Bíblia, Papas e Santos contra os milhões de anos do universo e da terra

Coisas que Nosso Senhor nunca disse: "No princípio da criação, na realidade uns 4,5 bilhões de anos depois da criação, Deus fê-los homem e mulher. Mas não se preocupem, em 2000 anos virão os ateus e explicarão isso e tudo mais", do Evangelho de S. Marcos

Este artigo é continuado pelos seguintes:


Refutando a Geologia que alega milhões de anos da Terra

Refutando a Astronomia que alega milhões de anos do universo e da Terra

Refutando os métodos de datação que sustentam uma Terra de milhões de anos

Acima, um vídeo da música tradicional citada abaixo como argumento.

Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Volume II, 2a edição)".

Sagrada Escritura

"No princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher", S. Marcos X. Se era "no princípio", "ab initio", não houve hiato de milhões de anos entre a criação primeira e o primeiro casal.

O Gênesis, sabemos, fala dos seis dias da criação. Serão períodos de tempo não especificados, numerados meramente por conveniência estética?


A língua hebraica obedece a regras gramaticais, e seu significado depende do contexto. A palavra hebraica para "dia" significa um dia ordinário, e nunca é traduzida por tempo, quando acompanhada por um número ordinal (o primeiro dia, o segundo, etc), e quando associada com a palavra "tarde" e "manhã", como em "houve tarde e manhã".

Além disso, no Livro de Jó, capítulo 40 e 41, lemos sobre a existência de dois animais enormes e inigualáveis entre todos os outros animais, segundo a descrição. Muitos Santos e Doutores pensavam que era algum dos maiores animais conhecidos da época, como o elefante, mas com a descoberta posterior dos fósseis dos chamados dinossauros, dentre os quais muitos eram gigantescos, superando qualquer outro animal vivo conhecido, vemos a semelhança com a descrição de Behemot e Leviatã, os dois animais ou bestas bíblicas. À objeção de que Deus os mencionou porque sabia que existiram há milhões de anos atrás, responde-se lembrando que Deus fala a Jó no presente, como se ele pudesse ver estes animais, e sabemos que Jó viveu entre o Dilúvio e a lei mosaica porque 1 - O dilúvio é mencionado (Jó 22:16), 2 - Jó dá heranças a suas filhas e irmãos (42:15), o que não existia na lei mosaica (Nm 27:1-11, 36:1-13), 3 - Viveu 140 anos (Jó 42:16), uma cifra mais próxima dos patriarcas antigos, 4 - Fazia os sacrifícios ele mesmo (Jó 42:8), como os antigos patriarcas, 5 - Nenhuma das leis mosaicas ou sacerdotes são mencionados. Logo, dinossauros contemporâneos à Jó, que viveu antes de 1500 A.C., refutam os milhões de anos atrás em que viveram e se extinguiram este grupo de animais, abalando a cronologia evolucionista de milhões de anos.

Papa Leão XIII

Confirmando o sentido literal das Escrituras como regra geral, a partir de Santo Agostinho:

"Siga religiosamente o sábio preceito dado por Santo Agostinho: «Não apartar-se em nada do sentido literal e óbvio, se não há razão alguma que lhe impeça ajustar-se a ele ou exista algo que faça necessário abandoná-lo»; regra que deve observar-se com tanto mais firmeza quanto existe um maior perigo de enganar-se em meio de tanto desejo de novidades e liberdade de opiniões" [1].

Todos os Papas da Tradição ao promoverem a oração cantada da Kalenda do Natal, presente no martirólogio

Esta tradição foi suprimida no missal novo de Paulo VI, e depois voltou com Bento XVI sem as partes anti-evolucionistas. Esse canto permaneceu por séculos na oração da Igreja.

"Oitava calenda de Janeiro. Décimo quarto dia da lua. 

No cinco milésimo centésimo nonagésimo nono ano da criação do mundo, quando no princípio Deus criou o céu e a terra; dois milésimo nongentésimo quinquagésimo sétimo ano do dilúvio; dois milésimo décimo quinto ano do nascimento de Abraão; milésimo quingentésimo décimo ano de Moisés e da saída do povo de Israel do Egito; milésimo trigésimo segundo ano da unção de Davi como Rei; na sexagésima quinta semana, conforme a profecia de Daniel; na centésima nonagésima quarta Olimpíada; setingentésimo quinquagésimo segundo ano da fundação de Roma; quadragésimo segundo ano do Império de Otaviano Augusto, com todo o Globo estando em paz, na sexta idade do mundo, Jesus Cristo, eterno Deus e Filho do Pai eterno, querendo consagrar o mundo com seu piedosíssimo advento, concebido do Espírito Santo, e decorridos nove meses após a concepção, (eleva-se a voz, e todos ajoelham-se) em Belém de Judá nasceu de Maria Virgem, feito homem. O Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a Carne. 

