Dr. Plinio prevê a traição de uns membros da TFP pelo estado de espírito que os animava, ou o que ele achava da gritaria "Fenomenaal! Nooossa"


Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição)".


Plinio Corrêa de Oliveira, ao contrário do que sugerem alguns, nunca aprovou os gritinhos que se faziam em suas reuniões na TFP, que variavam entre "fenomenaaal! Noossa! Ooooooh!". 

Antes, o fundador da TFP denunciou e profetizou que o estado de espírito intemperante por detrás que levava à apostasia. Ora, isso se harmoniza com o fato de que os gritinhos eram incentivados por um traidor da TFP, que chamaremos aqui pelo nome de J, por causa de Judas.

Urge notar como as palavras de Dr. Plinio não se aplicam só a este fato, mas à essência de toda e qualquer traição, atual ou futura, que pode ocorrer dentro da TFP.

Grifos nossos.

1 - Reunião "Despacho Alemanha", 30 de Julho de 1990.

Resumo: Após dar instruções de apostolado a um determinado membro da TFP que não se foi com estes traidores, Dr.Plinio passa a perguntá-lo se ele não tinha mais nada a perguntar, em clara manifestação de discernimento dos espíritos, pois o membro admite que tinha objeção às gritarias que se faziam nas reuniões. Dr.Plinio passa a uma análise psicológica apurada desta atitude, diz que vive em batalha com os gritatadores a todo o momento, e que este estado de espírito continha uma apostasia em raiz.  

Onde se cumpre a profecia: A maior parte do grupo de jovens que foi tema dessa conversa menos de dez anos depois abandonaram todos os ideais da TFP, pois a atrofia mental oriunda de um espírito pentecostal os levou a virarem progressistas.

"Ah, ah, ah! Diga lá meu caro, o que mais você tem, meu M?

(Sr.M: A respeito do apostolado na Alemanha é tudo. O senhor tinha perguntado no começo, essa igreja é perto de Bonn.)

Sei. E você gostaria de perguntar mais alguma coisa, por exemplo, do que você tem ouvido aqui? Tem algum ponto de doutrina, na organização da TFP tem alguma coisa contra a qual você tenha alguma objeção, não tenha entendido bem, etc.?

(Sr.M: Está tudo muito bem.)

Mas você não tem objeções? Por exemplo, essa efervescência muito grande dos jovens aqui, barulho que fazem, e o entusiasmo que manifestam, etc., não parece a vomeio excessivo?

(Sr.M: Sim, isso eu estranho. Por exemplo, muita gente diz: "Nossa Senhora !!!" "Puuuuuuxxxxaaa!" "Fabuloooooso!").

Ah, ah, ah! (...)

Não, não. Há uma parte de verdade no que você diz, a meu ver, e uma parte é nova para você, porque você tendo embora passado muitos anos no Chile, o chileno não é muito parecido com o brasileiro neste ponto que eu vou falar.

O brasileiro é muitíssimo intuitivo (...) ele primeiro capta, percebe uma determinada coisa por intuição. Depois vem a reflexão. E a adesão é, portanto, por mais absurdo que pareça a você, a adesão é anterior à reflexão porque é determinada pela intuição. E a reflexão vem depois para apoiar, para dar fundamento lógico à reflexão.

Agora, como possa ser essa intuição, qual é o valor lógico dessa intuição, uma vez que ela parece não ser baseada em raciocínio? É a questão.

O que é a intuição? É o processo lógico rapidíssimo, que para depois ser explicitado, precisa uma reflexão para explicitar. Mas, de fato a percepção lógica faz-se mais depressa do que a explicitação. De maneira que quem passasse a intuição em câmara lenta tem a reflexão. O que naõ é nenhum pouco o modo de ser europeu. Mas, daí a concluir que essas reações são irreflexão, não é. São intuição. Ou seja, uma lógica rapidíssima, que pede depois uma reflexão.

Agora, onde sua objeção muito verdadeira, é o seguinte. É como eles tem uma intuição muito rápida, eles tem a tendência a negligenciar a reflexão depois, e ficar só com a intuição. E isto é errado. Porque precisa fazer uma crítica daquilo que foi intuído, para verificar se isso corresponde às leis da lógica. E isto eles tem a tendência de não fazer. De maneira que eu vivo numa batalha com eles a todos os momentos".

Em seguida Dr.Plinio comenta como o grupo boicotava a tradicional Reunião de Recortes, na qual Dr.Plinio lia recortes de jornais e depois os comentava: eles queriam que não lesse. O sr.M considera um absurdo. Concorda o fundador da TFP, porque esta reunião servia, entre outras coisas, para quando chegasse o momento do Castigo Mundial os membros tivessem em mente tantas abominações cotidianas que clamavam pelo Castigo Divino, e também para análise no molde contra-revolucionário nas horas mais críticas seja no Castigo ou antes dele.

"É absurdo. Que eu desse a minha intuição da situação política, porque isto basta. Eu digo: Não basta! Porque haverá um momento em que vocês talvez tenham que dar o sangue por isto que vocês estão ouvindo. E se vocês não fizerem a crítica lógica daquilo que eu estou dizendo, uma simples afirmação minha intuída por vocês, na hora do pânico, não resiste à pressão do pânico. Vocês então vão se perguntar na hora do pânico por que é que tomaram essa atitude que estão lhe custando o sacrifício da vida. E, no fundo, tem uma apostasia em raiz na alma de muitos de vocês, por preguiça de raciocinarem" [1].

