Profeta Amós sentencia que Deus enviará a fome da palavra divina ao mundo

Profeta Amós, por Aleijadinho,
Congonhas, Minas Gerais
Santo Profeta Amós, rogai por nós!

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Extraído de: "O Príncipe dos Cruzados (Vol. I, parte I, 3a edição, Cap. IV)".

Anterior deste capítulo: O Profeta Sofonias fala do extermínio dos maus sacerdotes, a queda das torres altas. As casas dos ímpios "converter-se-ão num deserto"

O profeta Amós é tido como o primeiro dentre os profetas que escreveram, tendo profetizado ao tempo de Ozias, rei de Judá.

O Padre Matos Soares assim o introduz: corriam os longos e prósperos reinados de Ozias em Judá (II Reis XV), e de Jeroboão II, em Israel (783-743 A.C.), ou seja, já estava consumada a divisão do Reino Unificado de David em Norte e Sul (que era Judá).

Após sentenciar a ruína da casa de Jeroboão II, lutar contra a idolatria do altar em Betel, e anunciar o cativeiro da Babilônia, Amós inicia uma increpação aos costumes avarentos dos tempos da quinta Era antiga que, como hipotetizado no início do capítulo III, vai da decadência dos reis desde Salomão até a intervenção divina na terra: a vinda do Salvador no tempo do segundo templo. Tal divisão não está envolta em apego desmedido a uma opinião porque: 1. Aprecia, como toda esta série, as contribuições de santos e teólogos sobre o tema, 2. Considera os tempos atuais, os quais não viram aqueles santos homens, 3. Não significa que é insubstituível, pois até cremos que virá outra melhor.

Ora, aquela denúncia da avareza traça um paralelo inegável com os tempos da quinta Era Cristã, a Era da decadência da Civilização Cristã até uma futura intervenção de Deus na terra. Assim como Deus interveio naquele tempo através da Virgem Maria, encarnando-Se, Ele intervirá por Sua Mãe Santíssima de novo, embora seja por meio de outros instrumentos que suscitará, bem como via castigos ao mundo. Tais corretivos, sustenta o Beato Pe. Palau, não serão atribuídos a Deus sem prévio anúncio pelos mesmos instrumentos escolhidos, dentre os quais um Papa, como prova de que Deus tem só um povo: o católico. Naquele tempo, era o povo israelita. Em negrito, as palavras sagradas:

Cap. VIII, 4-6 - Ouvi isto, vós, que pisais os pobres e fazeis perecer os indigentes da terra dizendo: Quando passará o mês para vendermos as nossas mercadorias, e o sábado para abrirmos os celeiros, para diminuirmos a medida, aumentarmos o siclo, servirmo-nos de balanças falsas, para nos fazermos senhores dos necessitados por dinheiro, dos pobres por um par de sandálias e para lhes vendermos até as cascas do nosso trigo?

Pe. Matos Soares: “o primeiro dia de lua nova era de festa, e era proibido, pelo menos por tradição, comprar e vender (Num XXVIII, 11, Neemias X, 23)”.

“Vós, que pisais os pobres e fazeis perecer os indigentes da terra”: comentam muitos moralistas que muitas vezes o vício toma conta das contas da casa, fazendo indigentes aos próprios filhos do viciado. Quantas moradias paupérrimas e residências mal pintadas e amontoadas são levantadas nestes tempos? Ainda que em parte existam pelo desejo de comodismo e entretenimento que aquela família obtém ganhando pouco e vivendo perto de cidades grandes, é fato que não haveria interesse em manter tais habitações se não houvesse olho no lucro obtido empregando mão-de-obra barata.

“Quando passará o mês para vendermos as nossas mercadorias, e o sábado para abrirmos os celeiros”: inquietude, filha do pecado da avareza. “Para diminuirmos a medida, aumentarmos o siclo, servirmo-nos de balanças falsas”: fraude na medida, no peso (usado no Antigo Testamento) e no número. A fraude é filha do pecado da avareza. “Para nos fazermos senhores dos necessitados por dinheiro”: remete à violência, filha do pecado da avareza. “Dos pobres por um par de sandálias”: dureza do coração, atitude interna filha do pecado da avareza. “Para lhes vendermos até as cascas do nosso trigo”: traição, filha do pecado da avareza, lembrando as atuais inúmeras publicidades que prometem e traem suas vítimas, fazendo-as adquirir inutilidades.

