Concílio Vaticano II aconselhou a "communicatio in sacris" com cismáticos orientais, pecado segundo séculos de Tradição Católica

Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras,
que nunca largou o cisma, apesar dos
ditos "esforços ecumênicos"


Compilados contrastantes previamente recomendados (extraído de OPC, vol. II): Tradição Católica sobre a licitude de ministrar para a-católicos sacramentos, sacramentais e chamar ao culto católico, ou ao coral da Igreja. Communicatio in sacris passiva

Sagrada Escritura, Papas e Santos contra o ecumenismo ou contra a oração com os hereges e cismáticos


Tradição Católica sobre a licitude de receber de a-católicos sacramentos, sacramentais ou ir ao culto deles em algum caso. Communicatio in Sacris ativa


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Com a desculpa da necessidade de docemente chamar à Santa Igreja o rebanho separado, o ecumenismo pós-conciliar nunca ou quase nunca trouxe cismático oriental para dentro da Igreja, mas antes encontra, abraça e comete "communicatio in sacris" com os cismáticos, enquanto os católicos tradicionais, orientais ou não, geralmente não recebem os mesmos carinhos.

É como se a hierarquia em que o sucessor de S. Pedro manda fosse mais uma entre tantas outras separadas.


N
o passado, tal alegação de que o ecumenismo mirava o fim dos cismas era mais comum, porém, hoje até o Papa Jesuíta exorta constantemente evitar o proselitismo, algo imprescindível a resolução de questões teológicas. Embora o exemplo muitas vezes seja mais convincente, quando nem se fala de doutrina verdadeira, o que afirma o
exemplo de meramente acolher cismático educadamente senão "todas as religiões são iguais"?

P
or isso, o site ultra-progressista dos jesuítas confirma ser aquele ecumenismo algo inaudito na história da Igreja (grifo nosso): "Geralmente considerado um ponto de partida, o Unitatis redintegratio também é um ponto de chegada. Ele não caiu do céu; é o fruto de uma longa gestação. Não nos esqueçamos dos pioneiros, tão frequentemente artífices nas sombras, nem sempre bem compreendidos, que, rejeitando toda "interrupção de gravidez", tornaram possível o nascimento da Igreja Católica ao ecumenismo"
[1].

Algo infelizmente esquecido também entre os moralistas contemporâneos e padres tradicionais é o pecado do communicatio in sacris. Imaginemos um plano diabólico: empurrar os católicos tradicionais para o cisma a fim de que a Igreja da tradição não reluza. Para sua execução, a instrução seria calar acerca do pecado de: rezar com cismático, ouvir missa de padre cismático, comungar da mão de padre cismático, e também a communicatio in sacris passiva. O católico tradicional, desorientado sobre isso, sairá da Igreja após frustrações e grande vontade de sossego, arrefecendo a graça na sua diocese ou mesmo na sua vida (pois será um católico a menos na região), dependendo, claro, de sua consciência e adesão àquela nova realidade.

Se esse plano maldito existe, não se pode saber. Mas infelizmente os fatos se passam como se ele estivesse em curso.

Decreto "Unitatis redintegratio" SOBRE O ECUMENISMO, aprovado por Paulo VI no dia 21 de novembro de 1964. Grifo nosso.

"15. Também é conhecido de todos com quanto amor os cristãos-orientais realizam as cerimónias litúrgicas, principalmente a celebração eucarística, fonte da vida da Igreja e penhor da glória futura, pela qual os fiéis unidos ao Bispo, tendo acesso a Deus Pai mediante o Filho, o Verbo encarnado, morto e glorificado, na efusão do Espírito Santo, conseguem a comunhão com a Santíssima Trindade, feitos «participantes da natureza divina» (2 Ped. 1,4). Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor, em cada uma dessas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce (26), e pela concelebração se manifesta a comunhão entre elas.

Neste culto litúrgico, os orientais proclamam com belíssimos hinos a grandeza de Maria sempre Virgem, a quem o Concílio Ecuménico de Éfeso solenemente proclamou Santíssima Mãe de Deus, para que se reconhecesse verdadeira e propriamente a Cristo como Filho de Deus e Filho do Homem segundo as Escrituras. Cantam hinos também a muitos santos, entre os quais os Padres da Igreja universal.

