O Príncipe dos Cruzados: Santa Catarina de Siena profetiza a restauração da Igreja depois da Crise

Por que persiste a Tradição?

Por causa do teste de Gamaliel, que o explanou em Atos V:

"Faz algum tempo apareceu um certo Teudas, que se considerava um grande homem. A ele se associaram cerca de quatrocentos homens: foi morto e todos os seus partidários foram dispersados e reduzidos a nada. Depois deste, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo consigo, mas também ele pereceu e todos quantos o seguiam foram dispersados. Agora, pois, eu vos aconselho: não vos metais com estes homens. Deixai-os!

Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesma se destruirá; mas se provier de Deus, não podereis desfazê-la. Vós vos arriscaríeis a entrar em luta contra o próprio Deus”.

Imagem: S. Inácio de Antioquia (+108 D.C), bispo, exclama ao único Deus verdadeiro antes de seu martírio no Coliseu Romano

Santa Catarina de Siena
(1347-1380)

Santa Catarina de Siena, rogai por nós!

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. V)".

Anterior deste capítulo: Santa Brígida profetiza a conversão dos pagãos, a heresia alastrada como sinal do fim. Deus revela a impureza nos matrimônios

Vida de Santa Catarina de Siena / Escrita pelo Beato Francisco de Cápua, Cap. IX. Negritos nossos.

"Estando em Roma perguntei à Catarina o que haveria de ocorrer na Igreja depois destas misérias, e ela me falou: "Uma vez que tenha passado estas tribulações e provas, Deus purificará sua Igreja por meios desconhecidos dos homens, levantará as almas dos escolhidos destas misérias e a reforma será tão bela, a renovação de seus ministros tão perfeita, que a visão desse futuro enche minha alma de alegria ao Senhor. Muitas vezes eu falei a você das feridas e do desnude da esposa de Cristo, mas depois ela estará radiante de beleza, resplandecente de joias e coroada com um diadema de virtudes, os fiéis se regozijarão com a santidade de seus pastores e os infiéis, atraídos pelo bom odor de Jesus Cristo, voltarão ao rebanho e se submeterão ao Chefe e pastor supremo das suas almas. Demos graças a Deus pela grande calma que dará o Senhor à Sua Igreja depois destas tempestades".

Apesar de viver em pleno cisma do Ocidente, com o Papado em Avignon, a santa não se refere unicamente à sua época. Também Nosso Senhor relacionou a destruição do templo ao fim do mundo, tempo de Sua última e derradeira vinda. Quem discorda poderá afirmar quando, após Santa Catarina, "os infiéis, atraídos pelo bom odor de Jesus Cristo", voltaram "ao rebanho e se submeteram ao Chefe e pastor supremo das suas almas"? Não havia islamismo naquele século? Não o há hoje? A Igreja também não vive uma "tempestade" hoje, inclusive mais profunda do que aquela?

O "unum" das revelações privadas acusa mais uma prefigura.

Próximo deste capítulo: S. Vicente Ferrer profetiza: "mulheres se vestirão como homens", crise na Igreja e um estrondo como nunca houve antes

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