Em suma, é um cenário em que o amor pelo dinheiro reina absoluto. Onde reina o amor pelo dinheiro, reina o amor pelo passageiro, e onde este reina, abomina-se a Cruz de Nosso Senhor, a reparação, o sofrimento, o desprezo. O demônio do dinheiro, Mamon, usa o sensualismo e tais amores pelo passageiro para tornar bem-sucedidos aos ímpios, e preparar um verdadeiro satanismo. Quando a demanda por pecado é grande, o diabo aumenta o seu preço. Eis a civilização pecadocêntrica que abandonou a missa que pedia eficazmente perdão pelos pecados, abandonou o sofrimento por uma vida de gargalhadas, abandonou o desprezo de si para evitar a luta.

7-9 – O Senhor fez este juramento contra a soberba de Jacó: Eu juro que me não esquecerei jamais de todas as suas obras. Depois disto, não estremecerá a terra (de Israel), e não chorará todo o seu habitante? Inundá-la-á um rio, ficará assolada e desaparecerá como as águas do rio do Egito. Naquele dia acontecerá, diz o Senhor Deus, que o sol se porá ao meio-dia, e farei cobrir a terra de trevas na maior luz do dia.

“O Senhor fez este juramento contra a soberba de Jacó: Eu juro que me não esquecerei jamais de todas as suas obras”. Jacó representa aqui os seus descendentes, residentes em dois reinos. Deus não se esquecerá porque as nações não irão ao céu. Elas pagam neste mundo o pecado que cometeram.

“Depois disto, não estremecerá a terra (de Israel), e não chorará todo o seu habitante?”: por uma dimensão interpretativa, é a Israel daquele tempo, por outra, são todas as nações, pelas quais Israel foi dispersa, principalmente após a destruição do segundo templo, profetizado por Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Inundá-la-á um rio, ficará assolada e desaparecerá como as águas do rio do Egito”: versículo obscuro para estes tempos. Ajamos com humildade, portanto, conforme S. Jerônimo, pois assim o quer o Espírito Santo por enquanto. O Pe. Fillion cita o caso da cheia ou inundação do Nilo. Talvez possa ser entendida como um castigo no contexto da relação dos próximos parágrafos.

“Naquele dia acontecerá, diz o Senhor Deus, que o sol se porá ao meio-dia, e farei cobrir a terra de trevas na maior luz do dia”. Isso se cumpriu exatamente com a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja crucifixão se deu na hora sexta, meio-dia, “quando as trevas cobriram toda a terra até a hora nona, e escureceu o sol”. A morte do Salvador do mundo prefigurou os acontecimentos futuros importantes, como Ele relatou, misturando profecias da destruição do templo de Jerusalém, últimos tempos, fim do mundo, etc.

Assim como o Deicídio prefigurou o futuro, assim também a “terra de trevas” prefigura os três dias de escuridão conforme a Beata Taigi, cujo alerta é exposto no capítulo V no “unum” de tantos outros fiéis de odor de santidade na Igreja. E o fazemos mediante fontes primárias e autorizadas. Se as profecias privadas iluminam as públicas, tais versículos iluminaram o que foi dito à Beata Taigi. O profeta mantém vivo o seu vaticínio, o qual, cremos, servirá profeticamente até o fim do mundo. Naqueles tempos, os quais não cremos que se aproximam como exposto em todo este volume, provavelmente virão outros profetas como a Beata Taigi.

10 – Converterei as vossas festas em luto e todos os vossos cânticos em pranto; porei sobre todas vossas costas saco e tornarei calvas todas as vossas cabeças; porei o país num pranto desfeito, como o que se faz por um filho único, e farei que o seu fim seja um dia de amargura.