2- Chá SRM 26/2/89

(Sr. FD: Nós no contato com o Sr. agimos da mesma forma errada: queremos sugar tudo, com frenesi. E assim vai embora tudo. E não fica a graça.)

"É isso mesmo. Veja isso, por exemplo. Você deve notar que eu nesses lanches faço o possível para que tudo seja muito calmo. Você deve notar isso.
Em nenhum momento vocês podem ter a impressão que eu estou procurando estimular vocês a vibrarem.  Pelo contrário, é tudo muito calmo, muito tranquilizador".

3 - MNF 2/12/94

Resumo: Os enjolras, jovens da TFP dirigidos quase na totalidade pelo J, estavam cada vez piores. Viviam um entusiasmo efêmero, de modo que bastaria parar de falar de certos assuntos por uns dias que já esqueciam. Do mesmo, nas reuniões sobre os castigos preditos pelo Beato Palau, passaram a "ouvir uma voz ruim" que os dizia que o mundo não seria assim castigado, isto é, que a Revolução tinha coisas boas.

Onde se cumpre a profecia: A piora, feita nas mãos do J, encaminhou estes jovens para o progressismo, visto que já estavam preparados ao crerem no lado bom da Revolução, a qual também adentrou na Igreja com o progressismo.

(Dr. Adolpho: Só para compreender melhor a coisa. Por que é que o senhor achava que antes do Beato Palau a coisa estava chegando num estado ...? Porque dir-se-ia que com a difusão do livro [Nobreza e Elites Análogas] toda a TFP tinha adquirido uma espécie de entusiasmo, executando a obra muito bem, quer dizer, havia um trabalho uníssono com o senhor que dava a impressão das coisas estarem indo bem. Por que é que o senhor acha que a coisa estava piorando?)

Pelo seguinte: A graça que o livro estava produzindo era uma graça que tinha qualquer coisa de efêmero. Ela levantava os entusiasmos, mas bastaria a gente passar dez dias  --se tanto--  sem falar do livro e todo o mundo se esquecia. Esquecia para voltar ao ponto que estava anterior ao livro.

(Dr. Adolpho: O senhor acha que estava continuamente piorando?)

Continuamente piorando, essa é a minha impressão. Para exprimir o meu pensamento na íntegra nós não podemos pensar na TFP como sendo só nós. Fazem parte do comboio os enjolras todos, tudo isso é a TFP.

(J: É no mundo inteiro, no mundo inteiro).

No mundo inteiro. Eu tinha razões --nem ao J eu disse o que eu vou dizer agora--  para recear que dentre os melhores da TFP começasse, à medida deles chegarem a certa idade, um certo corneamento com características psicológicas um pouco diferentes das nossas...

(Sr. G. L: O senhor diz os melhores de que? Melhores dos menores ou dos melhores dos maiores? De toda a TFP?)

Não, eu estou falando dos enjolras. (...) Vocês sabem que eu me encontro muito com eles nos chás, etc., com coisas rápidas, mas que encontro. Naturalmente eu tenho impressão que eles não percebem que eu os analiso tanto. (...) Bem, seja com for, eu tinha muito receio de isso azedar também. Foi quando o Bem-aventurado Palau apareceu, quer dizer, apareceu o caso Palau.

(...) Quando começou o FG a desenvolver toda aquela leitura dele sobre aquele caso, quando aconteceu isso eu prestei naturalmente atenção -você pode imaginar- ao que ele dizia, ao mérito do que ele dizia, mas também prestei muita atenção nele e no auditório, e vi o seguinte: o auditório começou a acompanhar aquilo, no começo sem recusa nem aceitação, como quem ouve "se abriam para nós dias novos e que tudo ia ser novo". Isto, se eles abrissem bem a alma para o que eles estavam ouvindo. Modificaria tudo nas almas deles.

Mas se introduziu no espírito deles uma qualquer voz ruim que dizia no espírito deles o seguinte: "Não é bem assim. Está no sentir meu da ordem atual de coisas --dizem eles, não sou eu-- que ela tem uma espécie de felicidade terrena intrínseca que a protege contra qualquer derrubada colossal, qualquer catástrofe imensa etc., que ela está vacinada. Há uma qualquer coisa nela que faz com que Deus a mantenha incólume. Esse pessoal aqui não percebe, e vive falando de Bagarre, não sei o quê, não sei o quê. Eles não vão “saisir” isso, eles não apanham essa incolumidade dessa ordem de coisas, de maneira que entre nós e eles existe isto de cortado: é que eu acho que nós somos imortais --dizem eles-- e eles acham que nós somos mortais".

Essa posição foi-se endurecendo à medida que a leitura foi-se fazendo. No fim, estava completamente endurecida na seguinte posição: "Eu não recuso o que o Beato Palau disse, não tenho em relação a ele nenhuma resposta irreverente, nenhuma recusa com insolência; mas se eu já percebo que ele anda bem diante disso, tudo isso direito etc., eu percebo também que entre nós há um gérmen de bondade, um gérmen de saúde nas coisas da Revolução que farão com que os últimos extermínios não se darão. Portanto, eu vejo que o que Beato Palau diz vem de Deus, mas acho que é preciso conciliar com outra coisa que vem de Deus, que é esse sentimento interior de invulnerabilidade do segredo".

Então ficou uma espécie de amálgama entre a recusa e a aceitação muito ao gosto deles"



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