Bento XVI disse amar a Igreja cismática, lamenta excomunhões passadas, e disse crescer na unidade ao rezar junto destes e outros hereges

Bento XVI de mãos dadas com um cismático

Recomendamos antes os seguintes artigos doutrinários para contrastar, e verem a crise na Igreja:

Bíblia, Papas e Santos confirmam: "fora da Igreja não há salvação"

Sagrada Escritura, Papas e Santos contra o ecumenismo ou contra a oração com os hereges e cismáticos

Várias declarações do Sumo Pontífice Bento XVI até o fim de seu pontificado em 2013. Com grifos nossos.

"No corrente ano, comemoramos o 40º aniversário de 7 de Dezembro de 1965, o dia em que o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, insatisfeitos com o que tinha ocorrido em 1054, decidiram de comum acordo, em Roma e em Constantinopla, "eliminar da memória da Igreja a sentença da excomunhão que então tinha sido pronunciada". Esse acontecimento memorável tornou-se a base de uma renovada relação, caracterizada pelo respeito recíproco e pela reconciliação" [1].

"O encontro fraterno realizado por nós, Bento XVI, Papa de Roma, e Bartolomeu I, Patriarca Ecuménico, é obra de Deus e além disso um dom que provém d'Ele. Demos graças ao Autor de todo o bem, que nos permite ainda uma vez, na oração e no intercâmbio, expressar a nossa alegria de sentirmo-nos irmãos e de renovar o nosso compromisso em vista da plena comunhão. Este compromisso provém-nos da vontade do nosso Senhor e da nossa responsabilidade de Pastores na Igreja de Cristo (...). 

No que diz respeito às relações entre a Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla, não podemos esquecer o solene acto eclesial que relegou ao esquecimento as antigas excomunhões que, ao longo dos séculos, influenciaram negativamente as relações entre as nossas Igrejas" [2].

"Do mesmo modo, recordo os insignes santos e pastores que velaram sobre a Sede de Constantinopla, entre os quais São Gregório de Nazianzo e São João Crisóstomo, que também o Ocidente venera como Doutores da Igreja. As suas relíquias jazem na Basílica de São Pedro no Vaticano, e uma parte delas foi doada a Vossa Santidade em sinal de comunhão, pelo saudoso Papa João Paulo II, a fim de que fossem veneradas nesta Catedral" [3].

"Dilectos irmãos e irmãs em Cristo

Reunimo-nos, cristãos ortodoxos, católicos e protestantes e juntamente conosco há também alguns amigos judeus para entoar em conjunto os louvores vespertinos de Deus. O coração desta liturgia são os salmos, onde confluem a Antiga e a Nova Aliança e a nossa oração une-se ao Israel crente que vive na esperança. Trata-se de uma hora de gratidão pelo facto de que podemos assim recitar juntos os salmos e, dirigindo-nos ao Senhor, podemos crescer contemporaneamente na unidade também entre nós.

Entre os participantes nestas Vésperas, gostaria de saudar cordialmente os representantes da Igreja ortodoxa. Considero desde sempre um grande dom da Providência o facto de que, como professor em Bonn, tive a oportunidade de conhecer e de amar a Igreja ortodoxa, por assim dizer, pessoalmente, ou seja, nas pessoas de dois jovens Arquimandritas, que em seguida se tornaram Metropolitas: Stylianos Harkianakis e Damaskinos Papandreou [4].

O Credo em reparação

"Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra, De todas as coisas visíveis e invisíveis. 

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria. e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim. 

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas. Creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e vida do mundo que há de vir. 

Amém".

Veja mais sobre a crise na Igreja:






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[1] Carta a Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico por ocasião da Festa de Santo André, 26 de novembro de 2005, Bento XVI. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/letters/2005/documents/hf_ben-xvi_let_20051126_bartholomew_po.html
[2] Viagem Apostólica à Turquia: Declaração Conjunta entre o Papa Bento XVI e o Patriarca Bartolomeu I, 30 de novembro de 2006, Bento XVI
[3] Viagem Apostólica à Turquia: Visita de oração à Igreja Patriarcal de São Jorge e encontro com Sua Santidade Bartolomeu I, 29 de novembro de 2006, Bento XVI
[4] 12 de setembro de 2006, Celebração Ecumênica das Vésperas na Catedral de Regensburg, Bento XVI. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2006/documents/hf_ben-xvi_hom_20060912_vespri-regensburg.html