O mundo neo-pagão beberá o cálice do amargor que deu a Deus, pois celebrou os seus prazeres, da carne ou do intelecto, como se fossem deuses, colocando-os acima de tudo. Pretenderam destronar o próprio Deus do Universo.

“Porei sobre todas vossas costas saco e tornarei calvas todas as vossas cabeças”: “costas” e “cabeças”, respectivamente, punição do sensualismo e do orgulho, símbolos de cada pecado.

11-12 – Eis que vem o tempo, diz o Senhor, em que eu enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. E elas se comoverão desde um mar até outro mar e desde o aquilão até o oriente; andarão por toda a parte buscando a palavra do Senhor e não a encontrarão.

“Fome da palavra de Deus”: Na primeira dimensão, é o tempo de Nosso Senhor Jesus Cristo que, “Vendo aquelas multidões, compadeceu-se delas, porque estavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor” (S. Mateus IX).

Em outra dimensão, “a fome da palavra de Deus” é explicada na lamentação divina à Beata Taigi no século XIX: a confusão das idéias, “o maior e mais forte castigo que caiu sobre todo o mundo”. Também o Beato Palau afinava com a Beata Taigi, que ele citava, e na Bretanha a Souer de la Nativité afirmou que a seita mais funesta faria um estrago na Igreja.

Convergem também as profecias da Rainha dos profetas: em Quito, no século XVII, a Virgem do Bom Sucesso comenta a ausência de virgens no século XX, o que é mais provável com a falta do pastoreio espiritual. Em La Salette, no século XIX, a Mãe de Deus critica os sacerdotes, que se tornaram “cloacas de impureza”, indicando o quanto e para que influenciaram o povo. Em Fátima, no século XX, segundo um ponto de vista defendido neste volume, o notório milagre do Sol representava a Igreja, o sol do mundo e sal da terra, indo contra a multidão aterrorizada, invés de mostrar sua constância e iluminar o mundo “tão somente”. Todas estas revelações privadas foram expostas no capítulo V, iniciando pela Rainha dos Profetas.

Dentro da exegese multi-dimensional também há paralelos com profecias públicas, as quais, profetizando a vinda do Salvador e Cabeça da Santa Igreja, chefiada neste mundo pelo Príncipe dos Apóstolos, profetizaram também, dado que aqueles justos viam todas as coisas em uma só, os nossos tempos. A revelações privadas autorizadas pela hierarquia Católica (do estilo: “não há nada que contrarie a fé”) sinalizariam a interpretação e proximidade de concretização daquelas profecias públicas em outras dimensões, portanto.

Neste panorama, o santo profeta Ezequiel diz (XXXIV, 1-6), em profecia examinada neste capítulo: “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si próprios! Porventura não são os rebanhos os que devem ser apascentados pelos pastores? Vós lhes tomais o leite, vos vestis das suas lãs, matais as reses mais gordas, mas não apascentais o meu rebanho.”

13 – Naquele dia desfalecerão à sede todas as formosas donzelas e os jovens, os que juraram pelo pecado (ou ídolo) de Samaria, e que dizem: Ó Dan, viva o teu deus! E viva o caminho (ou idolatria) de Bersabéia! Eles cairão e nunca mais se levantarão.

“Desfalecerão à sede todas as formosas donzelas e os jovens, os que juraram pelo pecado (ou ídolo) de Samaria, e que dizem: Ó Dan, viva o teu deus!”: diz um livro sapiencial sagrado que “anel de ouro em focinho de porco é a mulher formosa e insensata”. Assim ocorre com os que pensam gastar juventude e formosura amando o material como ao próprio Deus, adorando ídolos falsos no lugar de Deus, prática recorrente na Samaria antiga. Também nestes tempos parte dos filhos de Israel (Tribo de Dan), o povo eleito, hoje o povo católico, segue na vida prática o paganismo antigo: seus costumes, modos de falar, vivências, diversões, hábitos e cultos lembram muito o paganismo antigo.

“E viva o caminho (ou idolatria) de Bersabéia! Eles cairão e nunca mais se levantarão”. Deus os surpreendeu naquele tempo com a queda dos ídolos com a vinda do Rei, Profeta e Sacerdote ao mundo, e Deus os surpreenderá novamente com a queda dos ídolos modernos com a vinda de um rei, um profeta, e um sacerdote (Papa).

