comércio e trocas com Tiro, que eram da Tribo de Aser, contava aos gregos sobre Sansão e sua história. Assim, os comerciantes voltavam para a Grécia e contavam a história. É interessante notar, a "Encyclopedia of the Classical World," afirma, "Os contos dos seus feitos heróicos levaram a supor que Hércules era originalmente uma figura histórica".

Ambos, Hercules e Sansão, eram incrivelmente fortes, ambos mataram um leão com as próprias mãos. Ambos eram virtualmente invencíveis. Flavius Josefus, o antigo historiador, descreve que Sansão primeiro estrangulou o leão, exatamente o que Hercules fez.

Por que ele é chamado "Hercules"? A palavra em grego é "Heracles", que é virtualmente idêntica ao plural de "comerciante" em Hebraico: "Heraclim". E Heracles é dito vir de "Argos". Os mitos gregos dizem que o povo de Argos eram de Danioi, dos quais descendem o patriarca "Danaos", que era filho de "Bela". Na Bíblia, o patriarca hebreu Dan era filho da concubina "Bala" (Gn XXX, 3-6) [22].

Testemunho de Josefo, o historiador judeu

Esse historiador mostra que os Lacedemonios (habitantes da Lacônia na Grécia) eram na verdade Israelitas, e por isso proximamente relativos aos judeus. Josefo relaciona uma incrível carta de Esparta para Judá: "Jonâtan o sumo sacerdote da nação judaica (...) para o ephori e o senado e o povo da Lacônia (Lacedemônia), manda cumprimentos:

"Quando, nos tempos anteriores uma epístola foi trazida para Onias, que era então o nosso sumo sacerdote (...) nós descobrimos que ambos os judeus e os Lacedemonios eram do mesmo local, e derivados do parentes de Abraão (...), considerando o parentesco que há entre nós e vós (...). Faz um bom tempo desde que essa relação nossa para com vós é renovada, e quando nós, nos sagrados dias festivos oferecemos sacrifícios para Deus, rezamos para Ele para a sua preservação e vitória (...)" [23].

Traços de Dan que partem da Grécia ao norte da Europa

Jacó profetizou que Dan seria uma "serpente no caminho" (Gn IX, 16-17) significando que ele deixaria um traço onde quer que fosse. Quando foram para a região da Irlanda, deixaram traços por toda a Europa. Vejamos: em hebraico se considera as não vogais, logo, "Dan" é escrito "DN", ou o seu hebraico equivalente. Assim, palavras como Dan, Din, Don, Dun, Den, ou Dn, correspondem ao nome de Dan.

O Professor Totten declara: "Não há maior tema nos anais da história do que a história do avanço dos Anglo-Saxões para o ocidente. Os vários lugares da Europa marcam os lugares que eles passaram, e na raiz de quase todos os seus antigos nomes (Dan, Don) está a lembrança da sagrada fonte do rio Jordão, da qual, tão longe, como exilados, eles saíram. Foi a colônia pequena de Dan, que obedecendo à tendência tribal de nomear tudo o que eles capturavam (Jz XVIII, 1-29) seguindo seu pai, deixaram muitos traços no mundo, como uma pista [24].

A Dinamarca, moderno país da Europa ao norte da Alemanha, significa, literalmente, "Marca de Dan". O povo dali se chama dinamarqueses (em inglês, "Danes"). De fato, porque no passado a Dinamarca governava toda a região em volta, a península tomou dela o nome de "EscanDINávia" (hoje Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca). "De acordo com a tradição dinamarquesa (...) Jutland (a região da Dinamarca) foi adquirida por Dan (...), o ancestral dos dinamarqueses, da onde o nome deriva [25]. Os dinamarqueses alegam descender de "Dan, o grande", significando Dan de Israel [26].

Traços de Dan na Irlanda

Na Irlanda, atualmente, encontramos esse evidente costume de nomear lugares. Nomes como Dans-Lough, Dan-Sower, Dan-Monism, Dun-dalke, Dun-drum, Don-egal Bay, Don-egal City, Dun-glow e Lon-don-derry, assim como as Din-gle, Dun-garven e Duns-more, que significa "mais Dans". Assim, é significativo que os antigos Danitas se estabeleceram na Irlanda, e sua maioria parte vivem na região hoje. Também não é coincidência que na língua irlandesa a palavra "Dun" ou "Dunn" signifique "Juiz" do mesmo modo que "Dan" significa em hebraico. Lembramos aqui que apesar disso, não descartamos a vinda de outros povos para esse lugar, como se acreditássemos que a Irlanda fosse formada só por Danitas. Nosso intuito é mostrar que no âmbito místico das profecias esse lugar é simbolizado por essa tribo.

