Fim da seção sobre a Crise na Igreja, epidemia de comentadores do Concílio Vaticano II e e ambiente na Igreja antes do Concílio




Sumário

1. Razão pela qual o OPC não noticiará mais o pontificado atual nem os anteriores
2. Fim desta seção sobre a crise na Igreja
3. Epidemia dos comentadores da crise na Igreja 
4. Antecedentes do CVII por quem estudou a fundo e citou fontes das mais distintas e dificilmente encontráveis, além de mostrar dom da narração
4.1. “A Igreja no tempo de Pio XII, Entre falsas reformas e verdadeiras Revoluções”
4.2. “A caminho do Concílio, João XXIII e os "sinais do sobrenatural" na Igreja”


- Razão pela qual o OPC não se focará mais no pontificado atual nem nos anteriores

Sem estipular uma hierarquia entre razões, primeiro se pode apontar a a impossibilidade de acompanhar tudo que o atual Pontificado (2024) de Francisco faz se não se dedica a vida exclusivamente a isso, o que também sempre rejeitamos.

Segundo, é preciso dizer que inúmeros trabalhos de não-cismáticos surgiram ao longo dos anos contrastando o atual Pontificado com palavras e atos de Santos e Pontífices do passado, dos quais se destaca o Blog “Denzinger-Bergoglio”, que existe em mais de uma língua e com pdf enorme compilando tais contrastes*.

Terceiro, pois como já era claro no nosso labor acerca das profecias e teologia da história no volume I, o cenário da Igreja só se tornou mais complicado. Quando uma situação se torna extremamente complexa e emaranhada, é comum atribuir a sua resolução unicamente à Ação Divina. Por isso, geralmente se diz que não há ateu quando o avião está caindo.

2. Fim desta seção sobre a crise na Igreja

A seção serviu para acordar a muitos acerca do que os últimos Pontificados fizeram em contraste com a doutrina católica que compilamos, mas sem aparentar propor uma solução cismática (sedevacantista ou não) e sem perder o decoro e a veneração que é devida aos Sucessores de S. Pedro em Roma. 

Infelizmente, no início faltou a devida reverência e muitas vezes a ignorância técnica do domínio da língua passou até a impressão de cisma, pelo menos implícito.

Fora este, o único artigo que ainda falta nesta seção é não uma notícia de fato atual, e sim uma hipótese sobre o passado acerca do porquê o Rito Tridentino permanece como Missa pública e muitas vezes com controle de natalidade por obra dos mesmos que o instituem, como já se abordou nessa seção.

Então, como último artigo da seção “Crise na Igreja”, eis aqui a lacuna faltante (ou melhor, compilado de trechos de livro de árdua e longa pesquisa), sobre o cenário anterior ao Concílio Vaticano II. 

É com desprendimento que se faz isso, pois havíamos compilado gestos de menoscabo Pontifical ao sacramento do Matrimônio, e também trechos provando a negação implícita da proclamação da Co-Rendenção de Maria, algo que fora solicitado aos padres do Concílio**.

Nosso trabalho online no OPC ruma ao fim, pois urge a prática mais do que qualquer apontamento de problema. Ninguém acredita em nutricionista gordo, e do mesmo modo não é digno de atenção quem crê em algo danoso e não faz nada de prático para mitiga-lo. Como diriam os manuais medievais antigos, deve-se evitar “o sábio sem obras”. 

Ainda sobre isso, vale frisar como só temos um artigo inédito a ser posto no volume II além do artigo introdutório da 2ª edição. Enfim, em termos contra-revolucionários, passou o tempo de olhar ideias e tendências e partir para os fatos.


3. Epidemia dos comentadores da crise na Igreja

A epidemia de comentadores sobre o Concílio Vaticano II desestimula a abordagem do mesmo tema, e o faz paradoxalmente de modo benéfico, uma vez que a seguinte reflexão é pertinente: quando um Papa entrou, sem grande revolta do orbe católico, com um grupo de seguidores de um antigo ídolo pagão (Pachamama) na Basílica de S. Pedro em 2019, já não é o Concílio Vaticano II a base dos problemas, tampouco será uma suposta declaração de nulidade do mesmo que fará desaparecer a crise atual na Igreja.