Cap. IX, 1 – Vi o Senhor que estava de pé sobre o altar (idolátrico de Betel), e que disse: Fere a coiceira e abale-se a verga da porta; porque a avareza se acha na cabeça de todos e eu matarei à espada até ao último deles; nenhum escapará. Fugirão, e nenhum dos que fugirem se salvará.

“A avareza se acha na cabeça de todos”: volta o assunto do capítulo VIII.

“E eu matarei à espada até ao último deles; nenhum escapará. Fugirão, e nenhum dos que fugirem se salvará”: na dimensão futura do vaticínio (considerada como prévia ao fim do mundo), é a ruína completa dos que tomam seus vícios como deuses.

2-4 - Ainda que eles desçam até o inferno, a minha mão os tirará de lá; e ainda que subam até ao céu, eu os arrancarei de lá. E se eles se esconderem no cume do Carmelo, eu os irei buscar e de lá os tirarei; e se se esconderem de meus olhos no profundo do mar, eu ordenarei à serpente que os morda. E se eles forem para o cativeiro diante dos seus inimigos, aí ordenarei à espada que os mate. Porei os meus olhos sobre eles para o seu mal e não para seu bem.

De nada adiantará se esconder em abrigos, como os que abundam hoje em boa parte por falta de confiança na providência e desespero de perder tudo, pois Deus os tirará até do inferno para que sejam punidos nesta terra. Eis a importância da reparação, tão vilipendiada pela Revolução há séculos.

“Ainda que subam até ao céu, eu os arrancarei de lá”: versículo muito mais explicável atualmente, pois parece entrever naves espaciais indo ao espaço para fugir dos castigos, que podem até considerar fenômenos meramente naturais. Deus frustrará seus planos.

“E se eles se esconderem no cume do Carmelo, eu os irei buscar e de lá os tirarei”: se o cume do Monte Carmelo, tomado como o lugar onde S. Elias e seus filhos profetas residiam, é o auge da vida profética, é uma curiosa passagem em que mostra que nem mesmo os justos e santos poderão escapar de um castigo às nações, pertencentes eles mesmos às nações também. Ou pode fazer alusão a um modo ruim de vida levado dentro dessa vocação intrinsecamente louvável, e por isso, se escondem do castigo.

“Se se esconderem de meus olhos no profundo do mar, eu ordenarei à serpente que os morda”: o padre Fillion cita monstros marinhos. Tal intuição evoca a teoria dos animais príncipes do final do capítulo III. Afinal, qual serpente, digna de nota entre os animais do fundo do mar, obedece aos desígnios divinos? O Leviatã, o príncipe dos animais aquáticos, o qual foi exaustivamente descrito no livro de Jó.

O herege John Gill afirma que judeus antigos, como Aben Ezra (medieval), Kimchi, e Ben Melech identificavam o Leviatã com essa criatura marinha, e cita a referência de outro protestante. Porém, esta análise não se identifica inteiramente com aquelas, pois os hereges mais orgulhosos sabem que só a Igreja existiu desde Cristo Nosso Senhor, e nunca ousariam dizer que tais animais viventes e atuantes, em um contexto futuro, obedecerão aos “cristãos”, chefes de suas seitas, etc. Sustentar que tais animais, como defendemos no capítulo III, combaterão pelo Grande Monarca vindouro (do qual tratamos abundantemente até aqui) em suas conquistas militares quando muitos as vejam como pura loucura, é propriamente afirmar que a ordem do universo obedece ao Catolicismo verdadeiro e militante, a razão da ruína do reino da iniquidade no mundo. Será esse o ofício daquele apóstolo ao lado dos outros dois principais, como visto.

5-6 – E (assim o disse) o Senhor Deus dos exércitos, esse que, ao tocar a terra, ela se funde e todos os seus habitantes ficam de luto, todo o solo aumenta de volume, como o Nilo, e decresce como o lio do Egito (ao chegar ao mar). Ele construiu o seu trono no céu e fundou a sua abóbada sobre a terra; ele chama as águas do mar e as derrama sobre a face da terra; seu nome é o Senhor.

