Dr. Plinio prevê a anexação Nazista da Áustria em 37 e da Checoslováquia em 38, e a invasão da Rússia apesar da colaboração Hitler-Stálin

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição)".

Segundo o próprio Dr. Plinio conta de modo impressionante recapitulando artigos no jornal "O Legionário", o qual dirigia, durante e pouco antes da Segunda Guerra Mundial [1]. Com subtítulos nossos em negrito sem aspas.

"A Áustria abandonada"

"Nas vésperas de se dar o nefando “Anschluss” [anexação da Áustria pela Alemanha nazista], mostrou o “Legionário” a situação crítica a que estava reduzida a católica Áustria, desamparada em seus esforços no sentido de afastar o perigo nazista que a ameaçava.


Assim nos referimos em nossa “Nota Internacional” de 27 de fevereiro de 1938:

“O abandono da Áustria pelas nações democráticas, e a benevolência com a que a Itália permitia a prossecução da política nazista no antigo império, levada por outros interesses que dependem do apoio de Hitler, levaram o chanceler Schuschnigg a entrar em entendimento direto com o Reich”.

E mais adiante:

“É verdade que as garantias nazistas nada valem. O axioma comunista que julga moral o que for favorável ao proletário tem completa aplicação no nazismo, segundo o anuário do partido, pelo que não se pode ter a menor confiança na honestidade hitleriana.

Mas Schuschnigg continua disposto – é o que afirmou no Reichstag – a não consentir na nazificação do país” [2].

"O jogo “nazismo versus comunismo”" para, enfim, anexar a Áustria"

E nos “7 Dias em Revista” de 6 de março de 1938 [3], justamente uma semana antes do golpe nazista que impôs o “Anschluss” denunciávamos a seguinte manobra tão nossa conhecida de golpes “direitistas” para salvar o povo do perigo “esquerdista”:

“Tiveram plena confirmação nossas previsões a respeito do verdadeiro móvel que levou o Sr. Hitler a exigir a soltura dos comunistas austríacos. Muito hipocritamente, os nazistas austríacos e seus correligionários alemães andam, agora, a bradar contra a propaganda comunista na Áustria, afirmando que até na Frente Patriótica (isto é, no partido nitidamente católico que apoia o Sr. Schuschnigg), os comunistas conseguiram criar células de propaganda. Daí a conseqüência tirada pelos nazistas, que já prenunciamos em nosso último número: só o nazismo salvará a Áustria do comunismo.

Se chamamos a atenção dos leitores para esta comédia, fazêmo-lo com o único fito de demonstrar que o nazismo se serve do comunismo como mero pretexto para obter a simpatia do elemento anticomunista, mas que, na realidade, ele não tem a menor intenção de combater o comunismo a fundo".

"Comprova-se a hipocrisia"

E nos “7 Dias em Revista” do próprio dia do “Anschluss” [4], antes que aqui chegasse a notícia:

“É interessante notar que os nazistas são constantemente derrotados e repelidos pela Áustria, e pretendem que os católicos não têm forças nem meios para combater os comunistas.

Ora, se a Frente Patriótica católica, de que é chefe o Sr. Schuschnigg, não tem forças para combater o comunismo, e o nazismo não tem forças para vencer nem sequer a Frente Patriótica, fica arqui-provado que o nazismo nunca conseguiria vencer o comunismo na Áustria, e que se os nazistas fossem sinceros, deveriam aliar-se ao Sr. Schuschnigg para combater o comunismo. Em lugar disto, depois do “acordo” de Berschtesgarden os comunistas são soltos e os nazistas atacam o Sr. Schuschnigg.

E nessa trama sinistra teve papel relevante o Judas von Papen, embaixador de Hitler em Viena e alma danada do golpe que culminou no ‘Anschluss'”.

Ímpeto anexador totalitário de Hitler é previsto: "“agentes provocadores” de agitações na massa com o fito de permitir a Hitler a sua ação “pacificadora”"

A 19 de junho de 1938 [5] denunciava o “Legionário” “a ofensiva nazista” que se organizava sob comando único.

Depois da Áustria, previa a anexação da Checoslováquia e da Polônia.

Referindo-se a Conrado Henlein como “a principal figura de uma questão que ameaça incendiar o mundo (a dos sudetos), dizia o “Legionário” de 19 de junho de 1938:

“Supõe-se que ele procura remédios, parece, porém, procurar pretextos.

É o mesmo método peculiar a Berlim. Quer se chame Seyes Inquart, na Áustria, Codreanu na România ou Henlein na Checoslováquia, serve-se sempre de demagogos e agitadores, “agentes provocadores” de agitações na massa com o fito de permitir a Hitler a sua ação “pacificadora” e “civilizadora.

Henlein… quer enfim, dentro do estado parlamentar e democrático checo, criar um poder totalitário e ditatorial!”


Invasão da Rússia apesar da colaboração Hitler-Stálin, "plausibilidade de um breve entrechoque nazi-comunista"

"Mais de uma vez previmos a agressão nazista à Rússia, a despeito da íntima colaboração de Hitler e Stalin, após o pacto Ribbentrop-Molotoff.

Eis como nos referíamos ao assunto na véspera da “inesperada” violação nazista da fronteira soviética:

“Sem embargo do que esta Folha já afirmou quanto à plausibilidade de um breve entrechoque nazi-comunista, é interessante mostrar que as relações entre aqueles dois regimes totalitários continuam perfeitamente cordiais” " [6].


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[1] "O Legionário", 13 de maio de 1945, no.666, " Ao celebrarmos o advento da paz, não nos esqueçamos da lição que encerra esta guerra". Link: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_450513_AOCELEBRARMOSADVENTODAPAZ.htm#.YMI9K0xv-M8
[2] "O Legionário", 27 de fevereiro de 1938, no. 285
[3] "O Legionário", 6 de março de 1938no. 286
[4] "O Legionário", 13 de março de 1938no. 287 
[5] "O Legionário", 19 de junho de 1938, no.301
[6] "O Legionário", coluna “7 Dias em Revista”, 22 de junho de 1941, no.458