Em Latim:
(Octavo Kalendas Januarii. Luna Decima quarta.
Anno a creatione mundi, quando in principio Deus creavit caelum et terram, quinquies millesimo centesimo nonagesimo nono; a diluvio autem, anno bis millesimo nongentesimo quinquagesimo septimo; a nativitate Abrahae, anno bis millesimo quintodecimo; a Moyse et egressu populi Israel de Ægypto, anno millesimo quingentesimo decimo; ab unctione David in Regem, anno millesimo trigesimo secundo; Hebdomada sexagesima quinta, juxta Danielis prophetiam; Olympiade centesima nonagesima quarta; ab urbe Roma condita, anno septingentesimo quinquagesimo secundo; anno Imperii Octaviani Augusti quadragesimo secundo, toto Orbe in pace composito, sexta mundi aetate, Jesus Christus, aeternus Deus aeternique Patris Filius, mundum volens adventu suo piissimo consecrare, de Spiritu Sancto conceptus, novemque post conceptionem decursis mensibus (Hic vox elevatur, et omnes genua flectunt) ,"in Bethlehem Judae nascitur ex Maria Virgine factus Homo". Nativitas Domini nostri Jesu Christi secundum carnem).

Santo Efrém, o Sírio

"'No princípio, Deus criou os Céus e a Terra', isto é, a substância dos céus e a substância da Terra. Ninguém deve pensar que há na Criação de seis dias algo de alegórico. Ninguém pode acertadamente dizer que estas coisas que pertencem a estes dias eram simbólicas" [2].

São Basílio


Disse “um dia” porque definia a medida de um dia e de uma noite, e combinar o tempo que eles contêm. Agora, 24 horas enchem o intervalo de um dia, falamos de um dia e de uma noite (...)" [3].

São Gregório de Niza

"Antes de começar, dou fé de que não há nada contraditório no que escreveu Basílio o santo sobre a Criação do mundo, e que nenhuma explicação adicional é necessária" [4].

Santo Irineu

Em interpretação sobre o fim do mundo.

"Em quantos dias foi feito o mundo, em outros tantos milênios será consumado. Por isso diz o Gênesis: “Concluindo-se, pois, os céus e a terra e todo seu adorno, e consumou Deus no dia sexto todas as obras suas que tinha feito, e descansou no dia sétimo de todas as obras que fez” (Gn 2:1-2). Isto é de uma vez narração do passado e profecia do porvir. Se, pois, “um dia de Deus é como mil anos” (Sl 89:4), e em seis dias consumou a criação, manifesto é que em seis milênios consumará a história" [5].

Santo Ambrósio (340-397)


"A Escritura estabeleceu uma lei que 24 horas, incluindo dia e noite, deve ser chamado “dia”, como se alguém dissesse que a duração de um dia são vinte e quatro horas no total" [6].

Santo Atanásio (295-373)


"E toda a criação visível foi feita em seis dias: no primeiro, a luz foi feito a qual Ele chamou dia, no segundo, o firmamento, no terceiro, a junção das águas (...) " [7].

Santo Agostinho


Esse santo Doutor é muito usado por "católicos evolucionistas" que defendem uma terra antiga por causa de uma interpretação simbólica do Gênesis que ele admitia, mas logo se vê, por essa citação, que isto não durou, ou harmonizava com também interpretar literalmente do ponto de vista histórico. De fato, S. Agostinho defendia as sete Eras do mundo baseado nos sete dias da Criação, só depois virá o fim do mundo. Ora, é um tipo interpretação simbólica que não exclui a literal. 

"(...) dizem que a história tem já muitos milhares de anos, sendo que pela Sagrada Escritura não contamos nem sequer seis milênios completos desde a criação do homem. Não quero alargar-me muito em refutar a falsidade de tais afirmações, que atribuem muito mais milhares de anos ao mundo, e como tais escritos não tem competência alguma neste campo (...). Se esta carta de Alexandro, que foi tão célebre, se aparta exageradamente da provável historicidade dos acontecimentos, no que se refere à cronologia, quanto menos são dignos de fé aqueles escritos marcados de velhas fábulas, com que eles pretendem enfrentar a autoridade de tão conhecidos livros divinos!" [8].

Pe. Stanley Jaki, progressista, admite


“Enquanto eu revia um atrás do outro os grandes comentários no Gênesis 1, não pude deixar de perceber quão próximo estavam os seus autores, toda vez, a uma interpretação estritamente literal" [9].

VEJA TAMBÉM:

Questão Teológica: se há vida (inteligente ou não) orgânica extra-terrestre (incluindo condenação de Pio II sobre isso)

Sagrada Escritura, Papas e santos confirmam a historicidade do dilúvio

A Escritura, a Igreja e os Santos dizem se o homem veio de Adão ou do macaco ou de outro animal?

CLIQUE: Defesa da Tradição Católica contra falsas ciências

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[1] Encíclica Providentissimus Deus, 18 de Novembro de 1893
[2] Comentário sobre o Gênesis,1:1, FC 91:74
[3] Hexameron 2,8
[4] Hexaemeron 44,68
[5] Contra as Heresias, Livro V, 28, 3
[6] Hexameron Cap.10, 37 
[7] Discursos contra os Arianos, Discurso II, Cap. 16, 19
[8] A Cidade de Deus, Livro 12, Cap. 10 
[9] Genesis 1 Through the Ages, 1992, p. xii