A alusão ao Dilúvio mostra em que contexto a profecia se insere: um castigo mundial.

7-9 – Porventura vós, ó filhos de Israel, diz o Senhor, não sois para comigo como os filhos etíopes? Porventura não fiz eu sair Israel da terra do Egito, e os filisteus de Caftor, e os sírios de Cirene? Eis que os olhos do Senhor estão abertos sobre este reino que peca; e eu o exterminarei da face da terra; todavia não destruirei inteiramente a casa de Jacó, diz o Senhor. Porque vou dar ordens, vou fazer que a casa de Israel seja agitada entre as nações, como o trigo se sacode no crivo, mas sem cair por terra um só grão.

“Eis que os olhos do Senhor estão abertos sobre este reino que peca; e eu o exterminarei da face da terra;”: recorrente tema em teologia da história. Se o país peca, Deus envia flagelos.

Pe. Matos Soares sobre “não destruirei inteiramente”: “é o pensamento dos profetas que se repete: Deus conservará um Resto que foi seu”. Tal profecia hoje não é meramente curiosidade histórica, e nem o será quando se cumprir no futuro, não havendo a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo para terminar a história. Afinal, se é meramente uma curiosidade, a profecia é irrelevante para os dias atuais. Se os profetas de outrora servem só para falar de moral, não são profetas mais. Se a profecia universalmente reconhecida cessou, já não há ação do Espírito Santo. Se Deus Espírito Santo não age na história, é um Deus que nos abandonou. Se Deus nos abandonou, Ele não é caridoso. Se Ele não é caridoso, não é Deus, mas um simples ser forte, como quer os esotéricos, pagãos e demais revolucionários que pretendem destronar a Deus e Sua Santa vontade, que só é bem expressa pela santa doutrina e ascese católica.

Assim, “não destruirei inteiramente” significa, no plano de dimensão exegética examinado aqui, o resto dos que sobrarão após o fim do Castigo Mundial: “vou fazer que a casa de Israel seja agitada entre as nações”, ou seja, os herdeiros espirituais (vindos após os naturais, a casa de Jacó, nome de nascimento de Israel), os católicos, serão dispersos como “o trigo se sacode no crivo, mas sem cair por terra um só grão”.

Se para o tempo imediatamente anterior ao fim da história, na segunda e derradeira vinda de Nosso Senhor ao mundo (tempo em que não nos focamos), esta profecia possui alguma outra aplicação, talvez só naquela plenitude dos tempos ficará evidente qual seja.

10 – Todos os pecadores do meu povo morrerão à espada, eles que dizem; não nos atingirá, não virá sobre nós o mal.

Indiferentismo, amor pelo comodismo e otimismo nesse contexto serão punidos.

11-13 – Naquele dia levantarei a cabana (ou reino) de David, que havia caído, repararei as brechas dos seus muros, restaurarei o que se tinha arruinado, e reedificá-la-ei como nos dias antigos, para que possuam os restos da Iduméia e todas as nações, sobre que o meu nome foi invocado, diz o Senhor, que é o que faz estas coisas. Eis que vem dias, diz o Senhor, em que o ceifeiro seguira de perto o que lavra, e o que pisa as uvas (seguirá de perto) o semeador; os montes destilarão mosto, todos os outeiros se derreterão em sumo de uva.

S. Tiago Apóstolo mostra que essas palavras se cumpriram em Cristo (At XV, 16). Agrega o Pe. Matos Soares: “a restauração de Zorobabel feita após o edito de Ciro era simples figura da restauração de Cristo”. Já este singelo trabalho vê além: é a restauração, o Reino de Maria, profetizada pelos santos e beatos vistos no capítulo V.

14-15 – Restaurarei o meu povo de Israel; reedificarão as cidades desertas e habitá-las-ão; plantarão vinhas e beberão o seu vinho; cultivarão jardins e comer-lhes-ão os frutos. Plantá-los-ei no seu país e não os tornarei mais a arrancar da terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus.


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