Insuspeitos autores reconhecem ação profética do "Grupo do Plinio" contra o progressismo na Igreja na primeira metade do século XX

Acima, Dr. Plinio conta como foi o pioneiro no combate ao progressismo na década de 30-40

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte 2, 3a edição)".

Durante os anos 30, intensificou-se a ação do chamado "Grupo do Plinio", isto é, a ação de pessoas ligadas ao "O Legionário", então semanário oficioso da Arquidiocese de São Paulo. Algum tempo antes, o jovem advogado Plinio Corrêa de Oliveira tinha se tornado diretor deste jornal, presidente da Ação Católica, entre outras coisas.

A radicalidade, e ao mesmo tempo fidelidade à Doutrina Católica do jornal era frisante. Este combateu, ainda na década de 30, o fascismo, o nazismo, e quase tudo histórico e social daquele tempo foi comentado, inclusive o então filósofo progressista Jacques Maritain. 

Os problemas litúrgicos daquele tempo, que vieram a ser rotineiros com as mudanças litúrgicas décadas depois, não deixaram de ser observados, ainda que sob a pena de diversos peritos do tema, ou por transcrições de autoridades eclesiásticas. Afinal, estes erros já tinham sido apontados por inúmeros teólogos da liturgia, e até mesmo por Papas.

Vendo a infiltração de uma nova doutrina nos movimentos católicos de seu tempo, e distinguindo a semelhança com o modernismo condenado por São Pio X, o então presidente da Ação Católica, Plinio Corrêa de Oliveira, resolveu escrever um livro-denúncia que abalou a opinião pública católica do tempo. Como leigo, Dr. Plinio denunciava o igualitarismo entre o leigo e o clero dominante em novas doutrinas, a moral relaxada sobre o pudor e a modéstia, os novos meios de apostolado, as piedades litúrgicas novas em contraste com ensinamentos Papais anteriores, etc.

De tal maneira o livro de 1943 se tornou uma pedra de tropeço, que o então Pontífice Reinante, Pio XII, enviou uma carta de elogio ao autor do "Em Defesa da Ação Católica". Pouco depois, os padres mais próximos ao "Grupo do Plinio", Pe. Sigaud e Pe. Mayer, foram nomeados a bispos.

A seguir apresentamos trechos editados de um artigo no site do IPCO [1] sobre depoimentos insuspeitos, pois oriundos do clero favorável às mudanças de então. São registros de lamentos sobre o quanto "O Legionário" e o livro "Em Defesa da Ação Católica" foram obstáculos excruciantes às metas do novo movimento litúrgico.

- Arautos da reforma litúrgica depõem a favor da ação profética do "Grupo do Plinio"

D. Clemente José Carlos Isnard, O.S.B., Bispo de Nova Friburgo: 

“Composto de pessoas que se entendiam muito bem entre si, o grupo [liderado pelo Prof. Plinio] representava uma espécie de ponta de lança contra o movimento litúrgico. Quem quisesse sofrer [sic] que esperasse a edição semanal de 'O Legionário', onde podia sempre encontrar artigos contra o Movimento e suas manifestações, contra Maritain, contra os desvios’ da Ação Católica, etc.” 

(Apud Bernard Botte, O.S.B., op. cit., p. 221.”)

Márcio Moreira Alves, em livro com
prefácio do Frei Betto, sobre intervenções da Santa Sé, e citando outro historiador progressista: 

“A Ação Católica começa a desenvolver uma personalidade própria em 1950, quando adota o modelo organizacional francês. É a partir deste momento que servirá de ponto de partida para o comprometimento social dos seus militantes. Os adversários desse comprometimento, bem como das tendências para um igualitarismo e um neo-modernismo (tendências que há muito tempo tinham observado na Ação Católica), com ela romperam em 1943. O porta-voz da ruptura é Plinio Corrêa de Oliveira e as razões do grupo são apresentadas em seu livro `Em Defesa da Ação Católica.” 

(A Igreja e a Política no Brasil, prefácio de Frei Betto, Ed. Brasiliense, São Paulo, 1979, 268 pp., p. 228). 

“Em 1950, a Sagrada Congregação dos Seminários e Estudos Universitários, da Santa Sé, enviou carta aos Bispos do Brasil, alertando-os para a necessidade de vigilância na formação dos futuros Sacerdotes. Um historiador eclesiástico (Fr. José Ariovaldo da Silva, O.F.M., O Movimento Litúrgico no Brasil, p. 336) atribui essa tomada de atitude da Santa Sé à atuação da corrente ligada ao “Legionário”. Diz ele: “Tão influentes eram seus membros, tão fortemente soaram a trombeta de alarme, que a própria Santa Sé resolveu intervir através da Congregação dos Seminários”. O autor procura estabelecer coincidências entre vários conteúdos do documento e os conteúdos de acusações contra os chamados ‘liturgicistas’ no período anterior à ‘Mediator Dei”’ (Ibid., p. 317).”

Conclusão

Tal como o anjo do apocalipse que soa a trombeta, fortemente tocou a trombeta o então "Grupo do Plinio". Expurgado da Ação Católica e do jornal "O Legionário", este fundou mais tarde o mensário "Catolicismo" e a TFP, que veio a concentrar-se em questões temporais, ainda que mantendo a religiosidade e tradição anterior.

É uma questão de justiça histórica reconhecer esta atuação profética. Nem mesmo os historiadores liturgicistas ignoram tal atuação, mas mesmo assim muitos creem que o combate público à crise na Igreja iniciou na segunda metade do século XX.

Este curto artigo meramente resume um tema que é extensamente tratado em "Plinio Corrêa de Oliveira denuncia no seu nascedouro a revolução progressista, no livro Em Defesa da Ação Católica - Atualidade, eficácia e influência na História da Igreja", do chileno Juan Gonzalo Larraín Campbell, 2017.


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[1] https://ipco.org.br/importancia-real-e-importancia-publicitaria-dr-plinio-marcou-a-historia/