Quando há uma epidemia de gente a falar de algo, isso mesmo perde importância social, pois um a mais soa como mais uma voz no meio do vozerio geral. Aqui entra a importância de contornar tais situações na prática, que é o modo mais perfeito pelo qual se alguém se mostra verdadeiramente ciente do problema. Mas o contorno prático desse problema, de modo a tornar o grave quadro epidêmico de comentadores da crise na Igreja acólito da solução, foge do escopo deste projeto. 

Assim, a fim de colocar uma pá de cal no tema “Concílio Vaticano II” no âmbito deste site, dispomos trechos do embasado livro de Roberto de Mattei (“Concílio Vaticano II, Uma história nunca escrita”, Caminhos Romanos), o qual parece o mais bem documentado para o fim de explicar a crise na Igreja antes de João XXIII, principalmente com Pio XII (1939-1958) e até bem o início do Pontificado de João XXIII (1958-1964). A título de exemplo, um só capítulo do livro de De Mattei possui mais de 200 fontes citadas, muitos insuspeitas. Além da narração apropriada ao evento, a obra é sem dúvida um genuíno trabalho de historiador, digno da inveja alheia como não raras vezes é alvo.

Retiramos as citações que não são pertinentes ao fim deste artigo, indicando a obtenção do mesmo livro para um estudo mais aprofundado. Editamos também em parágrafos separados para que este apanhado ficasse mais compreensível.

4. Antecedentes do CVII por quem estudou a fundo e citou fontes diversas

4.1. "I. A Igreja no tempo de Pio XII, p. 85-87"

"9. Entre falsas reformas e verdadeiras Revoluções

(...)

Não faltava na Igreja a solidez da doutrina: o Magistério de Pio XII constituía um corpus enciclopédico, que abarcava todos os campos da fé e da moral (...). O Papa Pacelli tinha dado o seu impulso à redação de uma Enciclopédia Católica que recolhia contributos dos melhores especialistas, oferecendo uma suma de doutrina e de informação que a fazia ombrear com o grande Dictionnaire de Théologie Catholique [290]. Por sua vez, o esplendor das cerimônias conferia a esta doutrina - difundida pelo mundo a partir da Cátedra de Pedro - um brilho nunca até então conhecido. Quando ressoavam pelas naves de São Pedro os cânticos da liturgia segundo o Rito Romano antigo, e o Papa, abençoando, avançava pela basílica entre os flabelos, sobre a cadeira gestatória, escoltado pelos membros da guarda nobre nos seus uniformes encarnados, a imaginação era acometida pelo espetáculo da beleza e da verdade.

Contudo, e como vimos, eram muitos os erros que serpenteavam no interior da Igreja. Durante o pontificado de Pio X, o modernismo tinha sido dominado, mas continuava a correr, qual rio cársico, no interior do corpo eclesial. Os movimentos de reforma bíblica, litúrgica, filosófica e ecuménica, desenvolvidos a partir dos anos 20, constituíam uma rede subterrânea que fermentava no subsolo.