Os documentos mais antigos da história da Irlanda, embora considerados falsos por alguns, revelam que os primeiros habitantes do país eram chamados "Nemedianos," por causa de seu líder, "Nemed", e eram provenientes "do patriarca Jacó", e que eles vieram do litoral do Mar Negro (ponto euxino) [27].

É possível que alguns desses descendentes de Jacó, ou seus netos, migraram para a Irlanda durante o tempo de fome extrema que abateu o Oriente-Médio no tempo de José, por volta de 1707 A.C. Essa fome durou sete anos na região (Gn LXI, 31, 54-57). É mais ou menos no tempo em que os Nemedianos entraram na Irlanda, de acordo com a história: teriam ficado por lá entre 1709-1492 A.C. Durante esse tempo, a maioria dos israelitas estava no Egito. Antes do Êxodo, os Nemedianos foram conquistados pelos Fomorianos, e uma colônia daqueles foi para a Grécia, onde outros israelitas danitas tinham se estabelecido, depois de saírem do Egito. Depois retornaram para a Irlanda, agora conhecida como Fir bolg. Nesse tempo, após reinarem por lá 30, 40 anos, uma nova tribo conquistou Fir bolg, chamada "Tuatha de Danaan". Essa tribo também morou na Grécia, e daí migrou para a Dinamarca e a Noruega, depois para Irlanda [28].

Resumo da hipótese desta série: o retorno das dez tribos perdidas à Israel, profetizado no Antigo Testamento, não ocorreu até a época da Epístola de S. Tiago por ser um símbolo da reunião da humanidade (representada pelas doze tribos) para o seio da Santa Igreja Católica Apostólica Romana (prefigurada por Israel) no tempo do Reino de Maria. Por isso, não se pôde achar senão rastros das tribos, misturados a elementos pagãos, por todo o globo, o que frustrou as expectativas dos antigos sobre a descoberta de um continente onde todas viviam.

 

Próximo deste capítulo: Teoria dos Três Animais Príncipes, resposta a objeções

 

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[1] Pritchard, Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament, pp. 277-281 
[2] The Tribes, Davidy, p. 128 
[3] Livro 7 cap. 64. v2
[4] E. Raymond Capt, "Missing Links Discovered in Assyrian Tablets", 1985 p.115 citando a Carta 112, "Arad-Sin to the Overseer of the Palace"
[5] Kristensen, Anne Katrine Gade "Who were the Cimmerians, and where did they come from?", Copenhagen, 1988, p.102
[6] Histories, bk.4 cap.63
[7] ibid, book 4, cap.5
[8] J.H Allen, Joseph's Sceptre chapter 5
[9] Stephanus de Urb. et. I'op. p. 657
[10] J.H Allen, Joseph's Sceptre chapter 5
[11] Cheshire Notes and Queries, Volumes 3-5,, Origin of the British People, pp.20-21
[12] "Our Race, "Judah's Scepter and Joseph's Birthright, pg. 294 
[13] The Scythians, p.25
[14] Zosimus, Historia Nova, 1.23 & 1.28, também Zonaras, Epitome historiarum, book 12. E o título "Scythika" (similar a "Scythians", Citas em inglês) do livro perdido do historiador grego do terceiro século Dexippus, que narrou as invasõs germânicas de sua época.
[15] Dilke, Greek and Roman Maps, p.46
[16] Britannica, Vol.19, p.1001
[17] Britannica, vol.12 "Indo-Europeans; subhead "Migrations", p.263
[18] Na versão da Vulgata não tem o sentido de pergunta, mas na versão hebraica tem
[19] Fragmenta Historicorum Graecorum, vol. 2, p. 385
[20] pp. 14, 79
[21] “Danaans and Danites—Were the Hebrews Greek?,” Biblical Archaeology Review, Junho 1976 
[22] "The Tribe of Dan are the Danes (Denmark) and the Irish", Peter Salemi. Em http://www.british-israel.ca
[23] Antiguidades dos Judeus, livro 12 capítulo 4 sec 10; XIII, 5, 8 
[24] Citado in Allen, Judah's Sceptre and Joseph's Birthright, p.263-64
[25] “Denmark,” Encyclopaedia Britannica, 11th ed., vol.8
[26] Saxo Grammaticus; "The First Nine Books of Saxo Grammaticus of the Danish History"
[27] Thomas Moore, The History of Ireland, Vo.1, p. 63
[28] Moore, p. 60