Francisco aboliu protocolo Vaticano multissecular de repúdio ao pecador público


Para entender este artigo, veja: 
Santos e tradição católica sobre como agir perante concubinos, adúlteros, gente que coabita dizendo manter a castidade e pai/mãe solteiro


No dia 28 de  fevereiro de 2016, o Vigário de Cristo Francisco, ao receber o mandatário argentino Mauricio Macri, mudou de vez um antigo costume Pontifício do Vaticano para receber concubinos e adúlteros de chefes de estado estrangeiros [1]. 

O protocolo Vaticano multissecular consistia no seguinte: ao saudar chefes de Estado, saudar a quem sua concubinato ou cúmplice de adultério em salão separado no Palácio Apostólico, para mostrar repúdio público ao estado de pecado.

O Sumo Pontífice Francisco recebeu o Presidente de Argentina Mauricio Macri, acompanhado de sua concubina, Juliana Awada, e outros políticos de seu partido. Macri era oposição política ao candidato peronista, que o Papa Bergoglio apoiava por ideologia, e por isso o Santo Padre, como Soberano do Vaticano, se mostrou insatisfeito quando tirava fotos protocolares sozinho com o chefe de estado da Argentina, quebrando outro costume de isenção política do Vaticano.


Assim conta Elisabetta Piqué, amiga e confidente do Papa, no jornal 
La Nación

«Faz dois anos e meio houve um antecedente com um mandatário Latino-americano que prefiro não nomear, que chegou com sua esposa casada no civil, já que ainda não havia obtido a nulidade do primeiro matrimônio. E o Pontífice se sentiu muito mal quando pelo protocolo se viu obrigado a saudar a mulher de forma separada, em outro salão», contou ao jornal "LA NACION" uma fonte do Vaticano bem informada. «Pareceu-lhe injusto e começou a amadurecer essa ideia de mudar o protocolo, coisa que sucedeu pela primeira vez hoje (ontem) com Macri», agregou. [2]

E foi o que sucedeu nessa recente audiência oficial: no princípio, o bispo de Roma se demostrou muito frio com todos (por causa do peronismo que havia então sido derrotado recentemente por Macri), mas ao final, saudou com um sorisso de orelha a orelha à Juliana Awada no mesmo salão onde transcorreu a audiência. 

Soframos juntos a crise na Igreja com um Salmo Penitencial (Salmo 6)

"Senhor, não me arguas no teu furor, nem me castigues na tua ira. Tem misericórdia de mim, Senhor, porque sou enfermo; sara-me, Senhor, porque meus ossos estremeceram. E a minha alma turbou-se em extremo, mas Tu, Senhor, até quando? Volta-te, Senhor, e livra a minha alma, e salva-me pela tua misericórdia.

Porque na morte não há quem se lembre de Ti, e na habitação dos mortos, quem Te louvará? Estou esgotado à força de tanto gemer, lavarei meu leito com lágrimas todas as noites, regarei com elas o lugar do meu descanso. 

Os meus olhos se turbaram por causa do furor, envelheci no meio de todos os meus inimigos. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade, porque o Senhor ouviu a voz do meu pranto.

O Senhor ouviu a minha súplica, o Senhor ouviu a minha oração. Sejam confundidos, e em extremo conturbados todos os meus inimigos, retirem-se e sejam num momento cobertos de vergonha".



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[1] Notícia adaptada de (visto em 8 de janeiro de 2023): https://denzingerbergoglio.org/2016/04/15/a-vuelta-con-la-amoris-laetitia-que-trato-merecen-los-pecadores-publicos/
[2] La Nación, 28 de febrero de 2016. Link: https://www.lanacion.com.ar/politica/un-inedito-cambio-de-protocolo-para-mitigar-la-frialdad-nid1875076/