Nos anos que se seguiram à II Guerra Mundial, e após a tragédia que esta acarretou, começou a difundir-se um espírito de materialismo hedonista que também penetrou na Igreja. Depois de tantos sofrimentos, abria caminho na mente de alguns homens da Igreja a ilusão de que tinha chegado o momento de abandonar a Cruz, que era já carregada há demasiado tempo, e de encontrar alívio nas palavras de paz e de bem-estar proferidas pelo mundo. A ilusão de poder realizar uma sociedade terrena, inspirada nos valores do mundo, foi a principal tentação que se apresentou ao clero dos anos 50, enquanto o pontificado de Pio XII chegava ao seu termo. Por outro lado, mesmo quando reafirmavam os princípios tradicionais da fé e da moral, nem sempre os pastores da Igreja conformavam a sua vida com estes princípios. A Igreja tinha necessidade de coerência entre a integridade da sua doutrina e a santidade dos seus membros, a começar pela própria hierarquia. Era evidentemente necessário condenar os erros; mas era igualmente necessário chamar as almas à penitência, à oração, à frequência dos sacramentos, à devoção à Virgem Maria. Desta situação estavam cientes as almas mais devotas, como se toma manifesto na correspondência que mantiveram durante estes anos dois religiosos que estão hoje nos altares: o Padre Giovanni Calabria [291], fundador dos Pobres Servos da Divina Providência, e o Cardeal Ildefonso Schuster [292], arcebispo de Milão. «Há anos que ouço repercutir-se, com crescente insistência, no fundo do meu coração, o lamento de Jesus: a Minha Igreja!», escrevia o Padre Calabria ao Cardeal [293]. Por seu turno, quando, em 1953, Nossa Senhora chorou em Siracusa, o arcebispo de Milão comentou: “Também a Santíssima Virgem chora por causa dos males da Igreja e do castigo que impende sobre o mundo.” [294].

Já São Giovanni Calabria afirmava-se convencido de que: 

"O clero do nosso tempo é chamado a exercer uma poderosa influência sobre os povos, a dar início a uma nova obra de civilização espiritual, intelectual e moral. Tudo isto exige abnegação, heroísmo, santidade; sofrer pela justiça; mas foi precisamente para isto que fomos chamados às fileiras de Deus, in sortem Domini vocati. Nós, os sacerdotes, ou somos santos e podemos salvar o mundo; ou somos maus e podemos arruiná-lo por séculos sem fim. Quem deu o cristianismo ao mundo? O heroísmo dos pontífices, dos bispos, dos sacerdotes santos. Quem lacerou as vestes da Igreja? Ário, Fócio, Lutero. "O Teu povo e os chefes dos sacerdotes entregaram-Te a mim" (Jo 18, 35), disse Pilatos a Jesus. É uma frase que faz tremer. (...)" (CALABRIA, Apostolica vivendi forma, Regnum Dei Editrice, Verona, 1958, pp.61, 113)

(...)”

4.2. "A caminho do Concílio, pgs.109-110, pgs.112-113 e pgs.114-115"

"5. João XXIII e os "sinais do sobrenatural" na Igreja

a) «Fátima não diz respeito aos anos do meu pontificado»

João XXIII passou o mês de Agosto de 1959 em Castelgandolfo. Aí, no dia 17 - segundo o testemunho do seu secretário, Capovilla, presente ao acontecimento [94], o Papa recebeu das mãos do Padre Paul Philippe [95], comissário do Santo Ofício, o sobrescrito que continha o terceiro segredo de Fátima. «Disse que o tinha aberto e lido, na presença do seu confessor, Mons. Cavagna [96], na sexta-feira seguinte [21 de Agosto, n. do a.], ou seja, sem pressa. Leu a memória, mas, como o texto lhe parecesse em alguns pontos difícil de decifrar devido às locuções dialectais portuguesas, mandou-o traduzir por Mons. Paulo Tavares [97], minutador da Secretaria de Estado (e posteriormente bispo de Macau). Eu estava presente. Tiveram conhecimento dele os chefes da Secretaria de Estado e do Santo Oficio, para além de outras pessoas, como por exemplo o Cardeal Agagianian.” [98] (Giovanni XXI/I nel ricorrio del Segretario Loris F. Capovilla, cit., p. 115). (...)

Em 1960, aguardava-se a revelação desta última parte, que a Santa Sé apenas tomou pública a 26 de Junho de 2000. Nos Estados Unidos, a Blue Army tinha lançado uma intensa campanha centrada no Terceiro Segredo, e era grande a expectativa da opinião pública e dos meios de comunicação relativamente a este evento.