Como essas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos, e principalmente, em virtude da sucessão apostólica, o sacerdócio e a Eucaristia, ainda se unem muito intimamente conosco. Por isso, alguma communicatio in sacris não só é possível mas até aconselhável, em circunstâncias oportunas e com aprovação da autoridade eclesiástica [Na versão latina: "quibus arctissima necessitudine adhuc nobiscum coniunguntur, quaedam communicatio in sacris, datis opportunis circumstantiis et approbante auctoritate ecclesiastica, non solum possibilis est sed etiam suadetur"]." [2]
.

Revista ultra-progressista conta como Paulo VI "levantou" a excomunhão do Patriarcado, como se mil anos de Igreja estivessem errados

"No dia 8 de dezembro de 1965, há 50 anos, terminou aquele "novo Pentecostes" - para citar as palavras de João XXIII -, que foi o Concílio Vaticano II.

Na véspera da conclusão solene da assembleia conciliar ocorreu um fato de dimensão histórica, que só Paulo VI e o Patriarca Atenágoras poderiam dar ao mundo: o cancelamento das excomunhões recíprocas, tanto para a Igreja do Oriente pela Igreja Católica, quanto para a Igreja do Ocidente pela Igreja Ortodoxa."
[3]

Até hoje, contudo, aquele Patriarcado cismático não aceita a autoridade Papal na prática, sem contar remanescentes possíveis erros na fé. Nosso Senhor instituiu o chefe dos apóstolos, na pessoa do Sucessor de S. Pedro e do bispo de Roma, para dar palavra final em matérias assim e, portanto, a doutrina não pode ser abolida ou modificada por outro seu sucessor, sob pena de a Igreja ser a religião de um homem, o atual Papa, e não a religião fundada por um homem-Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja instituição do Papado é a confirmação de sua continuidade histórica...


Salmo em reparação (Salmo 6)

"Senhor, não me arguas no teu furor, nem me castigues na tua ira. Tem misericórdia de mim, Senhor, porque sou enfermo; sara-me, Senhor, porque meus ossos estremeceram. E a minha alma turbou-se em extremo, mas Tu, Senhor, até quando? Volta-te, Senhor, e livra a minha alma, e salva-me pela tua misericórdia.

Porque na morte não há quem se lembre de Ti, e na habitação dos mortos, quem Te louvará? Estou esgotado à força de tanto gemer, lavarei meu leito com lágrimas todas as noites, regarei com elas o lugar do meu descanso. 

Os meus olhos se turbaram por causa do furor, envelheci no meio de todos os meus inimigos. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade, porque o Senhor ouviu a voz do meu pranto.

O Senhor ouviu a minha súplica, o Senhor ouviu a minha oração. Sejam confundidos, e em extremo conturbados todos os meus inimigos, retirem-se e sejam num momento cobertos de vergonha".


Veja mais sobre a crise na Igreja:


Papa Francisco impediu que beijassem o anel do pescador de São Pedro, ato dos católicos em veneração ao Papado

João XXIII aboliu o beija-pé Papal, cerimônia anti-ecumênica que exibe a chefia da Sé Petrina sobre todos os bispos

João Paulo II doou 200 mil US$ para construir catedral cismática, o que foi lembrado na visita do Papa Francisco à Romênia

Bento XVI refutou em fotos os que o chamam de "mestre da liturgia"

Concílio Vaticano II sustentou que existem mártires hereges e cismáticos

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[1] Editorial da Irénikon, revista periódica dos monges de Chevetogne, na Bélgica. Texto publicado no jornal L'Osservatore Romano, 13-06-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Visto no dia 25 de Agosto de 2022: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/169-noticias-2015/543562-cinquenta-anos-do-decreto-unitatis-redintegratio-a-necessidade-de-um-novo-impulso-ecumenico.
[2]
Paulo VI, Decreto Unitatis redintegratio SOBRE O ECUMENISMO, de 21 de novembro de 1964. Retirado do site do vaticano: <https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19641121_unitatis-redintegratio_po.html>. Em latim: <https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19641121_unitatis-redintegratio_lt.html>
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[3] O texto é de Ettore Malnati, Vigário episcopal para o laicato e a cultura da Diocese de Trieste, publicado por Vatican Insider [em 10-12-2015] e reproduzido por Il Sismógrafo, 06-12-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Visto no dia 25 de Agosto de 2022: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/605316-em-7-de-dezembro-de-1965-o-papa-paulo-vi-e-o-patriarca-atenagoras-de-constantinopla-suspenderam-a-excomunhao-mutua-que-estava-em-vigor-desde-1054.