O mundo atravessava um momento histórico muito difícil. O anúncio de João XXIII - de querer reunir os bispos do mundo inteiro num Concílio- fora precedido, poucas semanas antes, pela entrada em Havana das tropas de Fidel Castro. A Revolução Cubana tinha confirmado a existência de um plano de expansão mundial do imperialismo comunista.  Menos de três anos depois, com a crise que se instalou entre os Estados Unidos e a União Soviética na sequência da decisão tomada pelo Kremlin de instalar mísseis em Cuba, o mundo viria a estar à beira de uma guerra nuclear. A quem professava um injustificado optimismo no curso dos eventos históricos, a mensagem de Fátima recordava a tragédia do momento e indicava o caminho para lhe fazer face. Mas a leitura do texto não abalou João XXIII, que se limitou a ditar a Mons. Capovilla uma nota atestando que «o Papa tinha tomado conhecimento do conteúdo e remetia para outros - para o seu sucessor? - a incumbência de se pronunciarem sobre ele» [104]. O Padre Alonso, grande especialista em Fátima, informado do facto talvez por algum dos presentes em Castelgandolfo, conta que, depois de ter lido a mensagem, o Papa terá comentado: «Não diz respeito aos anos do meu pontificado.» [105]. A indicação das autoridades eclesiásticas foi transmitida pelo Padre Giovanni Caprile na Cività Cattolica: “Nem terrores, nem alarmismos, nem "sensacionalismo ", nem curiosidade mórbida.” [106]. As razões pelas quais o Papa Roncalli decidiu adiar a difusão do texto são evidentes: havia um manifesto contraste entre a "profecia de desventura" da Mensagem de Fátima e o profetismo optimista do novo Pontífice que inaugurava o Concílio Vaticano II [107]. A existência deste contraste entre duas "linhas proféticas" contribui para a compreensão dos acontecimentos dos anos seguintes. (...)

b) João XXIII e o Padre Pio

O historiador cristão não pode ignorar as manifestações divinas nos acontecimentos humanos. O sobrenatural não se manifesta apenas nas aparições e visões extraordinárias, mas também na vida corrente dos santos, que constitui uma das principais expressões da presença de Deus na história. “Na Sua infinita justiça e misericórdia, Deus prodigaliza santos às diversas épocas ou então decide não lhos conceder, de tal maneira que, se assim se pode dizer, se toma necessário consultar o termómetro da santidade para avaliar as condições de normalidade de uma época ou de uma sociedade», escreve o Padre Guéranger [110]. O século XX foi, relativamente a outras épocas, avaro em santos. E contudo, surgiu uma figura carismática que parece assumir em si uma grande parte dos dons extraordinários de que o seu tempo foi privado. Trata-se do Padre Pio de Pietrelcina [111], o estigmatizado de San Giovanni Rotondo, em tomo de quem se constituiu uma rede de grupos de oração espalhados por todo o mundo.

O estigmatizado de Pietrelcina sofreu incompreensões e calúnias, em razão das quais teve de se submeter a humilhantes inspeções canônicas. Entre elas, contou-se a promovida por João XXIII que, entre 13 de Julho e 2 de Outubro de 1960, enviou Mons. Carlo Maccari [112], o então secretário do Vicariato de Roma, como visitador apostólico a San Giovanni Rotondo. Este período será recordado como o de mais dura perseguição relativamente ao santo de Pietrelcina [113]. A desconfiança do Papa Roncalli é surpreendente, sobretudo perante um movimento que congregava multidões de fiéis em tomo do Padre Pio.

Em 1971, o postulador da causa de beatificação do Padre Pio, o Padre Bernardino de Siena, dirigiu-se a Mons. Capovilla para saber que opinião tinha tido João XXIII sobre o Padre Pio. A resposta foi evasiva [114]. Da documentação processual da Positio emerge a substancial incompreensão por parte de João XXIII da figura espiritual do Padre Pio de Pietrelcina [115], que viria a ser beatificado e canonizado por João Paulo II. 



Soframos a crise na Igreja com um Salmo Penitencial (Salmo 6)

"Senhor, não me arguas no teu furor, nem me castigues na tua ira. Tem misericórdia de mim, Senhor, porque sou enfermo; sara-me, Senhor, porque meus ossos estremeceram. E a minha alma turbou-se em extremo, mas Tu, Senhor, até quando? Volta-te, Senhor, e livra a minha alma, e salva-me pela tua misericórdia.

Porque na morte não há quem se lembre de Ti, e na habitação dos mortos, quem Te louvará? Estou esgotado à força de tanto gemer, lavarei meu leito com lágrimas todas as noites, regarei com elas o lugar do meu descanso. 

Os meus olhos se turbaram por causa do furor, envelheci no meio de todos os meus inimigos. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade, porque o Senhor ouviu a voz do meu pranto.

O Senhor ouviu a minha súplica, o Senhor ouviu a minha oração. Sejam confundidos, e em extremo conturbados todos os meus inimigos, retirem-se e sejam num momento cobertos de vergonha".

Veja mais sobre a crise na Igreja:

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João Paulo II doou 200 mil US$ para construir catedral cismática, o que foi lembrado na visita do Papa Francisco à Romênia

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* https://denzingerbergoglio.wpcomstaging.com/  Em inglês: < https://en-denzingerbergoglio.com>

**O insuspeito D. Estevão Bittencourt relata isso: Revista "Pergunte e Responderemos", Número 425, outubro de 1997.

[290] O Dictionnaire de Théologie Catholique foi iniciado nos começos do século, sob a direção de Jean-Michel Alfred Vacant (1852-1901), e continuado sob a direção de Eugene Mangenot (1856-1922), com o concurso de um grande número de colaboradores. Foi publicado em Paris pelas Éditions Letouzey et Ané (1902-1950), em 15 tomos e 30 volumes. A Enciclopédia Católica foi publicada na Cidade do Vaticano, entre 1948 e 1954, em 12 volumes.
[291] Giovanni Calabria (1873-1954), ordenado em 1901, fundou os Pobres Servos da Divina Providência, aprovado pelo bispo de Verona em 1932 e por Pio XII em 1949. Foi canonizado por João Paulo II em 1999.
[292] Alfredo Ildefonso Schuster (1880-1954), ordenado em 1904, entrou para os beneditinos e, em 1918, tornou-se abade de São Paulo Extra-Muros, em Roma. Foi nomeado por Pio XI arcebispo de Milão e feito cardeal em 1929. Foi beatificado por João Paulo II em 1997.
[293] Carta do Padre Giovanni Calabria ao Cardeal Schuster, datada de 21 de novembro de 1948, em ANGELO MAJOLUIGI, PIOVAN, NED (org.). L'epistolario card. Schuster-don Calabria (1945-1954), Milão, 1989, p. 30. 
[294] Carta do Cardeal Schuster ao Padre Calabria, datada de 6 de outubro de 1953, em L'epistolario, cit., p. 160. 
[195] G. CALABRIA, Apostolica vivendi forma, Regnum Dei Editrice, Verona, 1958, pp. 61, 113. 

[94] Giovanni XXIII nel ricordo del Segretario Loris F. Capovilla, cit., pp.113-117
[95] Paul Philippe (1905-1984), dominicano francês, ordenado em 1932. Membro do Santo Ofício entre 1955 e 1959, depois secretário da Congregação dos Religiosos. Membro da Comissão Antepreparatória. Consagrado bispo em 1962, foi nomeado membro da Comissão dos Religiosos durante a primeira sessão. Feito cardeal em 1973, foi pró-prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais entre 1973 e 1980.
[96] Alfredo Maria Cavagna (1879-1970), ordenado em 1902, bispo de Tio em 1962.
[97] Paulo José Tavares (1920-1973), ordenado em 1 943. bispo de Macau, desde 1961 até à sua morte.
[98] Giovanni XXI/I nel ricorrio de/ Segretario Loris F. Capovilla, cit., p. 115. 
[99] Congregação para a Doutrina da Fé, A mensagem de Fátima, Apresentação. O documento da Congregação para a Doutrina da Fé contém as três partes do "segredo" segundo a redação feita pela Irmã Lúcia, uma apresentação do Secretário da Congregação, Mons. Tarcisio Bertone s.d.b., e um comentário teológico à terceira parte do "segredo", feito pelo prefeito da Congregação, o Card. Joseph Ratzinger. 
[100] Primeira e segunda parte do "segredo" segundo a redação feita pela irmã Lúcia na "terceira memória", de 31 de Agosto de 1941, destinada ao bispo de Leiria-Fátima.
[104] "Giovanni XXIII nel ricordo de/ Segretario Loris F. Capovilla, cit., p. 115.
[105] J. M. ALONSO c. f.m., La vérité sur le secret de Fatima, Téqui, Paris, 1979, p. 106. C f. igualmente M. DE LA SAINTE TRINITÉ, Toule la vérité sur Fatima, cit., pp. 371-382; FRANÇOIS-MARIE DES ANGES, Fatima, joie intime. Evenement Mondial, Contre-Réforme Catholique, Parres-les-Vaudes, 1991, pp. 295 88. 
[106] G. CAPRILE S.J., “Fatima e il suo “segreto” non svelato”, in Civiltà Cattolica, 2640 (1960), pp. 6 1 4-6 1 8. Giovanni Caprile (1917-1993) da Companhia de Jesus, redactor da Civiltà Cattolica desde 1953 até à morte, cronista do Concílio para esta revista. Cf. ••• “In ricordo del padre Giovanni Caprile”· in Civiltà Cattolica, 3430 (1993), pp. 365-368. 
[107] O historiador Giorgio Rumi, que apoiou a decisão de João XXIII, atestou o enganoso profetismo da mesma com as seguintes palavras: «Sabemos hoje que o comunismo teria caído. Mas Roncalli não podia ter previsto tal coisa, porque na altura o comunismo era fortíssimo” (Entrevista a Paolo Conti, “Gli intellettuali cattolici: Giovanni XXIII fece bene a non divulgare il segreto”, in Corriere della Sera, 14 de Maio de 2000).
[110] P. GUÉRANGER o.s.b., Le sens chrétien de l'histoire, in Essai sur le naturalisme contemporain, Éditions Delacroix, s.l., 2004, p. 377 (pp. 365-402).
[111] São Pio de Pietrelcina, no século Francesco Forgione (1887-1968), proferiu em 1907 os votos solenes na Ordem dos Capuchinhos com o nome de Pio e foi ordenado em 1910; em 1916, foi destinado ao convento de San Giovanni Rotondo, onde em 1918 recebeu os estigmas visíveis da Paixão de Cristo, que estiveram abertos e a sangrar durante cinquenta anos. Foi beatificado (1999) e canonizado (2002) por João Paulo II. Sobre o Padre Pio, cf. Sipontina Beatificationis et canonizationis Servi Dei Pii a Pietrelcina Positio Super Virtutibus, vol. I/1, Cidade do Vaticano, 1997.
[112] Carlo Maccari (1913-1997), ordenado em 1936, bispo de Emaús em 1961, arcebispo de Mondovì em 1963, de Ancona e Numana em 1968, bispo de Osimo e Cingoli em 1972.
[113] C f. FRANCOBALDO CHIOCJ, I nemici di Padre Pio, Edizioni Repone, Roma, 1968; MARCO TOSATTI, Quando la Chiesa perseguitava Padre Pio, Piemme, Casale Monferrato, 2005. A visita canónica foi feita por solicitação do Padre Clemente de Milwaukee, superior geral da Ordem dos Capuchinhos, que esteve envolvido na falência do banqueiro Giovanni Battista Giuffré. O intermediário entre os capuchinhos que se opunham ao Padre Pio (e que colocaram microfones no parlatório do convento) e o Santo Oficio foi o sacerdote romano Umbeno Terenzi (1900-1974), que foi, a partir de 1932, reitor do Santuário do Divino Amor.
[114] Cf. Servi Dei Pii a Pietralcina Positio, cit. , pp. 329-243.
[115] C f. ibid., pp. 243-251. C f. igualmente o livro, tendencioso mas bem documentado, de SI!ROIO LUZZATTO, Padre Pio. Miracoli e politica nel1a Italia del Novecento, Einaudi, Turim, 2007, pp. 364-387. Contra: FABRIZIO CANSONE, “Padre Pio: lettura critica di una lettura critica”, in Nova Historica, 9 (2010), pp. 152-169.